“Gostaria de saber o nome do teste de infertilidade masculina e como fazê-lo. É apenas por mera curiosidade, mas considero importante ter acesso a determinado tipo de informação.”
Óscar, Rio Maior
Caro Leitor,
A infertilidade masculina acontece quando o homem não ejacula ou não produz a quantidade necessária de espermatozóide ou estes não se movimentam da forma adequada para que se dê a penetração do óvulo.
O exame que é feito com maior regularidade para testar a infertilidade masculina é o chamado espermograma, onde o objetivo principal é analisar o sémen. Através deste exame é possível medir a quantidade, a mobilidade e o formato dos espermatozóides. Este é um dos mais solicitados à partida para realizar qualquer diagnóstico, contudo este pode e deve ser suportado por outros exames. Porém, o teste não deve ser feito apenas por um membro do casal, é importante que ambos façam os testes necessários de modo a averiguar de onde podem advir os problemas. Se de facto se constatar que o problema se reporta ao membro masculino para além do espermograma é importante que se façam exames complementares.
É importante que se tenha em conta que quanto maior for o estado de ansiedade maior será a tensão vivida durante o processo de fertilização. Neste caso, é necessário bastante equilíbrio, paciência e determinação. Note-se que os problemas que mais potencializam a infertilidade masculina são: problemas hormonais (redução de testosterona), acumulação de sangue nos testículos (varizes escrotais), consumo de álcool, drogas e anabolizantes, doenças genéticas, tratamentos de radioterapia e quimioterapia e obstrução dos canais que transportam os espermatozóides dos testículos à uretra.
“Estou na faculdade e a minha colega de quarto na residência universitária, que é também minha amiga, já foi para a cama com vários rapazes desde que as aulas recomeçaram. Ela diz que pratica sexo seguro e que se diverte, mas eu preocupo-me com ela e acho que este comportamento não é saudável nem a nível físico nem emocional, para além de criar uma má reputação logo no início do ano. Devo manter-me calada, ou devo procurar ajudá-la a ver as coisas de outra maneira?”
Anabela, Lisboa
Cara leitora,
A sua preocupação com a sua amiga mostra que gosta dela e que se preocupa. Embora por vezes o sexo casual coincida com um período de baixa autoestima em que se procura apenas a satisfação imediata, sem compromisso, acontecendo muitas vezes quando se termina um relacionamento e ainda não se está preparado para assumir um novo compromisso, para algumas pessoas é uma forma de viver a sexualidade tão natural e saudável como qualquer outra – desde que se respeitem as normas de segurança para evitar a exposição a riscos. O sexo casual é, de acordo com estudos realizados, mais frequente do que se imagina. Num meio académico, propício a festas e exageros, pode acontecer com ainda maior frequência. Tenha em atenção se a sua colega recorre a drogas ou álcool antes dos seus encontros sexuais, pois esse sim é motivo para preocupação e para agir no sentido de evitar que ela assuma uma postura que a coloca em risco. Procure conversar com a sua amiga no sentido de compreender as razões que a levam a assumir essa postura, para que possa apoiá-la caso ela necessite de alguma ajuda.
“Comecei a ver filmes pornográficos com o meu namorado há uns meses atrás e desde aí que me apetece fazer um de nós os dois, mas tenho vergonha de lhe pedir e que fique a pensar que sou tarada sexual. Acha que posso fazê-lo? É pedir demais a um homem? E depois como posso ter a certeza que ele não mostra a ninguém?”
Joana, Évora
Cara Leitora,
Ver em conjunto filmes pornográficos e encená-los vocês mesmos é saudável para a vossa sexualidade, se concordarem e gostarem os dois de o fazer. Desde ver nos outros até encenarem na vossa privacidade a distância é pequena, pelo que não me parece que deva ter problemas em mostrar essa sua vontade e fantasia ao seu namorado. Até porque depois terão novos filmes para ver em conjunto e feitos mesmo à vossa medida! Exprimir os nossos desejos e fantasias, partilhá-los e comunicar é muito importante para uma relação a dois ser saudável!
