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Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

“Tenho muitas dores ao fazer amor!”

“Não sei o que se passa comigo, mas de um momento para o outro comecei a ter imensas dores durante o ato sexual. Receio desiludir o meu marido, pois sinto que estou a atrapalhá-lo. O que se passa?”

 

Carla, Beja

 

Cara Leitora,

Tendo em conta que começou a sentir esse desconforto repentinamente, talvez se trate de uma infeção vaginal. Porém, seja o que for, a melhor atitude a tomar será consultar um médico o quanto antes, pois poderá estar a sofrer desnecessariamente bem como poderá colocar a saúde do seu marido em risco. Consulte urgentemente um médico ginecologista, pois neste caso só ele poderá ajudá-la a detetar o que se passa consigo, fazer a despistagem e aconselhar um tratamento. Por vezes as infeções originam a falta de lubrificação, o que provoca um enorme desconforto sexual e, consequentemente, dores insuportáveis.

Em relação à sua preocupação no que diz respeito ao bem-estar sexual do seu marido, converse com ele, pedindo para que ele seja compreensivo, pois, para o bem de ambos, irá consultar um médico e enquanto não souber a causa dessas dores o melhor será suspender a atividade sexual. 

“Não consigo perder os meus complexos…”

 

“Tive uma educação muito rígida em relação a sexualidade, e acho que a minha educação nunca me permitiu ultrapassar certos medos e complexos em relação ao sexo. O que posso fazer agora para mudar essa situação?”

 

Marta, Odivelas

Cara Leitora,

A repressão dos desejos e o stress resultante de uma educação rígida podem fazer com que a mulher desenvolva não só grandes desequilíbrios afetivo-emocionais como frustrações que a podem acompanhar para o resto da sua vida. Em relação à educação sexual da mulher, existe o mito de que a mulher terá de ser passiva promovendo, desta forma, a culpabilização dos desejos e dos prazeres sexuais da mulher em relação ao homem. A mulher deve mostrar, única e simplesmente, os sentimentos desde que estes não sejam transmitidos através das suas reações corporais. Ainda hoje, o conceito de prazer não é associado aos conceitos básicos de autoestima e de autoconceito, que fazem com que haja uma realização da mulher que a possa equiparar com o homem. Este tipo de educação sexual mais rígida pode produzir aquilo Transtornos do Desejo, sendo um dos tipos de Disfunções Sexuais, em que as causas psicológicas e fisiológicas estão interligadas. O acompanhamento de um terapeuta poderá ajudá-la a libertar-se desses bloqueios.

 

 

“Sinto dores no clítoris…”

“De há algum tempo para cá noto que depois de fazer amor sinto dores e comichão muito forte no clítoris, e de cada vez que o meu namorado me toca, ao de leve que seja, temos logo de parar. Por vezes até o roçar da roupa interior me causa desconforto. Gostava de saber se isto é normal e como posso resolver o problema, pois está a interferir com a minha vida sexual.”

 

Tânia, Santarém

 

Cara leitora,

De facto, quando o clítoris está bem qualquer toque nesta área pode trazer um enorme prazer mas se, pelo contrário, se passa algo de errado com esta zona os toques podem ser extremamente dolorosos, por ser tão sensível. O clítoris compõe-se por três partes, a “cabeça”, que consiste numa pequena bolinha eréctil, localizada mesmo acima da abertura da uretra e por baixo do osso púbico, que pode ser visível consoante a anatomia da mulher e o seu estado de excitação, uma parte que se estreita e que vai dessa “cabeça” até ao interior do corpo, onde recebe os sinais nervosos que provocam a excitação, e um tecido que cobre a zona, nos lábios superiores, e que protege o clítoris, produzindo um fluido lubrificante quando a mulher está excitada. Quando esse fluido se acumula em excesso torna-se num líquido branco leitoso, que se não for removido através da lavagem pode “endurecer” em pequenos grânulos, os quais por sua vez provocam irritação na pele sensível envolvente, provocando dor mesmo apenas com o contacto da roupa. Embora a higiene depois de fazer amor possa resolver o problema, certas mulheres têm o canal que liga o clítoris ao interior do corpo mais estreito, dificultando a lavagem, pelo que pode experimentar submergir esta zona durante alguns minutos, usando o bidé, e mover a pele cuidadosamente, afastando os tecidos, lavando com cuidado com um produto aconselhado pelo ginecologista.

