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Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Não sei o que dizer à minha mãe!”

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 “Tenho 19 anos e há uns dias, quando estava a fazer amor com o meu namorado, o preservativo rompeu-se. Ficámos com medo e por isso tomei a pílula do dia seguinte, mas deixei a embalagem no meu quarto e a tenho a certeza que a minha mãe a viu. Ela não me disse nada mas estou apavorada, não sei o que lhe hei-de dizer!”

Jessica, Sesimbra

 

Cara leitora,

Em primeiro lugar é importante alertar que a toma da pílula do dia seguinte não deve ser nunca usada como método contracetivo, comporta riscos para a saúde e só deve ser usada como recurso em situações de emergência, como a que descreve. Em segundo lugar, deve sempre praticar relações sexuais com segurança, utilizando preservativo, como referiu ter feito. Uma vez que o preservativo pode romper-se, como sucedeu, é importante lembrar, a todos os leitores, que uma vida sexual consciente passa por conhecer o parceiro e o seu historial clínico, evitando a troca de parceiros e fazendo testes com regularidade. Por fim, compreendo que seja constrangedor falar sobre a sua vida sexual com os seus pais, mas eles querem o melhor para si e por isso é preferível ser sincera e abordar o assunto com frontalidade, explicando à sua mãe que está consciente dos riscos que corre e que por isso procurou resolver a situação. Dependendo da confiança que tem com a sua mãe em relação a este tipo de assuntos a reação dela poderá ser mais ou menos compreensiva, mas seja como for uma mãe deve sempre procurar ajudar os seus filhos, a sua mãe já teve a sua idade e saberá compreendê-la e orientá-la.

“Devo fazer terapia sexual?”

“Tenho 46 anos, sou casado há 17, mas de há uns três anos para cá eu e a minha esposa deixámos de nos dar bem a nível sexual. Embora tivéssemos recorrido ao apoio de um
Psicólogo, continuámos com o mesmo problema. Será que consultar um especialista
em sexualidade poderá ajudar?”

Tiago, Seixal

 

Caro leitor,

Sem dúvida que sim, um sexólogo credenciado tem a formação e o treino necessário para saber lidar com qualquer tipo de problema do foro sexual. Se tem tido dificuldades a nível sexual com a sua esposa, definitivamente aconselho-o a procurar um especialista. Além disso, é bastante
importante que ambos sejam sinceros durante a terapia tanto um com o outro como
com o vosso terapeuta, e que ambos participem activamente na terapia indo às
sessões, fazendo os exercícios recomendados em casa e demonstrando empenho e
vontade de melhorar, pois apenas com o empenho de ambos verão resultados.

“Quando estou com o meu namorado, não consigo ser eu mesma!”

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 “Nunca gostei de compromissos e sempre tive casos de uma noite ou de pequena duração, meramente sexuais e com os quais me sentia satisfeita. No entanto, conheci um homem por quem me apaixonei e com quem namoro há 6 meses, mas está a acontecer-me algo muito estranho e que me incomoda: não consigo mostrar ao meu namorado o meu lado selvagem da mesma forma que o faço com alguém com quem passo apenas uma noite, pois tenho medo que ele pense que sou muito experiente e não queira estar comigo.”

Maria, Porto

 

Cara leitora,

É normal que, quando inicia uma relação estável, se preocupe mais com o que o seu parceiro pensa acerca de si, mas daí a pensar que por ser uma amante fogosa ele vai pensar que tem muita experiência e não vai querer estar consigo é exagero. Não é por ter tido uma vida sexual mais “vivida” que agora não amará com toda a sinceridade o seu par, e além disso acho que são poucos os homens que vão reclamar por ter uma namorada fogosa. Pode-se dar o caso de a leitora estar a projetar no seu namorado aquilo que realmente sente em relação a si mesma. Se for esse o caso, aconselho-a a procurar um psicólogo para resolver o que está por detrás desse comportamento. Aceite a sua sexualidade sem preconceitos, pois nunca se sentirá completamente feliz numa relação na qual não está a ser autêntica. Vença o receio da intimidade e permita que o amor traga uma nova dimensão à sua própria sexualidade.

 

É normal gostar muito de sexo aos 40 anos?

