Vivo com o meu namorado há mais de dois anos e antes dele tive alguns parceiros sexuais. Não querendo entrar em comparações, porque cada pessoa é diferente, acho que o meu namorado pode sofrer de ejaculação retardada.
Não atinge o orgasmo com sexo oral nem com algumas posições sexuais. Nas posições em que chega lá demora muito tempo (para cima de 20 min de penetração contínua) e por vezes nem atinge o orgasmo com penetração, pelo que muitas vezes só acontece se se masturbar.
Isso não parece incomodá-lo mas para mim por vezes chega a ser penoso pois não consigo manter a excitação tanto tempo e a partir do momento em que atinjo o orgasmo perco mesmo a vontade.
Há alguma coisa que possamos fazer para aumentar a sua sensibilidade?
Rosa
Cara Rosa,
A ejaculação retardada, tal como outras disfunções sexuais, só devem ser diagnosticadas por técnicos de saúde ou de sexologia. Dirija-se com o seu parceiro a uma consulta especializada de sexologia se pensa que a vossa relação está a ser significativamente prejudicada por esta situação.
Pode tentar aumentar a sensibilidade utilizando lubrificante que aquece, pois irá trazer mais irrigação sanguínea ao pénis e pode facilitar o orgasmo, mas certamente que outras condições terão igualmente de estar controladas para que tal aconteça (ele estar à vontade, sem preocupações, nem pressões, o ambiente ser adequado e seguro para ambos, terem tempo para relaxar…).
Não encare a sexualidade de uma forma pré-determinada… Não há problema de um membro de um casal não atingir o orgasmo em algumas relações sexuais, pode haver satisfação suficiente na excitação e no prazer do outro, não há problema se um membro do casal se masturbar depois da penetração (depois de estarem ambos satisfeitos com a penetração). Uma grande vantagem da utilização de lubrificação extra, para além da vossa natural é não se magoar, depois do seu orgasmo e enquanto ele tenta o seu. Fale com ele sobre como o pode ajudar, sem criticar nem pressionar e divirta-se com o prazer que podem ter os dois!
“Oiço muitas vezes falar sobre afrodisíacos e não sei muito bem o que são. Gostaria que me explicasse de que se trata?” Carlos, Gondomar
Caro leitor, Os afrodisíacos são agentes químicos ou naturais que têm por objectivo estimular o apetite sexual e aumentar a excitação. No grupo dos afrodisíacos podem incluir-se alimentos e cheiros. Em termos alimentares a aparência, o gosto e as cores dos alimentos são essenciais para produzir o efeito desejado. Alguns dos alimentos mais comuns são: o chocolate, as ostras, a pimenta e a canela. Certos aromas provocados por perfumes, loções, velas ou incensos, tais como o cheiro de abóbora ou mentol, também exercem influência no estímulo do apetite sexual. Também existem agentes químicos prescritos por especialistas, que despertam a vida sexual, estimulando a erecção. Porém, neste último caso, é importante ter em conta os efeitos secundários, quer ao nível cardíaco quer ao nível da erecção dolorosa e prolongada sem qualquer estímulo sexual.
Tenho 17 anos e tive a minha primeira experiência sexual há pouco tempo. Foi com uma profissional do sexo, só que não foi tão bom como eu esperava. Eu fui numa quarta feira, eu masturbei-me antes por conselhos de amigos. Cheguei lá ela fez-me sexo oral, até aí tudo bem. Só que quando coloquei o meu pénis na vagina dela ele ficou mole. Depois ela masturbou-me e tudo mais, mas não consegui ficar duro novamente. Fui de novo na sexta feira, sem me masturbar, ela fez-me sexo oral de novo, eu estava excitado, penetrei-a um pouco, mas o meu pénis amoleceu de novo. Não consigo entender, eu me masturbo pelo menos uma vez por dia, às vezes quatro, e quando vou praticar sexo não consigo!!?? Qual é o meu problema? Será que é por culpa dos remédios que eu tomo? (são Daforin (anti depressivo) Rivotril (calmante) e Zargus).