 

“Não me consigo satisfazer”

“Divorciei-me há uns meses e desde aí nunca mais tive relações sexuais com ninguém, por isso, a única forma de me satisfazer sexualmente é através da masturbação, mas agora já nem isso me apetece…”

Sérgio, Odivelas

Caro Leitor,

Não fique preocupado com o facto de não ter relações sexuais e de não ter vontade de se masturbar, faça-o apenas se se sentir estimulado para tal. Não se sinta diferente, pois tudo decorre dentro da normalidade. Muitas pessoas pensam que a ausência de relações sexuais é algo prejudicial à saúde, o que é bastante errado. Não entre em pânico e tente levar a sua vida de uma forma normal. É claro que como se sente emocionalmente abalado devido ao divórcio, o seu apetite sexual está mais reduzido. Neste sentido, dê tempo ao tempo e quando tiver a sua vida afetiva reestruturada verá que com certeza irá recuperar o interesse sexual.   

“Perderei a virgindade através da masturbação?”

 

“Masturbo-me frequentemente e sinto muito prazer ao fazê-lo mas sinto alguma vergonha porque não sei se assim me posso considerar ainda virgem. Será que ainda sou virgem?”

 

Marina, Évora

Cara Leitora,

 

Não se preocupe, se nunca houve penetração pode considerar-se ainda virgem. Só após a penetração durante o acto sexual é que se perde a virgindade. A masturbação é um acto perfeitamente normal, não se deve envergonhar ou ter qualquer tipo de preconceito por praticá-lo. A masturbação é uma maneira saudável e natural de conhecer o seu próprio corpo e a partir daí descobrir os seus pontos mais sensíveis, que a iram ajudar a atingir o ponto máximo de prazer.

A prova de que este acto é único e que dá muito prazer é pelo grau de excitação que se consegue alcançar, chegando ao ponto de conseguir lubrificar a vagina apenas estimulando-se a si própria. Portanto, consciencialize-se de que a masturbação é um acto normalíssimo do qual não se deve envergonhar.

 

“Como prevenir o cancro da próstata?”

 

Rodin

 

 

“Tenho 55 anos e o meu pai faleceu há alguns anos devido a um cancro na próstata, por isso gostaria de saber como se pode diagnosticar esta doença, e como posso evitá-la. ”
Luís, Braga
 
 
 
 
Caro leitor,
Para prevenir esta doença, é importante que, a partir dos quarenta e cinco anos, todos os homens consultem um médico e façam o exame do toque rectal, ou seja, um exame no qual o medico examina através do tacto o tamanho da próstata. Caso o médico encontre algo de anormal, é essencial que se faça uma ecografia transrectal com biopsia prostática. Através das partículas retiradas para a biopsia é possível a realização de um exame de análise de patologia, de modo a avaliar o estado do tumor, pois é necessário averiguar se o tumor está apenas restringido à próstata ou se alastrou para outros órgãos periféricos, tais como a bexiga, vesículas seminais ou recto. Os sintomas mais frequentes neste tipo de doença são a extrema dificuldade em urinar, pouca pressão ao urinar, sensação de não esvaziar a bexiga por completo após urinar e, em alguns casos, sangue na urina. Tal como em muitas doenças, a melhor forma de a evitar é a através da prevenção. Quanto mais cedo o cancro for diagnosticado melhores as probabilidades de cura.

Suspeito que ele tem outra

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"De há uns tempos para cá o meu marido chega tarde a casa e diz que tem ficado a trabalhar. No entanto, se ligo para o trabalho dele, dizem-me que não está. Quando chega a casa vem sempre cansado e já não quer fazer amor. Será que ele me anda a trair?"

Cátia - Samora Correia

 

Cara leitora,

Procure manter a calma, e acima de tudo não tome decisões precipitadas. Apesar de os sinais serem bastante suspeitos a melhor maneira de descobrir o que se passa é conversar diretamente com ele e procurar esclarecer a situação. Se não se sente esclarecida, faça-lhe uma visita ao escritório de surpresa, assim saberá se ele diz a verdade ou não, depois confronte-o com o facto de ligar para o trabalho e de aparecer no trabalho dele e de ele lá não estar. Procure resolver tudo da melhor forma, com bom senso.

“Sinto dores quando faço amor…”

Pablo Picasso

 

“Não sei o que se passa, pois sempre tive uma vida sexual satisfatória, mas de um momento para o outro comecei a ter imensas dores durante o acto sexual. Tenho medo de dizer ao meu marido, não quero que pense que está a fazer alguma coisa errada!”
 
Rosa
 
Cara Leitora,
Tendo em conta que começou a sentir esse desconforto repentinamente, talvez se trate de uma infecção vaginal. Consulte um médico ginecologista, pois neste caso só ele poderá ajudá-la a detectar o que se passa consigo, e aconselhar um tratamento. Por vezes as infecções originam a falta de lubrificação, o que provoca desconforto sexual e, consequentemente, dores muitas vezes insuportáveis.
Em relação à sua preocupação no que diz respeito ao seu marido, converse com ele, pedindo para que ele seja compreensivo, pois, para o bem de ambos, enquanto não souber a causa dessas dores o melhor será suspender a actividade sexual.