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Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Que tipo de relação sexual é ideal para si?

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Para além de ter uma boa relação íntima com o seu corpo e com o seu espírito, que a faça sentir-se bem consigo mesma, é essencial saber definir claramente aquilo que quer e que tipo de relação – emocional e sexual – lhe dá, verdadeiramente, prazer. Enquanto algumas mulheres só se sentem bem quando fazem amor com um companheiro que lhes proporciona estabilidade emocional, outras são adeptas do sexo sem compromissos, que não as obrigam a vínculos afetivos. Por outro lado, o tipo de relação sexual que se prefere varia também consoante a fase da vida em que se encontra, o parceiro ou parceiros, as suas prioridades nesse momento, a experiência emocional que teve no passado, entre outras. Compreenda aquilo que procura neste momento da sua vida e saiba entregar-se ao que realmente lhe dá prazer.

Que tipo(s) de relação (ou relações) são mais frequentes na sua vida?
De entre as seguintes situações, procure identificar aquelas que aconteceram mais vezes ao longo da sua vida. Perceba se procura o tipo de relação que a faz feliz ou se há alguma coisa que deve mudar para que possa ter mais prazer.

"O doce da casa"
Está numa fase tranquila da sua vida, sabe que não quer compromissos, sente-se bem consigo mesma e quer desfrutar em pleno das vantagens de estar solteira. No entanto, conhece aquele homem que está no mesmo comprimento de onda que você, a empatia é mútua, a química surge e a relação acontece. Vive concentrada no momento presente, sem se preocupar com a possibilidade futura de evoluir para uma relação. Não quer prender-se, mas quando lhe apetece aquele doce caseiro… já sabe onde o pode encontrar.


"Em honra dos bons velhos tempos"
Apesar de saber que a relação com o seu ex não tinha futuro, que as diferenças falavam mais alto e que juntos não iam a lugar nenhum, a verdade é que de tempos a tempos sente "aquela" saudade, marcam um reencontro e… acabam sempre na cama. Embora tenha a vantagem de já se conhecerem bem e saberem exatamente como dar prazer um ao outro, pode ser uma aventura perigosa na medida em que existe a possibilidade de ir parar ao mesmo ponto sem retorno que levou ao fim da relação. Aconselhado apenas em ocasiões pontuais, e se estiver absolutamente segura do que (já não) sente por ele.

"No calor da noite"
Desinibida e despreocupada, não quer prender nem sentir-se presa. Sabe que é atraente e, quando lhe apetece uma noite de loucura, sai com as suas amigas para aquele lugar que está na moda. Já sabe que nunca acaba a noite sozinha, mas é uma jogada arriscada que pode trazer-lhe riscos desnecessários. Para além disso, ao acordar na manhã seguinte a pessoa que está ao seu lado pode não ser tão atraente como parecia na noite anterior, depois de algumas vodkas…

"Realidade virtual"
Para si as redes sociais não têm segredos, está sempre a par das últimas novidades e a verdade é que gosta de flirtar com aquele charmoso que lhe enviou um pedido de amizade no facebook ou com o tipo com sentido de humor que se tornou seu seguidor no twitter. Conversa puxa conversa, quando chegam a marcar um encontro, se a empatia que havia no ecrã se mantém, acaba por se envolver sexualmente. Desde que não ponha em risco a sua segurança e saúde e esteja preparada para a possibilidade de ter algumas deceções esta opção traz-lhe alguma variedade… ao alcance dos seus dedos. É essencial, no entanto, manter um pé atrás e ser muito prudente, pelo menos enquanto o virtual não ganha contornos mais reais.

"O fruto proibido"
Não sabe bem como e porque é que lhe acontece, mas a verdade é que os seus namorados – salvo uma ou duas exceções – são quase sempre homens casados ou comprometidos. Às vezes até só vem a saber desse facto depois de se terem envolvido, mas parece que tem uma propensão natural para ser "a outra". Corre o risco de se magoar a sério se se apaixonar, mas tem sempre a vantagem de partilhar com ele apenas os momentos de prazer e as mais loucas fantasias.
 
"Canja de galinha para a alma"
A sua última relação correu mal, sentiu-se magoada e desvalorizada pelo seu ex, chorou semanas a fio no ombro daquele rapaz que sempre nutriu um fraquinho por si e que esteve sempre lá, ao seu lado, até que… acabaram os dois a exorcizar fantasmas entre lençóis. Embora seja claro para si que não está apaixonada por ele, essa admiração que ele sente faz com que o seu ego se restabeleça, cedendo aqui e ali à tentação. Desde que seja sincera com ele e que saiba manter as fronteiras definidas desde o início, um banho de autoestima de vez em quando nunca fez mal a ninguém.

