“Tenho um amigo que me disse que existem preservativos feitos de diferentes tipos de materiais, é verdade? Que diferenças existem entre eles?”
Cláudio, Barreiro
Caro Leitor,
Realmente existem no mercado preservativos fabricados com três tipos de materiais diferentes, Látex, Pele de Ovelha, e Poliuretina. Desta forma, as pessoas podem escolher o material que mais gostam, e existem outras alternativas no que diz respeito a alergias a alguns dos materiais, como sucede com pessoas que são alérgicas ao látex. O Mercado oferece também uma vasta variedade de cores, sabores e tamanhos, de forma a agradar a todos os gostos. Alguns preservativos têm também estrias ou vêm com lubrificante, o que tem por objectivo aumentar o prazer durante o acto sexual e de proteger contra uma gravidez não desejada.
Gostava de ter sexo anal com a minha namorada, mas não sei se é seguro fazê-lo devido a ser circuncidado”
Gilberto, Rio Maior
Caro leitor
Se quer fazer novas experiência vá em frente pois o facto de ser circuncidado não interfere de forma alguma com a prática de sexo anal. Tenha apenas alguns cuidados básicos como usar lubrificante para que a penetração não seja dolorosa e usar um preservativo par evitar que bactérias existentes nos intestinos se alojem no pénis ou na vagina. Não se preocupe, diversifique a sua vida sexual pois isso é fundamental na manutenção de qualquer relação.
Tenho 18 anos e ha um mes conheci um rapaz na internet e comessamos a namorar. Eu gosto bastante dele mas tenho receio de me desiludir depois de o conhecer. Sera que me devo encontrar com ele?
Susana, Guimaraes,
Cara leitora,
Posso compreender o seu nervosismo, uma vez que nunca conheceu o seu dito “namorado” pessoalmente. Apesar de a leitora estar apaixonada e achar que conhece muito bem o seu namorado, a verdade e que a leitora nao faz a menor ideia de quem ele se trata. Se a leitora decidir conhece-lo pessoalmente, deve proceder com percaucao, ou seja, nao combine para se encontrar com ele sozinha, nem viaje para outra cidade para o conhecer, fassa com que ele venha ter consigo e tenha certesa de que leva uma amiga consigo. Existem muitos homens mais velhos que se fazem passar por “jovens” como forma de atrair raparigas mais novas com o intuito de abusaqr delas, por isso tenha cuidado.
“Namoro há 10 meses e o meu namorado tem ejaculação retardada. Ele contou-me que antes de mim nunca tinha sentido prazer com a parceira, comigo ele atinge o orgasmo, apesar de demorar. Sempre nos demos muito bem sexualmente e para mim a ejaculação retardada não é um não é um problema, mas eu sinto que isso o incomoda. Gostaria de saber como posso ajudá-lo.”
Mariana, Lisboa
Cara Leitora,
A ejaculação retardada é considerada uma perturbação sexual masculina da fase do orgasmo, que afecta menos de 3 por cento dos homens, mas causa-lhes bastante sofrimento, mesmo que para a parceira seja agradável ter relações sexuais longas. No entanto, para o homem, pode fazê-lo sentir-se frustrado com a sua sexualidade, a satisfação sexual e mesmo com outros aspectos da relação. Pode ser que o seu parceiro sinta estas coisas, mas também pode ser que tal não aconteça. Como uma pessoa com ejaculação retardada precisa de estimulação adicional e mais demorada para obter o orgasmo, os conselhos que lhe posso dar são de adicionar formas de estimular o seu orgasmo, não necessariamente pela penetração vaginal mas, por exemplo, depois desta. Pode deixá-lo masturbar-se a ele mesmo (progressivamente mais perto dele: consigo ao lado sem olhar, consigo ao lado a olhá-lo, consigo a tocar-lhe); até ele lhe permitir masturbá-lo, utilizando lubrificantes e perguntando-lhe como prefere que o faça. Procure brinquedos eróticos que a ajudem a aumentar a fricção peniana, para os utilizar depois de estar satisfeita sexualmente. Para além disto é importante que comunique com ele, que o descanse sobre a satisfação sexual que ele lhe dá e sobre o prazer que tira da relação com ele. Se ainda assim sentir que ele não está feliz com a vossa vida sexual, proponha-lhe procurar tratamento sexológico como casal.
