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Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Orgasmo Feminino

 

Algumas mulheres só conseguem atingir o orgasmo com a prática da
masturbação. Estudos Norte-Americanos indicam que apenas 29% das mulheres
atingem o clímax durante a relação sexual, mas 82 % atingem o clímax com a
prática da masturbação.

 

“Chamou-me de velho atrevido”

 

“Tenho 62 anos
e sou viúvo há 4 anos. Desde então nunca mais tive relações sexuais. (…) Porém,
comecei a interessar-me por uma jovem que frequenta a mesmo café que eu. Quando
ganhei coragem para lhe dizer o que sentia, ignorou-me. Embora tenha sido
rejeitado, todas as noites fantasio episódios de amor com ela e masturbo-me.
Isso tem algum mal?”

Joaquim,
Torres Vedras

Caro leitor,

 

A
verdade é que o amor não escolhe idades, mas não se martirize pelo facto de não
ter conseguido cativar a atenção da rapariga pela qual tem demonstrado
interesse. Outras oportunidades poderão surgir!

A
masturbação não é imoral nem nenhum acto perverso e não tem quaisquer
repercussões físicas ou psicológicas.

Para
saciar os estímulos manifestados fisicamente, próprios da sexualidade, o leitor
tem utilizado essa jovem como uma personagem para ilustrar as suas fantasias
sexuais nos momentos em que recorre à masturbação, de modo a atingir com maior
satisfação o clímax. Portanto, é perfeitamente normal aliar a fantasia à
masturbação para quebrar a rotina sexual, e no seu caso a abstinência de actos
que envolvam a penetração, e estimular a excitação.

De
modo a obter novas sensações na masturbação, aventure-se numa sex-shop para
conhecer acessórios e objectos eróticos.

 

“A minha namorada criticou o meu pénis”

 

 

“ (…) Já por várias vezes a minha
namorada teceu alguns comentários menos simpáticos a respeito do meu pénis.
Tenho evitado falar com ela sobre este assunto, pois tenho medo de a perder.
Porém, este facto tem condicionado o meu desempenho sexual e sinto-a diferente...”

 

Abel, Sintra

Caro leitor,

 

A atitude da sua namorada não é muito convencional quando realmente se ama e se
pretende a harmonia e o bem-estar conjugal.

A atenção que sua namorada tem demonstrado em relação ao seu órgão genital é
realmente estranha e pode ser apenas a denúncia de que algo poderá não estar a
correr tão bem como ambos desejavam. Por
isso, não tenha receio em
conversar com a sua namorada, pois quanto mais adiar essa conversa mais tempo
esse assunto ficará por resolver. A sua vida afectiva não deve ficar condicionada por comentários imaturos que o deixam
constrangido e inseguro. Fale abertamente com a sua namorada, pois esses
comentários podem ser uma forma de expressar algo que ela não tem coragem de
lhe dizer directamente.

Quanto à fisionomia do seu pénis é algo que não o deve preocupar, pois os pénis não
são todos iguais e nem existe um protótipo do pénis ideal. Tente não ficar
obcecado com esses comentários para que não afectem a sua performance sexual.

 

 

 

“Não tenho prazer com ela”

 

 

“ (…) Namoro há 5 anos e, inicialmente,
a nossa vida sexual era fantástica, mas desde que mudei de emprego e comecei a
trabalhar por turnos, começámos a estar muito pouco tempo juntos. Agora, nos
poucos momentos em que estamos sós é como se fossemos apenas amigos e
sexualmente não tenho prazer.”

Gonçalo, Campolide

Caro leitor,

 

Esta
fase pela qual está a passar tem a ver com a monotonia instalada na sua vida
afectiva devido à incompatibilidade de horários existente. O que se passa no
vosso caso, é que passaram de um extremo para o outro, isto é, antes estavam
sempre juntos e agora, por questões profissionais, o distanciamento forçado,
prejudicou a base sólida que a vossa relação tinha.

O
que se pode constatar é que a vossa relação não se encontra num período
equilibrado e aí é natural que o vosso entendimento sexual não seja o melhor.
Neste sentido, é importante que ambos pensem sobre esta questão, pois não se
trata apenas da insatisfação sexual, mas é também uma questão emocional e de
bem-estar.

