“O meu namorado é mais experiente do que eu. Na verdade é a primeira vez que estou com uma pessoa do mesmo sexo e não sei muito bem como agir. Tenho muito medo de não corresponder às suas expectativas.”
Ricardo, Porto
Caro Leitor,
O que se passa consigo é apenas o reflexo da sua pouca experiência sexual que deixa transparecer alguma insegurança face ao seu desempenho sexual.
Por isso, tente relaxar, descontrair e vá fazendo as coisas ao seu ritmo, encarnando cada vivência sexual como um momento de aprendizagem. Certamente, o seu companheiro saberá como ajudá-lo a dar e a receber prazer. Aproveitem esses momentos para fomentarem a vossa cumplicidade e com o tempo verá que essas preocupações apenas fazem parte do passado. Acalme-se e não deixe que o nervosismo e a insegurança se apoderem de si. Procure ser mais confiante e entregar-se aos estímulos que o seu corpo emite. Verá que rapidamente se tornará um excelente amante, basta que acredite mais em si e no seu desempenho sexual.
"Estou casada há 20 anos, e de há algum para cá o meu marido desleixou-se com o seu aspecto físico e tem engordado. Ele ultimamente tem tentado perder peso, algumas vezes resulta mas passado um tempo engorda novamente. Não sei o que devo fazer, pois não me sinto atraída por ele quando ele engorda."
Miriam, Guarda
Cara leitora,
essa é uma situação complicada, pois não se pode mudar o corpo de uma pessoa de um momento para outro, principalmente depois de uma certa idade… mas também não se pode obrigar ninguém a sentir desejo sexual quando ele não existe. O metabolismo do homem e da mulher sofre alterações com a idade, o que faz com que as pessoas engordem. Lembre-se que o seu marido está, certamente, tão aborrecido com essa situação como você. É bastante frustrante tentar emagrecer e não conseguir, o que afecta bastante a auto-estima de uma pessoa. Tente conversar com ele de forma carinhosa, tentem "os dois" passar a caminhar juntos de manhã, ou fazer exercício no ginásio. Alterem a vossa alimentação, passando a consumir comida mais saudável, é importante que a leitora participe do processo, para que isso seja um projecto vosso e não uma imposição sua. É bastante importante que o seu marido sinta que o ama e que o está a apoiar nesta fase.
Tenho 17 anos e ultimamente tenho andado tão stressado que cada vez que tenho relações com a minha namorada fico com torcicolos, e não sei o que fazer.
Diogo, Carcavelos
Caro leitor,
A adolescência é uma etapa da vida cheia de incertezas e emoções nas quais todos os acontecimentos do dia a dia são vividos de forma bastante intensa, principalmente aquando se dá o inicio da vida sexual. Muitas pessoas sentem sintomas físicos quando estão sob stress, o que parece ser o seu caso, uma vez que cada vez que tem relações com a sua namorada fica tão tenso que fica até com torcicolos. A não ser que o leitor pratique umas posições que necessitem de grandes malabarismos, a causa do seu torcicolo é de facto ansiedade, por isso tente descontrair mais nos momentos de intimidade com a sua namorada. Uma forma de aliviar o stress é a prática de desporto, ou de um hobby, o leitor pode também experimentar fazer massagens quando estiver bastante stressado, o que vai ajudar com a tensão muscular que tem sentido no pescoço.
“Sou lésbica e estou muito apaixonada por uma rapariga mais nova, com quem comecei uma relação há pouco tempo. No entanto, sempre que saímos ela não pára de olhar para outras mulheres, e isso deixa-me triste e insegura. Será que ela não gosta de mim e está comigo só por estar?”
Vanda, Lisboa
Cara leitora,
Nesta situação nada melhor do que falar muito sinceramente com a sua namorada e explicar-lhe como o comportamento dela a faz sentir insegura. Se ela gostar de si realmente será compreensiva e procurará transmitir-lhe mais segurança. No entanto, talvez o facto de ser mais nova que a leitora contribua para ainda estar muito receptiva e alerta a tudo o que a rodeia, sem sentir ainda a necessidade de assentar num relacionamento mais sério.
“Quando tomo banho gosto de me masturbar com a pressão da água. Será normal?”
Ângela, Cascais
Cara Leitora,
Existem várias formas de alcançar o próprio prazer, uma delas é através da água que, em contacto directo com o corpo, pode causar sensações espantosas. Para além disso, a água possui um efeito relaxante, proporcionando calma, diminuindo a ansiedade e ajudando na libertação de energias.
A prática da masturbação no banho, seja ela individual ou conjunta, pode ser um estímulo para a renovação de energias e uma prática agradável, mesmo para preceder uma relação sexual. Este momento é de puro relaxamento, tanto físico como psicológico, rompendo as barreiras do inconsciente, relativamente às fantasias sexuais. Não se martirize por ter este tipo de práticas, pois hoje em dia é perfeitamente normal, visto que permite um contacto mais íntimo consigo mesma.
“Vivo com um homem há 6 anos e há um ano atrás fui submetida a uma cirurgia em que me retiraram a mama esquerda. Não me posso queixar, porque o meu companheiro tem-me ajudado imenso na recuperação, mas acho que ele vai deixar de se interessar por mim fisicamente.”
Maria João, Alenquer
Cara leitora,
É bastante normal que um acidente com esse tipo de repercussões interfira na relação do casal, necessitando que ambos os parceiros se adaptem a novos papéis. O processo de adaptação pode ser bastante doloroso e pode demorar algum tempo, sendo natural que tenha dúvidas e receios quanto ao futuro da sua relação. O mais indicado será partilhar as suas preocupações com o seu companheiro, pois imagino que também ele esteja a sofrer com a situação. Compreendo que esteja receosa mas não deixe que isto os distancie, antes pelo contrário, faça com que esta experiência os aproxime e fortaleça como casal. Quanto a preocupar-se que ele perca o interesse físico ou sexual por si, não penso que isso venha a acontecer pois o facto de ter perdido uma mama não a impede de continuar a ter uma vida sexual satisfatória e activa. Sinta-se feliz por ter um companheiro que a ama e que a está a apoiar nesta fase tão difícil da sua vida. Valorize as suas capacidades e qualidades e não a sua deficiência!