“Eu sei que as mulheres costumam reclamar dos homens por estes não serem emocionalmente insensíveis, mas o meu problema é exactamente o oposto. O meu namorado é sensível demais! O que começou por ser algo atractivo está a tornar-se bastante aborrecido pois ele está sempre a choramingar e eu tenho de lhe fazer as vontades todas! O que devo fazer?”
Realmente isso pode ser bastante aborrecido. O homem ideal seria aquele que é capaz de expressar as suas emoções e de ouvir a sua parceira fazendo-a sentir-se amada e compreendida, sem nunca deixar de ser o homem da relação! No seu caso, parece que o seu namorado é bastante imaturo preocupando-se apenas com as suas necessidades, sem ter em consideração os seus sentimentos. O seu namorado está a utilizar esse tipo de comportamento como uma forma de a controlar, o que demonstra bastante insegurança e egoísmo da parte dele. Compreendo que no princípio ele a tenha atraído pela sua sensibilidade, pois era algo diferente. Infelizmente, por mais que a leitora tente, não o vai conseguir mudar pois existem problemas mais profundos que o fazem comportar-se dessa forma. Se quiser continuar nessa relação aconselho-a a procurar apoio profissional.
“Separei-me há três anos e estou a reconstruir a minha vida com uma mulher que tem sido impecável comigo. Na verdade, quase namoramos às escondidas porque os meus filhos não aceitam que eu esteja com outra mulher que não seja a mãe deles. Fico triste, pois não quero perder nem o amor que encontrei nem o amor dos meus filhos.”
Paulo, Castelo Branco
Caro Leitor,
Nem sempre é fácil para os filhos aceitarem a separação dos pais e, muitas vezes, é bastante complicado para eles admitir que um dos progenitores é feliz sem aquela que era a família inicial. Neste caso, é importante que aja com a calma e a lucidez necessárias. Desta forma, é imprescindível que converse com eles para que percebam que o amor que tem para lhes dar é intocável e que o amor de pai é bem diferente do amor que um homem sente por uma mulher. Mostre-lhes que, actualmente, é comum existirem outros padrões familiares e que, com certeza, que é importante viver com o pai e com a mãe, mas também é fundamental ter o amor deles e crescer num ambiente de paz, compreensão e harmonia. Mostre-lhes que também tem direito à felicidade e que isso não coloca em causa o seu afecto e dedicação.
A prof. Helena Juergens no Programa Essência de Ana Marques
Conhecemos o amor e o carinho logo cedo nas relações entre crianças e adultos, nas relações de vinculação entre pais/cuidadores e bebés, o que prepara a nossa sexualidade futura.
Infelizmente, existem casos em que os adultos traem o desenvolvimento da criança e abusam do poder que têm sobre ela, que não pode saber ainda o que é o consentimento em sexualidade e relações sexuais, com abusos sexuais ou pedofilia.
A Pedofilia é uma parafilia, cujo foco parafílico implica a actividade sexual com crianças na pré-puberdade, sendo que o sujeito com pedofilia tem de ter pelo menos 16 anos ou ser 5 anos mais velho que a criança. A atracção pode ser pelo sexo feminino ou masculino, ou por ambos, sendo que as vítimas femininas são mais frequentes.
As pessoas com pedofilia agem sob estes seus impulsos e atracções, mas tal pode constituir vários comportamentos: desde despir a criança e observá-la, exibir-se a masturbar-se perante a criança, tocar na criança e acariciá-la, até realizar fellatio e cunnilingus e penetração vaginal ou anal, com os dedos, objectos ou com o pénis.
A pedofilia é egossintónica, ou seja, o pedófilo com fantasias, impulsos ou comportamentos não sente mal-estar significativo consigo mesmo. Outras pessoas que sentem as mesmas atracções ou impulsos, mas não agem sob eles, não têm comportamentos pedófilos nem padrões de excitação pedófilos não devem ser consideradas pedófilas, embora possa beneficiar de tratamento.
As pedofilia é crime e deve ser denunciada às autoridade competentes, tal como receber tratamento especializado sexológico, quer para as vítimas, os perpetradores ou para os cuidadores da criança.