Advirto-o
para o facto de que a vida amorosa não se resume apenas ao acto sexual, sem
carinho, diálogo e compreensão mútua a saturação é inevitável. Sem a construção
da afectividade, a intimidade na vida sexual não pode surgir.

Sugiro
que tente dinamizar a vossa vida. Nos poucos momentos que passam juntos,
realizem as vossas fantasias, programem encontros românticos e sejam ousados.
Não deixem que a rotina se instale na vossa relação.

 

“Os meus pais não me deixam namorar...”

 

 

“ (...) Estou apaixonada por um colega de faculdade.
Ele é italiano, está em Portugal temporariamente e quando terminar as cadeiras
que está a fazer, volta para Itália para concluir o curso. Por ele não ser
português e por estar prestes a regressar ao país de origem, os meus país não
me deixam namorar. O que faço?

 

Sofia, Alto dos Moinhos

Cara
Leitora,

É perfeitamente normal que, por um lado, se sinta
desamparada e sem saber o que fazer para salvar essa relação e, por outro lado,
tenha o forte desejo de não alimentar conflitos com os seus pais. No entanto,
também é natural que os seus pais, após avaliarem a situação do vosso namoro,
estejam apreensivos. Aja de uma forma prudente e mais paciente; o facto dos
seus pais não aprovarem a vossa relação pode ser uma questão de tempo,
principalmente, se conseguirem provar que o sentimento que nutrem um pelo outro
é verdadeiro e que a distância não será um motivo suficientemente forte para
que a relação não dê certo. Neste momento, os seus pais estão apenas a pensar
no seu bem, pois possivelmente pensam que pode estar a colocar em causa os seus
estudos por uma relação fugaz que poderá terminar assim que ele regressar a
Itália. Se lhes provarem o contrário quem sabe se não mudam de opinião e
aprendem a confiar mais em si. Falem sem tabus sobre esta questão e mostrem que
a distância, para vocês, não constitui qualquer impedimento para serem felizes.

 

“Apanhei o meu filho na cama com uma rapariga!”

 

 

“ (...) Sempre fui uma mãe bastante permissiva,
tolerante e compreensiva para com os meus filhos e sempre os deixei à vontade.
Porém, nunca pensei que o meu filho mais novo ficasse tão à vontade. Isto
porque um destes dias fui trabalhar, fiquei indisposta e qual não foi o meu
espanto quando abro a porta do meu quarto e vejo o meu filho na cama com uma
rapariga. Descontrolei-me e fiz um escândalo...”

 

Matilde, Queluz

Cara Leitora,

Compreendo o seu descontrolo, ainda mais quando tinha
total confiança no comportamento do seu filho e, para seu espanto, ele foi
completamente contra umas das regras que estava estipulada no seio familiar.

Esta é uma das cenas mais chocantes para os pais,
principalmente quando ainda olham para os seus filhos como crianças em ponto
grande. O seu filho está numa fase de descoberta da sexualidade e, sem querer,
foi levado pela satisfação de uma situação que se revelou prejudicial para a
vossa relação mãe-filho. Dialogue com o seu filho sobre esta questão, não
considere este deslize como uma falta de respeito. Procure manter-se calma, não
aja de uma forma descontrolada, pois pode quebrar a cumplicidade que sempre
houve entre vocês. Lembre-se que mais importante do que fomentar conflitos
desnecessários, é explicar-lhe os cuidados a ter na iniciação sexual e os
métodos contraceptivos que ele pode utilizar. Pode também encaminhá-lo para uma
consulta de planeamento familiar, pois estas consultas não são só para as mulheres,
os homens também podem e devem, sem temores, dissipar as suas dúvidas em
relação à sexualidade.

 

“Evito estar com ela...”

 

 

“Não sei o que se passa com o meu relacionamento com a
minha namorada. Discutimos imenso e evito estar com ela. (...) Ainda por cima,
passo a vida a pensar numa ex-namorada.”