Há algum tempo atrás magoei-me ao introduzir o tampão na vagina. Com o aplicador fiz um pequeno arranhão. Entretanto fui ao médico, e fiz um tratamento com uma pomada que ele me receitou, mas nunca ficou bem cicatrizado. Estive cerca de 15 dias sem ter relações sexuais, a ver se cicatrizava de uma vez... E na primeira vez que tive relações após este período tudo correu bem, mas de seguida tive relações novamente, e tive dores... O meu marido esteve a ver e disse que tinha uma pequena fissura nas paredes da vagina. Como é que eu faço para curar isto de uma vez? Evitar ter relações é muito penoso para nós...
Cara Leitora,
A vagina é uma área bastante sensível e quando existe alguma fissura esta costuma levar semanas a sarar. Para sarar, as feridas necessitam de um ambiente seco e de ar e, como pode imaginar, a vagina não permite nenhum desses factores, pois está constantemente coberta e tem lubrificação. Desta forma aconselho que contacte o mesmo médico, ou um medico diferente e que seja novamente examinada. Depois vai ter de ter paciência e esperar algumas semanas até poder ter relações sexuais, pois apenas dessa forma irá sarar completamente. Experimentem praticar sexo oral em vez de vaginal, e dessa forma não será tão difícil esperar até que esteja completamente curada.
“ Ontem à noite fiz amor com o meu namorado mas tivemos um azar o preservativo rompeu-se e só reparamos que este estava roto no fim da relação. O que devo fazer?”
Carla, Arruda dos Vinhos
Cara leitora:
Fique calma, pois o que aconteceu consigo já aconteceu com milhares de pessoas. Felizmente existe a pílula do dia seguinte que não deve de forma alguma ser tomada de maneira regular. Deve apenas ser tomada numa situação de emergência como a sua. Esta pílula poderá ser adquirida mediante receita médica em qualquer farmácia, tome atenção às indicações e posologia do medicamento. Continue a usar o preservativo pois este protege-a de doenças transmitidas sexualmente, mas visto que uma gravidez não é desejada, aconselho-a a visitar o seu ginecologista e começar a tomar a pílula, pois o seguro morreu de velho!
Gostava de saber o que é apatia sexual, pois tenho receio de sofrer desse problema uma vez que raramente tenho desejo ou vontade de fazer amor com o meu marido. Como posso identificar os sintomas ou manifestações? O que posso fazer para evitar que isto suceda?”
Cara leitora,
A apatia sexual pode assumir várias formas diferentes, e ocorre quando a pessoa não se sente próxima ou íntima do seu par. Esta disfunção é mais comum do que pode pensar, sendo também designada de aversão sexual, desejo sexual inibido ou hipo activo. Há pessoas que sofrem desta disfunção que nunca tiveram qualquer desejo sexual, enquanto que há outras que tiveram desejo sexual no passado, mas que o perderam. Há pessoas que não sentem desejo pelo parceiro, enquanto outras não sentem desejo sexual de todo.
Por vezes aquilo que as pessoas consideram ser apatia sexual traduz-se por diferentes libidos entre os dois parceiros. O interesse e a expressão sexual é muito variável de pessoa para pessoa. Embora seja considerada uma disfunção e incomode algumas pessoas, há outras que convivem perfeitamente bem com o seu baixo desejo sexual. Sofrer de insónias, depressão e stress pode contribuir para a apatia sexual, assim como certos medicamentos e doenças, as mudanças hormonais ou até mesmo ter tido uma educação severa e repressiva.
