“Tenho medo de mostrar o meu lado erótico”
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“Tenho 42 anos e uma saúde bastante frágil, pelo que tenho uma forte tendência para apanhar infecções urinárias. Uma vez que sou solteira, não tenho um parceiro fixo. Gostava de saber se as infecções urinárias podem ser transmitidas através das relações sexuais.”
Sandra, Lisboa
Cara Leitora,
Existem algumas infecções sexualmente transmissíveis que causam sintomas semelhantes aos das infecções urinárias, tais como a clamídia ou a gonorreia. Porém, as infecções do aparelho urinário e as bactérias que transporta não são consideradas Infecções Sexualmente Transmitidas, mas isto não invalida que estas infecções não estejam relacionadas com o acto sexual. Ou seja, as mulheres que têm uma vida sexual activa estão mais predispostas a estas infecções do que as não activas. Teorias defendem que as bactérias instaladas na zona vaginal sejam direccionadas para a bexiga através da uretra após a relação sexual vaginal. Desta forma, um dos meios de prevenção contra as infecções urinárias é urinar logo após o acto sexual para que possa expelir as bactérias do aparelho urinário. Advirto-a para a importância do devido acompanhamento médico para estes casos, ainda para mais quando é uma pessoa bastante permeável a estas situações.
"Descobri em pesquisas feitas na Internet que existe uma prática chamada hipnose sexual, e que muitas pessoas a têm como uma espécie de fetiche. Pode explicar-me de que se trata? Como é que eu e o meu marido a podemos experimentar?"
Eduarda, Beja
Cara leitora,
A hipnose erótica utiliza as práticas da hipnose para fins sensuais ou sexuais. Ao contrário da hipnoterapia, que usa a hipnose num contexto terapêutico, para ajudar o paciente, a hipnose erótica visa estimular o prazer, sendo recreativa e não terapêutica. A hipnoterapia ou hipnose clínica pode, contudo, ser utilizada para tratar disfunções sexuais, por exemplo, com ótimos resultados. Esta técnica induz o paciente a uma espécie de estado de transe, relaxado, mais descontraído, mas no qual o livre arbítrio se mantém. Quando é levada a cabo por um terapeuta especializado é muito eficaz no tratamento, ajudando a eliminar hábitos nocivos e a vencer receios, entre outras coisas. A hipnose erótica, que nunca deve ser feita por alguém que não seja especializado e exige confiança total na pessoa com quem é feita, ajuda a libertar-se de inibições, sedo por isso apreciada por algumas pessoas. Através dela, a pessoa torna-se mais desinibida, aumenta a sua sensualidade e capacidade de sentir excitação, correspondendo ainda à fantasia de estar "submetido" à vontade do outro, num contexto de jogo de casal. Um terapeuta sexual pode acompanhar o vosso caso específico e avaliar se pode ou não fazê-lo com o seu marido. Em sites e fóruns de grupos associados a fetiches poderá, também, conhecer outros casais que pratiquem a hipnose erótica e que possam orientá-los. Lembre-se sempre que nunca nada deve ser feito contra a sua vontade.
“Desde que entrei na menopausa a minha vida alterou-se por completo. Sinto que já não sou a mesma pessoa, tanto física como psicologicamente. O meu marido não entende as minhas atitudes, o que tem gerado alguns conflitos na nossa relação, principalmente no que diz respeito à nossa vida sexual. O que se passa comigo?”
Guida, Mafra
Cara Leitora,
Antes de mais gostaria de salientar que nesta fase da vida da mulher existem dois estados: a menopausa e o climatério. A menopausa trata-se da última menstruação e o climatério é a fase em que a mulher passa do período fértil para o infértil, onde existe uma diminuição significativa da produção das hormonas sexuais. Nesta nova etapa da vida da mulher, os ovários deixam de funcionar, terminando, então, as menstruações. Esta redução a nível hormonal pode provocar algumas alterações físicas e psicológicas, por vezes condicionando a sua vida afetiva e social (que é o que está a passar-se consigo).
Esta fase tem um grande peso na vida das mulheres no que diz respeito à forma como se vive a sexualidade e na forma como evidenciam alguns comportamentos e atitudes. Neste sentido, deve ter uma conversa séria com o seu marido, lembrando-lhe que a leitora está a passar por uma fase de adaptação de um novo momento da sua vida e por esse motivo é importante que ele seja mais compreensivo de forma a evitarem conflitos desnecessários.