 

Tenho 40 anos e gosto muito de sexo. Penso mais do que faço. Gostaria de saber se há alguma indicação ou estudo sobre a quantidade de relações por mês num casal pela minha idade. Será normal de três em três meses? Outro dia, quando estava a iniciar, durante os preliminares, quando beijava e tocava, ejaculei em poucos segundos. Terei algum problema? 
Bento Aguiar - Maia

 

Caro leitor,

De uma forma geral casais entre os 20 e 50 anos de idade têm relações sexuais em média entre 1 e 3 vezes por semana, com estudos diferentes indicando valores diferentes. É difícil determinar o que é muito ou pouco sexo entre um casal, pois cada caso é um caso, e cada casal tem a sua frequência ideal, ou seja, o que é considerado normal e satisfatório para si, pode não o ser para outro casal e vice-versa. Dessa forma, se tanto você como a sua esposa estão satisfeitos em ter relações sexuais de 3 em 3 meses, então, não existe nenhum motivo para preocupação. No entanto, uma vez que não tem relações sexuais com bastante frequência vai ter o problema da ejaculação precoce, ou seja a sua sensibilidade vai estar bastante elevada e por isso vai ejacular mais cedo do que deseja. Por isso aconselho que tente ter relações sexuais com um pouco mais de frequência se deseja resolver o problema da ejaculação precoce, ou tente masturbar-se com mais frequência, e dessa forma não vai estar tão excitado quando tiver relações com a sua esposa.

“Será que o meu marido é gay?”

Estou casada há 5 anos e há já 2 anos que eu e o meu marido não temos relações sexuais. Ele não mostra qualquer interesse em mim. Será que ele é gay?

Teresa, Lagos

 Cara Leitora,

De facto algo se passa, mas não deve precipitar-se e assumir que é uma questão de orientação sexual. Muitos factores podem estar por trás da aparente falta de desejo do seu marido. A dificuldade é decifrar a razão sem causar brigas e conflitos no relacionamento. Existem homens que têm falta de desejo sexual devido a depressão ou a medicamentos que estão a tomar, ou devido a terem problemas de ejaculação precoce ou dificuldade em ter uma ereção, e por isso evitam ter relações sexuais com as suas parceiras para evitar o embaraço que sentem. Existem tambem outros homens que têm fetiches, ou amantes, ou mesmo que preferem masturbar-se com a utilização de pornografia em vez de ter relações com as parceiras. Como vê, existem muitos factores em jogo, por isso há que falar com o seu marido e talvez consultar a ajuda de um sexólogo para decifrar este dilema.

“Ele magoa-me o peito!” 

“O meu marido quando está verdadeiramente excitado aperta-me o peito, o que me magoa bastante. O que devo fazer? Tenho medo que ele não me entenda se eu me queixar…” 

Susana, Évora 

Cara Leitora, 

Há certos pontos do corpo tanto dos homens como das mulheres que são muito sensíveis. Assim, a forma como se proporciona o toque é bastante importante porque, muitas vezes, dá-se o caso de se magoar o parceiro sem ter a noção disso. Assim sendo, não perca tempo e alerte o seu marido para esse facto. Possivelmente, com os estímulos e o impulso sexual ele nem sequer tem a noção da força que utiliza para apertar os seus seios. Não receie falar, pois quanto mais adiar essa conversa mais dores e desconforto irá sentir porque o seu marido age com naturalidade, sem se aperceber do incómodo que lhe está a causar.Os seios para muitas mulheres funcionam como um óptimo local para proporcionar o estímulo sexual e conduzir à excitação. Porém, há um facto extremamente importante que é saber acarinhar sem magoar. Se por acaso, lhe agrada ser estimulada através do toque nos seios converse com o seu marido para que ele modere a força.Existe sempre um ponto de equilíbrio e adoptando uma postura sincera poderá resolver esta questão.

“ Sinto-me insatisfeita…”

 

“Tenho 45 anos, sou casada há 15, e ultimamente tenho-me sentido insatisfeita sexualmente. Como devo lidar com a situação?”

Carla, Coimbra

 

Cara Leitora,

Uma vez que já está com o seu marido há 15 anos pode fazer com que a vossa relação tenha caído na rotina. Reflicta um pouco para que possa averiguar o que gostaria de alterar no vosso relacionamento, e converse com o seu marido para que juntos possam delinear estratégias que devolvam alguma diversidade à vossa vida sexual. Tenha imaginação e tente descobrir, juntamente com o seu marido, novas formas de sentir prazer e de estimular a vossa imaginação, não deixe que a vossa relação caia na rotina.