Se desconfia que sofre de apatia sexual, em primeiro lugar é preciso saber se isso sempre lhe aconteceu ou se o passou a sentir com o seu marido, pois pode ser uma questão de diferenças entre as vossas libidos. Procure perceber o que fez com que fosse perdendo o apetite a este nível, e saiba que existem exercícios que a ajudam a recuperar o desejo.
A comunicação sincera com o parceiro é sempre o ponto de partida essencial, mas pode ser necessário pedir a ajuda de um terapeuta. Reserve tempo exclusivamente para a intimidade, aprenda a dominar o stress e a ansiedade. A variedade também é uma boa forma de recuperar o interesse pois muitas vezes a rotina e a previsibilidade desgastam a relação. Mudar de posição ou fazer amor em locais diferentes pode ser um truque simples para melhorar a vida sexual.
Acima de tudo, estar decidida a pedir ajuda para resolver este problema e a comunicação com o seu par são os factores essenciais para o ultrapassar.
Eu tenho 18 anos, o meu marido 22 e estamos a planear ter o nosso 1º filho. Há mais de um ano e meio que deixei de tomar a pílula que tomei durante quase dois anos... e nada. Já fui à minha medica, fiz exames, e ela diz que está tudo bem. O meu marido também vai fazer os exames. Será que os problemas que ele tem de asma, alergias ou talvez os respectivos tratamentos, possam estar a causar esta dificuldade em engravidar?
Aguardo resposta, obrigada
Vanessa
Cara Vanessa,
Compreendo a sua angústia por não perceber porque não consegue engravidar. Tente não se preocupar demasiado, pois a sua ansiedade pode também contribuir para esta situação. Do que me conta está a tomar as medidas necessárias: fez exames médicos, não utiliza métodos contraceptivos e mantém uma vida sexual activa.
As possíveis causas que aponta não são suficientes para vos causar problemas (ter tomado a pílula dois anos e o seu marido ter asma e alergias em tratamento), por isso não precisa de se preocupar com elas.
Se o seu parceiro também quer engravidar e está disposto a fazer os exames necessários recomendados pelo médico, então estão ambos no bom caminho e precisam de esperar, ser pacientes e ficar unidos neste percurso. Se os exames do seu marido não forem igualmente conclusivos, recomendo-lhe que marque uma consulta da especialidade de problemas de fertilidade, pois as filas de espera podem ser longas, mas saiba que na sua idade há muitas opções a explorar.
“Sempre tive o desejo de experimentar fazer sexo anal, mas tenho algum medo de o dizer à minha namorada pois acho que ela não vai aceitar muito bem esta ideia. Como devo abordar o assunto?”
Ricardo, Vila Franca de Xira
Caro Leitor,
O sexo anal é um tabu para a grande parte das mulheres. Deve falar sobre esse assunto de forma cuidadosa sem que a sua namorada se sinta obrigada a concordar. Exponha-lhe a sua fantasia dando sempre a entender que não ficará magoado se ela lho negar, mesmo que até fique um pouco desapontado. Assegure-lhe que não a forçará a nada e que se decidirem fazê-lo, parará se ela assim o pedir. Caso a sua namorada concorde com a prática, não se esqueça do lubrificante, que é fundamental nesta situação!
Embora uma relação seja, em termos convencionais, vivida entre duas pessoas, muitos casais optam pela introdução de outras pessoas na sua vida sexual como forma de escapar à rotina e de fortalecer os laços de um relacionamento. Desde as ménages a trois, aos swings, ao poliamor e às orgias, conheça formas de relacionamento alternativas que podem salvar um relacionamento.
Por contraditório que possa parecer, por vezes a introdução de uma ou mais pessoas num relacionamento faz com que duas pessoas que se amam se mantenham juntas e ainda mais unidas. De acordo com a personalidade individual de cada um, há pessoas para quem a monogamia é castradora ou limitadora, tendo dificuldade em serem fiéis, ou precisando de estímulos novos para quebrar a rotina, arrefecendo quando estes deixam de existir. Assim, o envolvimento sexual com outra pessoa acaba por fazer com que valorize mais a cumplicidade única que tem com o companheiro, trazendo de volta a união do casal. Para evitar uma traição, e também para criar uma nova dinâmica de envolvimento sexual, muitos casais acordam aceitar outras pessoas na relação.