João
Caro João,
As dificuldades de erecção que sentiu podem dever-se a muitos factores, mas o mais importante é que perceba que não se deve preocupar tanto com a sua performance e penetração, pois essa atitude negativa em relação a si mesmo prejudica-o, leva-o a sentir ansiedade no momento e mesmo em antecipação do momento.
Saiba que a masturbação não se relaciona com o seu caso, pode fazê-lo e deve até fazê-lo, com pensamentos e fantasias positivas para si.
Analisemos os factores que refere, que podem ainda ter outros a reforçá-los: toma medicamentos do foro psiquiátrico que sem dúvida influenciam a resposta sexual; tentou a relação sexual num contexto de pouca intimidade (a profissional do sexo) e, como tal, pode ter ficado mais nervoso com isso, embora em alguns homens as dificuldades surjam, por exemplo, quando estão apaixonados e querem muito satisfazer a parceira; voltou à mesma situação sexual mais com o objectivo de se “testar” a si próprio do que procurara ter prazer, o que diminui muito a sua capacidade de se excitar…
Eu não diria que o seu problema é disfunção eréctil, mas sim dificuldades de erecção. Contudo, se a sua ansiedade continuar a interferir na sua capacidade eréctil deve procurar um técnico de saúde, de preferência sexólogo, para que esta dificuldade não se transforme num problema sexual instalado na sua sexualidade. Procure o tratamento se perceber que não consegue relaxar por si e entregar-se ao prazer sem preocupações. As nossas instalações, onde damos consultas de sexologia, ficam próximas do Saldanha, em Lisboa, e as consultas podem ser marcadas no telefone 21 318 25 91.
“Tenho 18 anos e oiço falar muito da SIDA, e por isso gostaria de saber quais os sintomas desta doença.”
Adriano, Alhandra
Caro Leitor,
A Síndroma de Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é manifestado por uma série de sintomas clínicos que aparecem como consequência de fragilidade do sistema imunológico, deixando o indivíduo vulnerável a infecções que seriam de outra forma inofensivas. Desta forma, os sintomas da SIDA podem ser variados, dependendo do estado do sistema imunológico do indivíduo, bem como de há quanto tempo foi infectado. Pouco após a infecção pelo vírus, ou seja, quando o indivíduo se torna HIV positivo, pode apresentar sintomas semelhantes aos sintomas da gripe, podendo depois passar vários anos sem apresentar quaisquer sintomas. Num estado mais avançado da doença o individuo desenvolve SIDA, na qual pode apresentar sintomas como falta de energia, diarreia e perda de peso, bem como Sarcoma de Kaposi, um tipo de cancro.
“Tenho 12 anos, comecei a ter o período há pouco tempo e ainda não consigo prever a data da próxima menstruação. O corpo transmite-nos sinais de que o período vai chegar?”
Margarida
Cara Leitora,
Quando o ciclo menstrual é regular é fácil reconhecer os sinais que indicam em que altura virá a próxima menstruação. Cada pessoa é um caso, por isso os sinais podem variar de pessoa para pessoa, contudo existem alguns sinais comuns a que pode estar atenta, como por exemplo o aumento de peso devido ao facto do nosso corpo acumular uma maior retenção de água. Alterações de apetite e de humor são outros sinais indicadores que a menstruação se está a aproximar. Estes factores, aliados a uma modificação da pele, que se torna mais gordurosa, e do couro cabeludo, podem ajudar a saber quando o dia se aproxima. De forma geral, as mulheres têm o período cada 28 dias, mas algumas podem ter ciclos mais longos que podem durar 30 ou 35 dias, por isso, a melhor maneira de controlar o dia em que lhe vem a menstruação é anotar num bloco de notas. Deste modo será muito mais fácil ter uma ideia de em que dia ele vem porque se for regular, o período virá aproximadamente no mesmo dia que no mês anterior.