"Amigos coloridos"
Para si nada é mais importante do que a amizade, isso é certo e sabido. O que não quer, no entanto, dizer que não vá um pouco mais além na troca de mimos com aquele amigo a quem liga quando se sente sozinha, ou com quem já sabe que acaba por se envolver quando ambos bebem demais. Tem a grande vantagem de haver uma forte cumplicidade entre ambos, para além da confiança mútua e, no fim de contas, é sempre a amizade que prevalece. Existe, contudo, a possibilidade de efeitos secundários: um dos dois pode acabar por ser apaixonar mesmo.


"A fera que há em si"
Desde que se começou a envolver com aquele “amigo de uns amigos” que lhe apresentaram deu por si a experimentar posições e a fazer coisas que nunca lhe tinham passado sequer pela cabeça. Adora a adrenalina da novidade e gosta da sensação de superar os seus próprios limites e descobrir novas facetas em si própria. A única desvantagem é que quando a surpresa se esgota e a relação cai na rotina… a sua tendência é procurar uma nova distração.

"Até que outra pessoa nos separe…"
Foram sempre mais do que amigos coloridos, têm uma relação que nem vocês sabem muito bem como definir, dão-se bem, partilham muitos interesses e na cama falam a mesma linguagem. Gostam das mesmas carícias, sentem uma atração fatal um pelo outro, mas por qualquer razão não funcionam "como casal". Embora tenha a vantagem de haver alguma estabilidade e confiança nesta relação, é importante manter a consciência que ela acabará por chegar ao fim quando um dos dois se apaixonar por outra pessoa.

"A vingança serve-se fria"
Independente e decidida, não deixa os seus créditos por mãos alheias nem perdoa uma desfeita que lhe façam. Se as circunstâncias o proporcionam, não deixa passar a oportunidade de se vingar do seu ex indo para a cama com o melhor amigo de infância dele, ou mostrando àquele professor giraço do liceu que cresceu… e bem. Encara o sexo como uma montanha-russa de aventuras, mas deve ter cuidado, pois pode acabar por se magoar a si, ou por passar pela vida sem se chegar a envolver verdadeiramente.

"No sítio certo à hora certa"
Não gosta de premeditar nada, pois quase tudo na sua vida acontece por impulso. Tal como aquela vez que se cruzou com um homem m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o na perfumaria e meia hora mais tarde estava a trepar às paredes com ele numa pensão na rua próxima. Sabe que não voltará a vê-lo, mas o que importa é aproveitar este momento único e desfrutar dele em pleno. Quando termina, despede-se com um largo sorriso e vai aos seus afazeres. O mesmo também pode acontecer quando está com um amigo e recebe aquela boa notícia que há muito aguardava e… não resiste a comemorar com ele. É o chamado sexo festivo, mas por si só não chega a trazer grande satisfação emocional.

"Ele vai acabar por se apaixonar…"
No início era bastante claro para ambos que não passava de uma relação física, sexo só pelo prazer e mais nada. Até que, não sabe bem como nem quando, percebeu que estava mesmo a gostar dele. Tem medo de lhe revelar o que sente porque não o quer perder, e mantém a relação sexual sem o pressionar, na esperança que ele acabe por vir a sentir o mesmo por si. Tenha cuidado, pois se não for franca e sincera acerca dos seus sentimentos corre o risco de se magoar a sério. Ele pode nunca vir a apaixonar-se ou, pior ainda, pode apaixonar-se por outra.

"Relação de amor-ódio"
Ele trabalhava consigo, eram colegas de faculdade ou bateu com o carro dele no seu num cruzamento. Assim que se viram, saíram faíscas dos olhos de ambos, insultaram-se verbalmente e só não lhe bateu porque é uma senhora. Odiava-o profundamente porque ele tinha o condão de a conseguir irritar ao ponto de ficar fora de si, até àquele dia em que estavam os dois sozinhos e entre as ofensas verbais ele acabou por beijá-la de encontro à parede num sessão de sexo desenfreado, quase como se estivessem num campo de batalha. Gosta que lhe deem luta, o que pode ser bastante saudável desde que saibam dosear a agressividade para que algo mais "amoroso" possa resultar dessa relação.

"E viveram felizes para sempre"
Andou alguns anos à procura, teve dois ou três relacionamentos que acabaram por não correr bem, até que "o" encontrou. Sente que é o seu companheiro ideal em quase todas as situações e na cama o amor e o carinho temperam a relação sexual com uma calda de açúcar. Apesar de terem algumas zangas triviais e de a relação já não ter a novidade que existia no início, só sente verdadeiramente prazer quando faz amor… com amor.