“Sonho fazer amor com duas mulheres…”
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“A minha namorada quando está no auge da excitação aperta-me os testículos. O problema é que ela magoa-me imenso e não se apercebe disso… Tenho dores terríveis! O que devo fazer?
Luís, Leiria
Caro Leitor,
Se esse facto não é do seu agrado a melhor solução será ter uma conversa com a sua companheira no sentido de lhe mostrar o seu desagrado. O que não deve continuar a fazer é permitir que isso aconteça temendo a reacção dela e julgando que ela não irá compreendê-lo. Se não conversar com ela sobre o que se está a suceder, continuará a sentir-se mal com a situação e esse desconforto vai ensombrar a vossa relação. Além de ser algo que lhe causa mal-estar (as dores insuportáveis que referiu), também poderá originar lesões. Mostre-lhe que existem outras formas de explorarem a vossa vida sexual, bem mais agradáveis para ambos.
No entanto, se tocar nos testículos é um fetiche muito apreciado pela sua companheira, peça-lhe que o faça de forma mais cuidadosa e que ela tenha em conta que os testículos são algo bastante sensível. Durante uma relação sexual é importante que se perceba a linguagem que cada um partilha. Nesse sentido, deve haver uma forte cumplicidade entre o casal para que entendam quando estão a proporcionar sofrimento ou prazer.
“O meu namorado tem um desejo, que é o de eu lhe fazer uma massagem erótica, mas eu não a sei fazer. Poderia dar-me algumas indicações sobre como devo proceder?”
Ana Sofia, Braga
Cara Leitora,
Para que haja harmonia e bem-estar entre o casal, é muito importante estarem ambos receptivos a novas aventuras, e por esta razão a sua atitude é bastante digna e deve ser louvada e seguida pelas mulheres. As fantasias são uma das formas mais estimulantes de dar um novo rumo às relações para que saiam da rotina, e por vezes servem como uma forma de terapia. Assim sendo, as massagens são sempre um bom aliado que pode usar para estimular a sua vida sexual. Está provado cientificamente que o toque é algo terapêutico e, infelizmente, muito poucas pessoas o utilizam com a frequência desejada. O toque não serve apenas como um tranquilizante, serve também para estimular e para excitar quando é feito num determinado local e num determinado momento. O corpo possui áreas com especial sensibilidade sexual, que são chamadas as zonas erógenas e que, se forem correctamente estimuladas, podem proporcionar momentos inesquecíveis. O local por onde deverá começar a massagem é irrelevante, o que importa é que ambos estejam dispostos a partilhar esse momento, no qual a desinibição e a compreensão pelo gosto de cada parceiro são alguns dos factores a ter em conta. Crie um ambiente romântico para que o efeito seja ainda mais estimulante.
“Tenho uma vida sexual feliz e até há uns dias pensava que o meu namorado também sentia o mesmo, mas dei de caras com ele a masturbar-se no sofá. Será que não gosta da nossa vida sexual?”
Patrícia, Castelo Branco
Cara leitora,
Deve encarar o acto de masturbação como algo perfeitamente natural e não como um acto imoral ou indecente. Também não deve duvidar da sua feminilidade pelo facto de o seu namorado se masturbar, não encarando esta situação como algo que não corre bem no vosso relacionamento ou no seu desempenho sexual. A masturbação é uma forma de auto-satisfação, onde a pessoa já conhece as zonas do corpo que devem ser melhor estimuladas para a obtenção do clímax.
Se não se sente à vontade com a situação do seu namorado procure falar com ele de modo a esclarecer o que se passa. Porém, tenha consciência que não deve exigir que o seu namorado não se masturbe. Este é um acto pessoal e íntimo. Todavia, é extremamente importante que utilizem o diálogo para não influenciar negativamente a vossa relação. Seja compreensiva e tente não repreender e julgar o seu namorado.
“Nem eu nem o meu namorado temos qualquer tipo de pudor ou preconceito, e já experimentámos as mais diversas brincadeiras sexuais. Fazemos amor dentro de água regularmente e, por incrível que pareça, é aí que mais facilmente atinjo o orgasmo. Há algum problema em continuar a fazê-lo?”