A questão da confiança e o risco de que ele mostre a alguém tem de ser avaliado por si – o risco de serem expostos (vocês os dois) compensa o prazer que sentirá? Ele não terá também o mesmo receio que a leitora de que mostre a alguém? Será que não podem apagar depois de alguns visionamentos para que se sinta mais segura?
Só a comunicação e o compromisso de respeito pela vossa própria privacidade pode decidir esta situação. Falem sobre os vossos desejos e receios e divirta-se com o prazer das suas experiências!
“Tenho um clítoris fora do normal. Já me observei com um espelho e acho que é maior do que o normal. Quando me excito parece que cresce e tenho medo de experimentar ter relações com alguém e assustar a pessoa. O que posso fazer?”
Sara, Lagos
Cara Leitora,
O que descreve pede uma avaliação médica cuidada. Marque uma consulta com um ginecologista ou no seu médico de família, para ser observada por profissionais que lhe dirão se tem razões para tal preocupação. Pode ser que as suas expectativas estejam a influenciar a sua imagem mental do clítoris e esteja a sentir preocupações sem razões para tal. Há pessoas que apresentam pequenas diferenças da média, mas tal não tem necessariamente de influenciar negativamente a sua sexualidade e a sua relação com alguém no futuro. Se o médico lhe confirmar as suas suspeitas, pode avisar a pessoa antes de ter a relação sexual, para não ser surpreendida, e verá que é um pormenor físico sem importância. No entanto, mesmo que o seu médico confirme que o seu clítoris é maior do que o normal, não decida fazer uma cirurgia “estética” ao clítoris apenas para reduzir o seu tamanho, pois isso pode ter consequências devastadoras na sua sexualidade, ou seja, pode perder toda a sensibilidade no clítoris e não vir a ser capaz de atingir o orgasmo.
Na fase da excitação feminina é normal os grandes e pequenos lábios alterarem o seu tamanho e o clítoris ficar ereto – pode ser apenas isso que observou em si mesma, para além da lubrificação vaginal.
“A minha namorada é bastante desinibida a nível sexual, e por isso temos uma vida sexual bastante ativa. Quando dormimos juntos ela desperta-me de manhã fazendo-me sexo oral, será que isto é normal?”
Diogo, Mafra
Caro leitor
O leitor diz ter uma vida sexual bastante ativa com a sua namorada, que diz ser uma pessoa desinibida, por isso não vejo nada de mal no cenário que está a descrever. O único problema é se o leitor não gosta de sexo oral ou não lhe apetece ter relações sexuais de manhã, o que sucede com algumas pessoas, e dessa forma se não gosta desse tipo de comportamento explique à sua namorada as suas razões. Por outro lado, se lhe agrada esta forma divertida e estimulante de acordar, aproveite ao máximo o facto de ter uma namorada desinibida.
“Sempre tive muitas aventuras e mulheres nunca me faltaram. Tenho uma família muito feliz e o ambiente é saudável. Mas, não sei porquê tenho tendência para a conquista. A minha esposa nunca desconfiou. Devo controlar esta tendência e omiti-la à minha esposa ou conto-lhe a verdade?
Óscar, Ajuda
Caro Leitor,
Apesar de mulherengo, o leitor preza a sua família, o amor que a sua esposa sente por si e o bem-estar entre todos. A estabilidade e o equilíbrio emocional são valores importantes para si. Porém, existe um senão que contrapõe a tendência de coesão e de salvaguarda da família, ou seja, a sua vontade incansável de conquistar e de ter outras mulheres na sua vida. Existe algo que deve ter em conta que é o facto de reconhecer que esse comportamento não é o mais correto e que tem vindo a desrespeitar o seu matrimónio e a sua família. O seu comportamento de conquista revela da sua parte alguma imaturidade e vontade de se afirmar perante as outras mulheres e mostrar a sua virilidade. Quanto à sua dúvida, isto é, se deve ou não contar toda a verdade, cabe-lhe a si essa decisão e deve estar bastante consciente das consequências inerentes a isso. A reação poderá não ser a melhor aquando da verdade. Pense bem e tenha a maturidade suficiente para saber arcar com as consequências dos atos irrefletidos destes anos todos.