Ménage a trois ou sexo a três Os chamados "ménage a trois" acontecem quando três pessoas estão envolvidas no ato sexual e tanto podem ser realizados por um casal que "convida" uma terceira pessoa a juntar-se, como por três pessoas que não têm qualquer relacionamento amoroso umas com as outras, desfrutando apenas do prazer do sexo a três.
Mas o que torna esta prática tão excitante? O facto de criar uma nova dinâmica, em que as três pessoas se proporcionam prazer umas às outras, ou duas de cada vez proporcionam prazer a uma terceira, ou uma pessoa dá prazer a duas ao mesmo tempo, abre as portas para um novo território de luxúria e prazer, amplificando as fantasias. Fazer sexo com duas mulheres ao mesmo tempo é uma das fantasias masculinas mais comuns, mas também há homens que gostam de ter relações em simultâneo com um homem e uma mulher, permitindo-se nesse jogo experiências homossexuais que não definem no entanto a sua orientação sexual, pois não exprimem uma preferência, mas sim uma aventura partilhada.
Por outro lado, ver o companheiro ou a companheira a ter relações com outra pessoa, a ser desejado e até de certa forma "disputado" por outra pessoa, pode ser extremamente erótico. Também há mulheres que fantasiam com o facto de serem penetradas por dois homens em simultâneo ou de terem relações sexuais com um homem e com outra mulher, obtendo assim os prazeres diferenciados que são proporcionados por um tipo de envolvimento e por outro. Nestas situações é muito importante definir os limites, para que não haja espaço para o ciúme, e estar disposto a partilhar o parceiro com outra pessoa, mesmo que seja por breves horas, a um nível sexual, sem envolvimento afetivo.
Swing ou troca de casais Para alguns casais a experiência de fazer sexo a três não é por si só satisfatória ou atrativa, optando por uma outra dinâmica de grupo, na qual os dois membros do casal têm relações sexuais com outras pessoas, também elas membros de um outro casal. Podem estar os quatro juntos num mesmo espaço, ou não, mas neste caso é essencial que as quatro pessoas envolvidas sejam parte de um casal, havendo assim uma troca.
As pessoas que se dedicam a este tipo de pratica chamam-se "swingers", existindo bares e sites de encontros onde podem conhecer outros casais disponíveis para o fazer. Existe um conhecimento prévio, onde uma vez mais as fronteiras são definidas e as regras são acordadas. Também neste caso não deve haver um envolvimento emocional, embora esse risco exista sempre, e deve haver a disponibilidade psíquica e emocional para "partilhar" o corpo do parceiro com outra pessoa, sendo que neste caso também pode haver outro tipo de dinâmicas: para além de a mulher de cada casal ficar com o homem do outro casal, também podem ficar os dois homens a ver as mulheres envolverem-se uma com a outra, ou vice-versa, ou interagirem os quatro em simultâneo.
O poliamor Para algumas pessoas a monogamia é impraticável, defendendo que é possível amar várias pessoas em simultâneo, ou ter relacionamentos sexuais com mais do que uma pessoa, retirando grande prazer dessa variedade. Porque temos maior afinidade em alguns aspetos com uma pessoa, gostamos mais de outro tipo de atividades com outra, e criamos uma dinâmica diferente com outra, as pessoas que praticam o poliamor vivem relações abertas, em que todos são livres para ter relações com outras pessoas e sabem que em nenhuma delas existe exclusividade. Como em todas estas dinâmicas, é essencial que haja respeito pelos limites previamente definidos, sabendo todos aquilo com que podem contar. As pessoas interessadas no poliamor podem conhecer outras que também o praticam através de sites na internet.
As orgias Os cenários luxuriosos em que várias pessoas reunidas numa mesma sala ou espaço têm livremente relações sexuais.