Lídia, Abrantes
Cara Leitora,
O facto de experimentar diversas brincadeiras sexuais é algo salutar pois é através dessas brincadeiras que ambos vão conhecendo a melhor forma de satisfazer o parceiro e, ao mesmo tempo, vão fazendo novas descobertas em relação ao seu próprio corpo. No seu caso, ter relações sexuais dentro de água demonstrou ser algo bastante agradável, pois trata-se de um outro contexto que proporciona a leveza do corpo e o relaxamento. Este meio, através das características a si inerentes, incita à tranquilidade e à descontracção facilitando o clímax, isto é, a obtenção máxima de prazer. Porém, como qualquer experiência levada ao extremo, pode cair na rotina e deixar de ter o efeito inicial. Procure não limitar a sua actividade sexual a apenas sexo dentro de água, pois muito facilmente a sua vida sexual pode ficar rotineira.
"Tenho um fetiche recorrente e gostaria de o experimentar com o meu namorado. Queria que ele me algemasse à cama durante a relação sexual. Como fazer para lhe dizer?"
Sara, Lisboa
Cara Leitora,
Realmente este assunto é bastante delicado e um pouco difícil de ser abordado, mas a melhor forma de conseguir realizar a sua fantasia será conversar com o seu namorado sobre esta questão. Considera-se este tipo de jogos como fazendo parte do chamado Sadismo, no qual a pessoa que controla tem prazer através do sofrimento do outro, embora o Sadismo faça parte integrante das relações humanas mais elementares e seja vivido consoante os preconceitos de cada indivíduo. Nos jogos Sadomasoquistas, de acordo mútuo, a cada sádico corresponde uma vítima, o masoquista, e é necessário existir por parte de ambos um acordo. É necessário que tenham atenção aos instrumentos utilizados, para que os actos não provoquem dor. Como tal, em vez de utilizar as algemas que poderão provocar ferimentos, usem gravatas ou lenços em que os nós sejam fáceis de desapertar, se por qualquer razão for necessário. Deve responder de forma calma e serena a todas as dúvidas que ele lhe colocar, e se por qualquer motivo ele não aceitar, seja compreensiva e tente entender as suas razões. Terão ambos que acordar para que, assim que um de vós se sinta desconfortável, o jogo termine, de modo a que não provoque qualquer tipo de dor.
“Tenho 18 anos e gostaria de pôr um piercing no pénis. Ouvi dizer que isso aumenta o prazer sexual da mulher. Gostaria de saber se é verdade, se o piercing vai interferir na minha capacidade de ter relações?”
Iuri, Almada
Caro leitor,
Se único objectivo é aumentar o prazer sexual da sua namorada, não o aconselharia a fazê-lo, pois existem muitas outras formas de aumentar o prazer sexual feminino sem que tenha de se mutilar. Colocar um piercing no pénis é um processo bastante delicado e doloroso, que pode resultar numa infecção grave. O pénis é um órgão bastante sensível e o piercing fará com que não possa ter relações sexuais durante vários meses até que a ferida cicatrize por completo. Além disso poderá perder alguma sensibilidade no pénis. O piercing pode perfurar a sua uretra, e um dia que resolva retirá-lo, a urina poderá ser libertada por três orifícios em vez de um. Ter um orifício no seu pénis que leva meses a sarar aumenta em muito o risco de apanhar doenças transmitidas sexualmente como Herpes ou HIV. Um piercing mal colocado pode danificar músculos do pénis, causando problemas durante a erecção. Pense bem antes de tomar uma decisão e avalie se os riscos que vai correr compensam o resultado.
"Vou começar a tomar a pílula e gostava que me esclarecesse a respeito de uma dúvida que tenho quanto à sua interferência nos orgasmos. Enquanto algumas amigas me dizem que torna os orgasmos mais fáceis, outras dizem-me que os dificulta. Afinal, quem tem razão?"