"Sou uma mulher ansiosa por ser mãe, mas que não sabe muito a respeito do seu corpo. Gostaria de saber quais são os melhores momentos para conseguir engravidar, sei que se encontram a meio do meu ciclo, mas quando? O meu período menstrual dura cerca de 30 dias, e tenho o período nos primeiros 4 dias. Seguindo este ciclo, pode dizer-me em que dias tenho maior probabilidade de conseguir engravidar?"
Luísa - Barcarena
Cara leitora,
Conhecer bem os ritmos e ciclos do seu corpo é fundamental, tanto se pretende engravidar, como se deseja evitar que isso aconteça, ou para poder desfrutar plenamente da sua sexualidade. Uma vez que a menstruação difere de mulher para mulher, o melhor período para engravidar varia, mas seguindo a regra do seu ciclo é possível encontrar o que procura. As mulheres têm tendência para ovular a meio do ciclo, contudo, é mais acertado dizer que ovulam 14 dias antes da menstruação. Embora seja fora do comum, as mulheres podem ovular em qualquer momento do ciclo. A fertilidade depende essencialmente de três fatores: um óvulo saudável, esperma saudável e muco cervical favorável. A mulher ovula uma vez em cada ciclo. O óvulo vive de 12 a 24 horas e depois desintegra-se se não for fertilizado. Em condições favoráveis do muco cervical, o esperma pode sobreviver até cinco dias dentro do corpo. Estas condições criam cerca de uma semana de intervalo no qual é mais provável engravidar. Consulte o seu médico para definir o seu ciclo em pormenor, para poder identificar com uma margem de erro o mais pequena possível quais são os dias em que deve tentar engravidar.
De todos os problemas sexuais que os homens enfrentam, a disfunção erétil é a mais comum, e inclui vários problemas, desde a capacidade de manter a ereção por um curto período até conseguir obtê-la de todo. É muito normal que os homens passem por isto em algum período das suas vidas.
Uma das causas mais comuns da disfunção erétil é uma condição na qual embora o sangue aflua ao pénis da forma habitual durante a ereção, volta de novo para trás e o pénis fica flácido. Isto acontece devido ao sistema de bloqueio, que normalmente mantém o sangue dentro do pénis, deixar de funcionar convenientemente. Este problema pode ser ultrapassado utilizando um anel concebido medicamente que encaixa à volta da base do pénis.
Os problemas de ereção podem ter uma origem psicológica. Por exemplo, se estiver preocupado com o seu desempenho sexual, ou com sentimentos de inadequação, culpa, ou ressentimento, estes podem manifestar-se como uma incapacidade de ter ou manter a ereção. Esta forma pode ser muito fácil de diagnosticar porque será capaz de ter uma ereção por vezes, mas não com uma parceira. A terapia sexual é geralmente a melhor forma de tratamento deste problema.
“Gostava de falar com o meu marido sobre filmes pornográficos pois excita-me imenso a ideia de os vermos juntos e, até, pormos em prática algumas cenas. Mas tenho medo que, ao visionarmos este tipo de filmes, se torne um hábito e afecte a nossa relação, ou que ele pense que já não me excita naturalmente, sem recorrer a fantasias. Como devo proceder?”
Carla, Coimbra
Cara Leitora,
Não há nada como experimentar! Se acha que o seu casamento necessita de uma reviravolta em termos sexuais, o visionamento de filmes pornográficos em conjunto pode ser estimulante para dar um novo alento e para implementar alternativas às relações sexuais que têm mantido. Ninguém é melhor do que a leitora para saber qual será a reacção do seu marido relativamente a este tipo de assunto. Se ele for uma pessoa muito reservada e que se reja por valores e conceitos tradicionais, será melhor ir com calma para ver de que modo poderá introduzir esta inovação nas vossas vidas. Ao visionar este tipo de filmes com o seu marido vai permitir que haja uma maior cumplicidade entre ambos e uma nova perspectiva do sexo. Esta prática pode oferecer a possibilidade de se sentirem excitados só pelo simples facto de observarem outras pessoas a terem relações sexuais, ou seja, serem voyeurs dentro dos limites da segurança, na privacidade do vosso lar. O simples visionamento pode provocar no seu marido uma estimulação diferente e uma relação sexual muito satisfatória. Em relação a si poderá verificar que a visualização deste material explicitamente erótico será um dos melhores e mais rápidos caminhos até ao orgasmo, facilitando o acto sexual.