O meu namorado ultimamente tem-me pedido para que eu depile a zona púbica por completo, mas eu não sei se lhe devo fazer a vontade.
Teresa
Cara Leitora, E de louvar o bom relacionamento que a leitora mantém com o seu namorado, uma vez que ele se sente à vontade para lhe revelar as suas fantasias e preferências a nível sexual. No entanto, é importante que ambos os parceiros estejam de acordo com o acto, o que não parece ser o caso, pois a leitora parece estar um pouco indecisa. Neste sentido, antes de tomar qualquer decisão em relação a esta fantasia, ou a qualquer outra que o seu namorado sugira, pense no seu bem-estar primeiro e se está disposta a realizá-la ou não. A leitora não deve fazer nada com que não se sinta à vontade. No caso de depilar a sua zona genital por completo, a vantagem é que a depilação não é definitiva, por isso a leitora pode experimentar e ver como se sente, se não gostar da sensação, espere que os pêlos voltem a crescer e não o faça novamente de futuro.
Fantasias Sexuais
As fantasias sexuais são comuns nos seres humanos, e fantasiar sobre sexo nada mais é do que um recurso natural para alcançar o prazer sexual combinando o corpo e a mente. De acordo com especialistas, as fantasias sexuais possuem vários objectivos, entre os quais aumentar o prazer da actividade sexual, funcionar como substituto da experiência real, induzir à excitação ou ao orgasmo, funcionar como um ‘ensaio mental’ para experiências sexuais posteriores, e fornecer um meio seguro e controlado de experimentar o sexo sem culpa ou constrangimentos. Um dos aspectos mais interessantes das fantasias sexuais é que estas permitem que tanto homens como mulheres se libertem de tabus e experimentem na sua imaginação várias situações sexuais além do limite da realidade, dando um novo sabor ao acto sexual. Existem também casos em que os casais podem partilhar e até mesmo realizar algumas das suas fantasias sexuais, o que contribui para o aumento da cumplicidade entre o casal.
“A minha mulher está na Menopausa e ouvimos falar de terapia de substituição hormonal. Gostava de saber mais a respeito dessa terapia uma vez que não sei muito sobre o assunto.”
Gonçalo, Bragança
Caro Leitor,
Todas as mulheres, mais tarde ou mais cedo, chegam a uma fase de desenvolvimento, no qual os ovários deixam de produzir as hormonas Progesterona e Estrogénio, ao qual se chama Menopausa. Existem vários sintomas que são mais ou menos evidentes e que podem mesmo provocar alguns problemas de saúde, tais como a redução de densidade óssea. A terapia de substituição consiste exactamente na substituição das hormonas que os ovários deixaram de produzir. Claro está, que cada pessoa é diferente, logo a quantidade de hormonas deve variar de pessoa para pessoa, devido à forma como actuam no organismo, ou seja, uma determinada dosagem é benéfica a uma determinada mulher mas poderá ser prejudicial a outra. Assim deverá dirigir-se ao seu médico para que, em conjunto, possam experimentar os diferentes tipos e dosagens de Estrogénios, a fim de conseguirem chegar à dosagem que melhor se adequa ao organismo da sua mulher. Existem, no entanto, algumas mulheres que não podem fazer a terapêutica de substituição devido a problemas de saúde, por isso aconselhe a sua mulher a consultar um médico que a possa elucidar a respeito dos riscos associados a esta forma de terapia
“Sou uma rapariga de 19 anos e iniciei a minha vida sexual recentemente. Gostaria de saber se a diabetes influencia a vida sexual, pois tenho esta doença e estou preocupada, uma vez que tomo medicação. Será que esta doença pode prejudicar a minha vida sexual e impedir-me de ter prazer?”
Cláudia, Peniche
Cara Leitora,
Certos estudos têm demonstrado que algumas mulheres com diabetes têm tendência a ter dificuldades a nível do seu desempenho sexual. Dos problemas diagnosticados destacam-se a diminuição do desejo sexual, a redução da lubrificação vaginal e a dor durante a penetração sexual.