Susana, Loures
Cara leitora,
Os efeitos da pílula não são iguais para todas as pessoas, até porque variam de acordo com a pílula tomada. Assim, a divergência de opiniões que as suas amigas tem relaciona-se não só com o facto de serem pessoas diferentes como também, certamente, com a diferença entre as pílulas que tomam. As pílulas, sejam de que tipo forem, enganam o organismo fazendo-o "crer" que engravidou, para que desta forma não liberte um óvulo. Contudo, as respostas sexuais do nosso organismo estão fortemente ligadas aos nossos níveis hormonais e seja qual for a pílula tomada ela pode diminuir a libido em algumas mulheres. Contudo, tenha em conta que os orgasmos resultam da combinação de fatores físicos e psicológicos, e que poderá contornar os eventuais efeitos da pílula aumentando o tempo de preliminares ou estimulando manualmente o clítoris durante a relação sexual. Há mulheres que têm maiores dificuldades em atingir o orgasmo, mesmo sem tomarem a pílula. É essencial aprender aquilo que despoleta o seu prazer para que, mesmo tomando a pílula, não sofra com os seus eventuais efeitos nocivos.
"Sempre gostei de ser dominado por mulheres mais experientes e com uma postura dominadora. A minha actual namorada é muito tímida, como posso pedir-lhe para ser o escravo sexual dela, sem que ela pense que eu sou um tarado?..."
Nuno,
Espinho
Caro Leitor,
Não há mal nenhum em ser uma pessoa cheia de imaginação! A sua fantasia não é invulgar, de facto existem pessoas por todo o mundo que partilham a mesma preferência. Essa prática é considerada uma das inúmeras possibilidades de interacção sexual entre o casal e chama-se DS, ou seja, Dominação e Submissão. O DS é praticado por indivíduos que gostam de ter relações sexuais nas quais um parceiro é o dominante, no seu caso a sua namorada, e o outro parceiro é o submisso, neste caso você. Fale com a sua namorada e explique-lhe esta sua fantasia, diga-lhe que o seu objectivo é o prazer mútuo e que não a forçará a fazer nada de que ela não goste. Mostre à sua namorada as vantagens desta situação, ela pode pedir-lhe que faça qualquer coisa, desde os mais tímidos carinhos aos mais picantes!
“Tenho 36 anos e estou casado há quatro. Sempre fui feliz com a minha companheira, ambos gostamos de experimentar, a nível sexual, tudo o que nos passa pela cabeça. Agora estou indeciso em aderir ao Swing, talvez por desconhecimento ou receio. Já ouvi falar nesse tipo de prática e estou muito curioso, mas preocupa-me o facto de não saber ser é seguro, não só a nível de saúde, como também para a relação. Será que não vai por em risco o relacionamento?”
Alexandre, Odivelas
Caro Leitor,
O swing ou troca de casais obedece a inúmeras regras estabelecidas desde o início da relação por todos os intervenientes. Existem bares e clubes exclusivamente para conhecimento de parceiros de swing, havendo no entanto os riscos inerentes a qualquer relação sexual com parceiros que não se conhecem bem. Assim, é importante fazer sexo seguro e procurar conhecer bem o casal com quem se vão relacionar. O swinger encara a sexualidade desprovida de preconceitos, havendo uma libertação de tabus, e as fantasias ganham vida com outros casais, aceitando que o parceiro tenha relações sexuais com outras pessoas. Há um envolvimento físico e nunca deve tornar-se sentimental. Os swingers encaram o casamento como um partilhar em pleno de uma vida a dois, valorizando a fidelidade emocional em detrimento da física. Por isso, o que tem de perceber e discutir com a sua parceira é o que pretendem enquanto casal. A introdução desta nova prática sexual na vida do casal pode provocar profundas mudanças na forma de viver a vossa relação de casal e a vossa sexualidade. Procure, em conjunto com a sua parceira, ponderar os prós e os contras na adesão a esta prática, equacionando o que será melhor e mais proveitoso para ambos.