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Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

“Após a histerectomia a minha esposa ficou sexualmente imparável”

 

 

 

 


 

“Há alguns meses atrás a minha esposa foi submetida a uma histerectomia. Assim que foi possível retomar a vida sexual ela ficou mais activa e agora só pensa em sexo. Chego a pensar que já não a consigo satisfazer como antes…”

Alberto, Porto

 

Caro leitor

A histerectomia consiste na ablação do útero e ovários, o pode afectar a mulher a vários níveis. Algumas mulheres ficam bastante deprimidas, pois sentem-se menos femininas ou sedutoras do que antes, enquanto que outras mulheres tornam-se mais desinibidas e descontraídas a nível sexual. Parece-me ser este o caso da sua mulher.

Algumas mulheres encaram a cirurgia com algum alívio, pois este procedimento cirúrgico elimina a possibilidade de uma gravidez indesejada e de problemas grave, tais como o cancro do útero ou dos ovários. Provavelmente, antes da cirurgia, a sua esposa estava demasiado envolvida com problemas de saúde, o que reduzia o interesse dela por sexo. Como os problemas foram resolvidos, ela sente-se mais descontraída para aproveitar os prazeres do sexo. Aproveitem e fortaleçam a relação vivendo uma segunda lua-de-mel.

 

“Não gosto de perder tempo com preliminares”


 

“Sou casado há 5 anos e amo muito a minha mulher. A nossa vida sexual foi sempre muito activa, no entanto, não tenho muita paciência para perder tempo com preliminares. A minha mulher anda sempre a reclamar desta minha atitude e afirma que eu não lhe dou prazer suficiente quando temos relações.”

Carlos, Amadora

 


 

Caro leitor,

Embora esta sua atitude não abone a seu favor, também não precisa ficar desesperado com a situação. Por isso, aconselho-o a estabelecer um elo mais íntimo com a sua esposa durante as relações. É muito importante saber aquilo que mais a satisfaz e não tenha preconceitos em satisfazê-la, pois se o fizer é garantido que você também irá tirar maior prazer. Da maneira que tem agido, parece que leva a sua vida sexual sempre a despachar  assim depressa cairá na rotina.

Lembre-se que a relação sexual é um prazer a dois. Para a mulher o acto sexual é algo muito íntimo carregado de valor sentimental, por isso muitas mulheres gostam que o seu parceiro demonstre carinho, que as abrace, e que as excite antes da penetração.

Use e abuse da sua imaginação e verá que a sua vida sexual vai melhorar e a sua mulher ficará muito mais feliz.

 

“Tenho receio de usar tampões!”


 

“Tenho 14 anos e gostaria de começar a usar tampões mas não sei bem o que devo fazer. Gostaria de saber se existe algum perigo para a saúde se optar pelo seu uso.”

Joana, Porto

 

Cara leitora:

Hoje em dia a maioria das mulheres opta por usar tampões porque são mais confortáveis do que os pensos higiénicos. Adquiri-los é bastante simples, dirija-se a um supermercado e compre uma embalagem de tampões “Mini”. Aconselho-a que comece por usar os Mini por estes serem mais pequenos e fáceis de aplicar. À medida que se for sentindo mais confortável pode começa a usar os de fluxo médio ou máximo. Aconselho-a também a utilizar um pensinho diário para a proteger de quaisquer fugas de fluxo. A forma de aplicação do tampão é bastante simples, basta seguir as instruções que vêm na embalagem, aconselho-a, no entanto, a escolher tampões com aplicador pois são mais fáceis de introduzir na vagina.

Existem alguns cuidados a ter tais como: não deixar o tampão dentro de si por mais de 6 ou 8 horas para não correr o risco de entrar em choque tóxico; use tampões adequados ao fluxo de cada um dos dias do seu período, a utilização de tampões muito grandes pode irritar a pele da parede vaginal; opte por tampões que não têm cheiro, não é aconselhável utilizar nada que contenha desodorizante pois isso pode causar irritações vaginais. Quanto ao cheiro, não se preocupe, desde que mude os tampões com a frequência aconselhada e tenha uma boa higiene íntima, não deve ter problemas nessa área. Utilizar tampões não deve ser uma tarefa muito complicada desde que siga estas recomendações, mas se a qualquer atura sentir desconforto, retire o tampão e visite o seu ginecologista.

 

“Acho que o meu irmão é homossexual…”


 

“Tenho um irmão de 25 anos que anda sempre a falar de mulheres mas nunca teve uma namorada. Há dias, por acidente, encontrei revistas pornográficas masculinas escondidas debaixo da cama dele. Será que ele é homossexual?”

Sara, Porto

 

Cara leitora,

Ou o seu irmão é realmente homossexual ou está ainda a explorar a sua orientação sexual. A leitora diz que ele nunca teve uma namorada, apesar de constantemente falar em mulheres. Pode dar-se o caso de ele ser homossexual e falar de mulheres numa tentativa de esconder a sua opção com medo da reacção que as pessoas vão ter. Ainda existem muitos preconceitos contra pessoas que não são heterossexuais, e se a sua família é conservadora, é natural que o seu irmão tenha medo de como a família vai reagir ao descobrir. Seja compreensiva pois ele está, com certeza, a passar por uma fase bastante difícil. Apoie o seu irmão, dando-lhe a entender que o aceita independentemente das escolhas que ele faça a nível pessoal.

 

 

“Tenho medo de ter cancro da mama!”


 

“Tenho 32 anos, sou casada mas ainda não tenho filhos. Ultimamente tenho notado que o meu peito está a ficar descaído, o que me incomoda bastante. Porque é que isso acontece? Qual o risco de cancro da mama na minha idade?”

Carla, Lisboa

 

Cara leitora,

O peito feminino começa a desenvolver-se durante os primeiros anos da adolescência, atingindo a maturidade por volta dos 21 ou 23 anos. Nessa idade o peito atinge a sua firmeza e tamanho máximo, daí a leitora notar que aos 32 anos de idade eles estejam a ficar um pouco mais flácidos. Ao atingir a casa dos 20 anos de idade, uma em cada 2500 mulheres desenvolve cancro da mama. Apesar de as probabilidades serem ainda muito baixas é conveniente que a mulher examine os seios com frequência para controlar o aparecimento de quaisquer caroços. Por volta dos 30 anos os seios começam a perder a firmeza que tinham devido à perda de Colagénio. Por volta desta média de idade, 70 por cento das mulheres começam a desenvolver caroços fibrocisticos no peito, ou seja, caroços benignos que devem no entanto ser acompanhados pelo médico. A gravidez causa também alterações no tamanho e flacidez dos seios, fazendo também com que os mamilos fiquem mais escuros. No final dos 30 e início dos 40 anos os seios continuam a descair, e uma em cada 250 mulheres pode desenvolver cancro da mama. Por isso aconselha-se a realização de exames anuais frequentes, especialmente em mulheres com familiares que tenham tido cancro da mama antes da menopausa. Os mamogramas anuais devem ser realizados depois dos quarenta, pois a detecção precoce do cancro da mama aumenta em bastante a probabilidade de sucesso dos tratamentos.

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