“Sinto-me atraído por uma colega de trabalho e sou correspondido. Numa ocasião trocámos algumas palavras e ela propôs-me encontrarmo-nos de vez em quando, mas não me sinto confortável porque ela tem namorado. Será que devo contar ao namorado dela que ela se fez a mim?”
Simão, Lisboa
Caro Leitor,
Apesar de essa ser uma situação desconfortável e claramente incorreta, o leitor não deve contar nada ao namorado da sua colega de trabalho, pois ele não vai acreditar em si e vai acabar por ficar do lado dela. Ela vai dizer que é tudo mentira e que foi o leitor que se fez a ela, o que vai apenas causar problemas para o seu lado. Uma vez que trabalha com ela, tente evitar conflitos, pois qualquer coisa que faça pode acabar por criar problemas para si o que pode ser bastante desagradável.
“Tenho 22 anos e a minha namorada comprou um vibrador. No entanto, gostava de saber se não existe o risco de o clítoris perder a sensibilidade com o uso de brinquedos sexuais ou pela prática constante de masturbação. No caso de isso acontecer, como é que se pode recuperar?”
Sérgio, Bragança
Caro leitor,
A ideia de que a masturbação frequente danificar o clítoris, impedindo o orgasmo, não corresponde à realidade. Na verdade, a masturbação promove o aumento do prazer feminino, por permitir à mulher conhecer melhor o seu corpo e descobrir aquilo que lhe dá mais prazer, aumentando as sensações. Ainda que ao utilizar um vibrador durante muito tempo ou de forma demasiado vigorosa possa sentir algum desconforto, o efeito é passageiro e idêntico a ter relações sexuais com muita intensidade ou duração. O uso de vibradores pode ajudar a mulher a ter mais orgasmos e orgasmos mais intensos, diversificando também a vida de casal e proporcionando outros tipos de estímulos. Não substituem a partilha de carícias e a cumplicidade que se experiencia com um parceiro, mas ajudam a dinamizar a vida sexual do casal.
Tenho 17 anos e tive a minha primeira experiência sexual há pouco tempo. Foi com uma profissional do sexo, só que não foi tão bom como eu esperava.
Da primeira vez que fui masturbei-me antes, por conselhos de amigos. Ela fez-me sexo oral, até aí tudo bem. Só que quando coloquei o meu pénis na vagina dela perdi a ereção. Depois ela masturbou-me, mas não consegui recuperar. Voltei passado dois dias, sem me masturbar, ela fez-me sexo oral de novo, eu estava excitado, penetrei-a um pouco, mas o meu pénis amoleceu de novo. Não consigo entender, masturbo-me todos os dias, e quando vou praticar sexo não consigo!!?? Qual é o meu problema? Será que é por culpa dos remédios que eu tomo (antidepressivo e calmante).
Mário, Beja
Caro leitor,
As dificuldades de ereção que sentiu podem dever-se a muitos fatores, mas o mais importante é que perceba que não se deve preocupar tanto com a sua performance e penetração, pois essa atitude negativa em relação a si mesmo prejudica-o, leva-o a sentir ansiedade no momento e mesmo em antecipação do momento. Saiba que a masturbação não se relaciona com o seu caso, pode fazê-lo e deve até fazê-lo, com pensamentos e fantasias positivas para si. Analisemos os fatores que refere, que podem ainda ter outros a reforçá-los: toma medicamentos do foro psiquiátrico que sem dúvida influenciam a resposta sexual; tentou a relação sexual num contexto de pouca intimidade (a profissional do sexo) e, como tal, pode ter ficado mais nervoso com isso, embora em alguns homens as dificuldades surjam, por exemplo, quando estão apaixonados e querem muito satisfazer a parceira; voltou à mesma situação sexual mais com o objetivo de se “testar” a si próprio do que procurar ter prazer, o que diminui muito a sua capacidade de se excitar… Eu não diria que o seu problema é disfunção eréctil, mas sim dificuldades de ereção. Contudo, se a sua ansiedade continuar a interferir na sua capacidade eréctil deve procurar um técnico de saúde, de preferência sexólogo, para que esta dificuldade não se transforme num problema sexual instalado na sua sexualidade. Procure o tratamento se perceber que não consegue relaxar por si e entregar-se ao prazer sem preocupações.