Porém, é importante que fale com o seu médico assistente ou solicite a ajuda dos membros da sua equipa de aconselhamento da diabetes de modo a que possam ser encontradas alternativas para ultrapassar esta questão. Certo tipo de medicação para a diabetes tem como efeito secundário a redução da libido, a qual é responsável pelo desejo sexual, mas cada caso deve ser estudado isoladamente pois a diabetes tem repercussões variáveis de pessoa para pessoa.
Não encare a diabetes como um entrave à sua vida sexual, adopte uma postura mais descontraída e, não se sinta inibida de pedir ajuda ou uma orientação médica.
Tenho 21 anos e desde os 16 que iniciei a minha vida sexual. Já tive 3 parceiros e actualmente estou com o mesmo parceiro há mais de 5 anos.
O que acontece é que nunca consegui atingir o orgasmo, primeiro pensámos que era por ainda ser inexperiente, mas passado tanto tempo e de tentarmos tantas posições, contactos, e novas maneiras de prazer, confesso que estou muito preocupada, uma vez que quando estou quase a atingir o orgasmo, sinto uma dor que me dá vontade de parar, e essa situação acaba por frustar a mim e ao meu marido, ja não sei o que fazer... Manuela
Cara Manuela,
Não ficou claro no seu email se atingiu o orgasmo com outros parceiros antes do seu actual. E sozinha, na masturbação? Não tenha vergonha de descobrir como prefere a estimulação na sua intimidade pessoal – tal é essencial para a descobrir numa relação íntima posteriormente. Apenas neste sentido a experiência é importante: o orgasmo feminino é aprendido, encenado num contexto de erotismo e romantismo diferente muitas vezes do masculino.
Não tenha vergonha de pedir ao seu parceiro para a ajudar nesta encenação: faça jantares à luz da vela, banhos de imersão com aromas de que goste, conversas apaixonadas sobre o vosso amor…qualquer coisa que a estimule a sentir-se à vontade, apaixonada e liberta de preconceitos com a sua sexualidade.
As experiências que fez (de posições, contactos, etc) podem falhar o objectivo do orgasmo por estar a pensar demasiado nele. A atenção focada no que está a acontecer pode influenciar que a sua resposta sexual seja interrompida e desviada do prazer, para focar essa preocupação de não estar a sentir a satisfação do orgasmo. Isto é um ciclo vicioso que deve tentar contrariar através de pensamentos positivos, fantasias sexuais que lhe agradem, pensar no prazer do que está a sentir sem racionalizar demasiado. Este ciclo é ainda reforçado pela ansiedade de antecipação e pela frustração que vos afasta depois do sexo, em vez de se aproximarem.
Note bem que a maioria das mulheres atinge o orgasmo mais facilmente com outras estimulações sexuais, sem penetração vaginal. As carícias no clítoris, o sexo oral, a masturbação recíproca são modos que pode explorar na sua relação e que têm bons resultados.
A terapia sexual pode ser adequada para si e o seu parceiro, poderão explorar mais sugestões que vos agradem e evoluir juntos na descoberta da vossa sexualidade. Nós damos consultas presenciais em Lisboa, no Saldanha, marcadas no número de telefone 213 182 591.
Estou casada há dois anos e gostaria de inovar a nossa vida sexual através de estimulação anal ao meu marido. Será que isso é muito atrevido, será que ele vai gostar?
Nicole, Madeira
Cara Leitora,
O que é considerado muito atrevido para alguns, é o pão-nosso de cada dia para outros. Existem muitos casais que praticam esse tipo de estimulação e existem de facto muitos homens que, independentemente da sua orientação sexual, deliram com essa prática, chegando mesmo a atingir o orgasmo sem necessitar de mais nenhum tipode estimulação. Por isso não se preocupe com rótulos e seja inovadora na cama com o seu marido. A estimulação anal em homens deve ser feita sempre com a utilização de um lubrificante e de forma gradual e cuidadosa. Experimente e verá que o seu marido vai gostar.