 

Filipe, Sesimbra

Caro Leitor,

Pelo que relata, a vossa relação não está a atravessar um
período feliz. As discussões e a indiferença são constantes no vosso dia-a-dia.
O leitor atribui essas atitudes ao facto de ainda pensar numa ex-namorada. Mas
pense bem, esse motivo pode ser apenas uma forma de adiar o que é inevitável.
Em vez de ver o que é evidente, o leitor está a tentar arranjar uma solução que
pareça plausível para terminar a relação. Seja consciente e enfrente o problema
tal e qual como ele é, sem tentar tapar o sol com a peneira. Pense seriamente
sobre este assunto e seja fiel ao seu coração. Pense bem e não tenha essa
ex-namorada como um refúgio para resolver os seus problemas. A sua felicidade
está nas suas mãos.

 

“Ela controla as nossas relações sexuais”

“A minha namorada apanhou um hábito que me está a
deixar fulo, isto é, quando estou prestes a atingir o orgasmo ela pede-me para
interromper a penetração e aperta-me o pénis com força.”

 

Rafael, Amadora

Caro Leitor,

A intenção da sua namorada é retardar o orgasmo de modo a
prolongar o acto sexual. Ao fazer isto a sua namorada, concerteza, pretende
desenvolver jogos eróticos e alargar o tempo da relação sexual. Porém, ela deve
respeitar o seu timming para atingir o orgasmo. Assim, se se sente
desconfortável com esta atitude dominadora da sua namorada, não tenha receios
em esclarecer esta situação. A intimidade deve ser vivida livremente e sem
pressões. Não consinta nada com o qual não concorda apenas para satisfazer as
necessidades da sua companheira. Através do respeito faça valer as suas
vontades no acto sexual. Podem optar por outras fantasias sexuais que
privilegiem a satisfação de ambos.

 

"Estou envolvido com duas Raparigas"

 

 

“ (...) Neste momento estou envolvido com duas
raparigas, mas na verdade não amo nenhuma das duas. Só alimenta o meu ego
porque me sinto garanhão. Isso é normal?”

 

Rui, Albufeira

Caro Leitor,

As relações que tem em simultâneo não têm qualquer tipo de
significado para si. O leitor salienta na sua carta que é apenas por uma
questão de bem-estar e para alimentar o seu ego. Lembre-se que por se querer
sentir um “garanhão” está a enganar duas raparigas com a sua atitude egoísta.
Além do mais não nutre qualquer afectividade por nenhuma das duas. Uma coisa é
estar dividido entre duas mulheres outra coisa é estar com elas apenas para
obter satisfação sexual. É importante que pense seriamente sobre este assunto,
pois poderá estar a pôr em causa a reputação de duas pessoas que, no meio disto
tudo, são inocentes.

Adopte uma atitude mais honesta e responsável, se
considerar necessário, procure a ajuda de um especialista que o possa apoiar
psicologicamente.

 

 

“Estou grávida. E agora?”

 

 

“ (...) Tenho 17 anos e engravidei. Neste momento,
estou grávida de dezasseis semanas e quero muito ter este filho. (...) Um outro
problema é que nem eu nem o meu namorado temos coragem para falarmos com os
nossos pais. Somos estudantes e nenhum de nós trabalha. Estamos mais unidos do
que nunca, mas sentimo-nos perdidos...”

 

Sónia, Pinhal Novo

Cara Leitora,

O sentimento de união que está presente entre vós é
muito importante para que se possam apoiar mutuamente enquanto não encontram
força e coragem para contar a verdade aos vossos pais. É natural que se sintam
perdidos e que dentro de vós existam sentimentos contraditórios. Para o bem de
todos, não devem esconder este segredo por muito mais tempo. É possível que
numa primeira fase os vossos fiquem perplexos, desiludidos e, até, zangados,
mas depois o crescimento da barriga e o encanto de um bebé alterará esse estado
apático. A doçura do bebé abará por amansar o temperamento dos vossos pais e,
concerteza, farão questão de acompanhar de perto o crescimento e a educação do
neto.

Tentem não adiar esta conversa e estejam atentos às
indicações médicas e a todos os cuidados pré-natais. Apesar de não ser uma
gravidez planeada, acreditem que o bebé será a alegria de toda a família até
daqueles se mostrarem mais resistentes à notícia.

 

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