 

"Será que ele é sensível de mais?"

5 Tips to Reject a Sensitive Guy

“Eu sei que as mulheres costumam reclamar dos homens por estes não serem emocionalmente insensíveis, mas o meu problema é exactamente o oposto. O meu namorado é sensível demais! O que começou por ser algo atractivo está a tornar-se bastante aborrecido pois ele está sempre a choramingar e eu tenho de lhe fazer as vontades todas! O que devo fazer?”

Liliana, Sacavém

Cara leitora,
Realmente isso pode ser bastante aborrecido. O homem ideal seria aquele que é capaz de expressar as suas emoções e de ouvir a sua parceira fazendo-a sentir-se amada e compreendida, sem nunca deixar de ser o homem da relação! No seu caso, parece que o seu namorado é bastante imaturo preocupando-se apenas com as suas necessidades, sem ter em consideração os seus sentimentos. O seu namorado está a utilizar esse tipo de comportamento como uma forma de a controlar, o que demonstra bastante insegurança e egoísmo da parte dele. Compreendo que no princípio ele a tenha atraído pela sua sensibilidade, pois era algo diferente. Infelizmente, por mais que a leitora tente, não o vai conseguir mudar pois existem problemas mais profundos que o fazem comportar-se dessa forma. Se quiser continuar nessa relação aconselho-a a procurar apoio profissional.

“O meu apetite sexual diminuiu drasticamente”

Young man worried. | Premium Photo

“Estou com o mesmo namorado há dez anos e tenho notado que o meu apetite sexual tem diminuído. As minhas relações sexuais têm sido mais espaçadas. Será que isto é normal?”

 Nuno, Lisboa

Caro Leitor,

Os impulsos sexuais são controlados pela hormona sexual masculina, a testosterona, que é variável de pessoa para pessoa. A frequência com que um casal tem relações sexuais depende de vários fatores, nomeadamente da longevidade da relação, pois quanto mais tempo estiverem juntos é natural que a frequência das relações diminua ao longo desse tempo. A saúde de ambos tem muita influência nas relações sexuais, se existir algum problema de saúde é natural que a frequência seja menor. O nível financeiro do casal, quem tem uma vida profissional muito ativa tem menos tempo para relações sexuais. A idade de ambos é um fator a não esquecer, pois quando envelhecemos há uma diminuição da frequência do ato sexual. Para tentar mudar o que lhe está a acontecer, e que o está a preocupar, o melhor será evitar alguns fatores, tais como o stress, o consumo de bebidas alcoólicas, deixar de fumar, verificar com o seu médico a sua medicação que poderá estar a influenciar o seu desempenho e tente praticar mais exercício físico. Experimente também ter uma conversa com o seu companheiro, de forma a quebrar a monotonia e apimentar a vossa vida sexual.

“Discutimos todos os dias.”

 

“Sinceramente já não sei o que fazer, a minha esposa está sempre sem paciência e arranja sempre motivo para discutirmos. Já não sei o que fazer, mas tenho a certeza de que já não tenho paciência para isto.”

 

Filipe, Torres Novas

 

 

Caro Leitor,

Por vezes, por mais anos que passemos ao lado da pessoa que amamos, parece que os anos nunca serão suficientes para conhecermos o nosso parceiro. Se as relações fossem todas fáceis, as discussões e as incompatibilidades não fariam parte do dia-a-dia dos casais. Neste sentido, é importante que ambos adoptem um comportamento mais compreensivo e tolerante com o objectivo de evitar tantos conflitos que coloquem a relação na corda bamba. Quando a sua esposa se exalta, procure não responder de imediato, pois isso apenas servirá de rastilho para fazer surgir uma cena desagradável. Deixe-a falar tudo até ao fim e só no final faça-a entender o seu ponto de vista. Assim, quando os dois estiverem mais calmos, poderão resolver as vossas divergências, pois as discussões permanentemente não levarão a lado nenhum, senão na dissolução do casamento por saturação de tanta incompreensão. Não embarque nas discussões e tente, posteriormente, com calma chamar a sua esposa à razão.