“Tenho 65 anos e sou viúvo. Há um ano e meio que namoro uma senhora de 59 anos de quem gosto e com quem tenciono casar. Damo-nos muito bem e temos uma vida sexual bastante boa, no entanto as pessoas criticam-nos dizendo que somos “velhos demais” para essas coisas e que devíamos ter juízo. Será que eles têm razão?
Adelino, Carnaxide
Caro leitor
Claro que não! Ao contrario do que algumas pessoas mais jovens possam pensar, muitos homens e mulheres entre os 50 e 80 anos de idade continuam a ter relações sexuais, havendo mesmo quem afirme que sentem mais prazer agora do que quando eram mais novos. Há indivíduos no entanto que reduzem a sua actividade sexual nessas idades, mas por vezes isso é devido a dificuldade em encontrar parceiro, ou deve-se a pressões sociais como as que o leitor está a ser alvo, tabus a nível pessoal acreditando que não é correcto ser sexualmente activo, ou mesmo preocupações de saúde achando que o sexo pode causar doenças. É difícil estimar a actividade sexual em indivíduos de idades mais avançadas, pois tal como os adolescentes, eles tendem a reprimir e esconder a sua vida íntima com medo de serem criticados. Não se preocupe com aquilo que os outros pensam pois provavelmente têm ciúmes da sua relação. Aproveite a boa disposição da sua companheira, divirtam-se e vivam a vossa relação da forma que vos trouxer mais felicidade. Façam aquilo com o qual se sintam confortáveis.
“De há alguns anos para cá tenho notado que levo cada vez mais tempo a atingir o orgasmo, havendo mesmo situações em ele não acontece. Acho isso estranho, pois nunca tive essa dificuldade antes. Será que vou perder a capacidade de ter orgasmos?”
Miguel, Santiago
Caro leitor
Essa situação acontece com mais frequência do que o leitor imagina. É normal que com o avançar da idade o homem comece a levar mais tempo a atingir o orgasmo, o que por vezes melhora a vida sexual do casal pois dá mais tempo à mulher para atingir o clímax. Essa situação é especialmente vantajosa para homens que sofram de ejaculação precoce, mas não tanto para homens que já naturalmente demorem algum tempo até atingir o orgasmo. Nesses casos o acréscimo de tempo natural da idade pode tornar-se um problema, o que parece ser o seu caso, fazendo com que em certas ocasiões o orgasmo chegue mesmo a não acontecer. Uma possível solução é aplicar um gel acelerador no pénis antes de iniciada a relação. Este gel vai aumentar o fluxo sanguíneo na área genital fazendo com que o homem fique mais sensível à estimulação, e atinja o orgasmo mais depressa. Em alguns casos a incapacidade em atingir o orgasmo, tanto no homem como na mulher pode ser um efeito secundário de algum medicamento. Se achar que este pode ser o seu caso, consulte o seu médico e explore a possibilidade de ajustar a dose ou mudar de medicação.
“A minha namorada está sempre a querer ter relações mas nunca consegue atingir o orgasmo ficando bastante chateada comigo. Eu já tentei de tudo mas parece que nada funciona. Já não sei o que fazer.”
Miguel, Alcobaça
Caro leitor
Por vezes a mulher tem dificuldade em atingir o orgasmo devido à falta de estimulação correcta, stress ou mesmo ansiedade, pois o primeiro passo para a mulher não atingir o orgasmo é durante a relação sexual começar a questionar-se se ele vai acontecer ou não. Pode ser esse o caso da sua namorada, por isso tente que ela relaxe e não foque a sua atenção no orgasmo mas sim no prazer que sente a cada toque. Experimente também utilizar uma loção aceleradora, que aumenta a sensibilidade na área genital feminina tornando o orgasmo mais fácil de atingir. Caso isso não resulte, pode dar-se o caso de ela sofrer de Anorgasmia, ou seja, uma disfunção sexual na qual a mulher não consegue atingir o orgasmo independentemente do tipo de estimulação sexual recebida. Nesse caso aconselho que procurem ajuda profissional para descobrirem os factores físicos ou psicológicos responsáveis pelo problema.
“ Ultimamente, quando estou a fazer amor com a minha namorada tenho reparado que a vagina dela faz uns barulhos estranhos, parece mesmo que está a dar puns, isto será normal?”
Caro Leitor:
O que se passa com a sua namorada acontece com muitas outras mulheres. Esse barulho estranho que ouve, é somente a libertação de ar da vagina. Esta depende também da posição adoptada. Não ligue a isso, a relação sexual consiste de sons, cheiros e gostos…imagine que chato seria se eles não existissem? Por isso…relaxe e aproveite!!!
“Tenho 30 anos e sou um pouco complexado em relação ao meu pénis, pois acho que este é muito grande. A minha namorada já se queixou que lhe dói quando a penetro, e isso deixa-me ainda mais constrangido. Como posso fazer para não a aleijar?”
Filipe, Guarda
Caro Leitor,
O segredo para que a sua namorada não sinta dores durante a penetração é que ela esteja bem lubrificada e descontraída. Dediquem mais tempo aos preliminares e assegure-se que ela está completamente relaxada e excitada antes de a penetrar. O uso de lubrificantes pode também tornar a penetração mais fácil e menos dolorosa. Procurem novas posições, pois a profundidade da penetração varia de acordo com a posição escolhida. Mostre à sua namorada que se preocupa com o seu bem-estar e deixe que ela comande a acção, para evitar magoá-la.
“Há uns anos atrás contraí Hepatite C através de uma transfusão de sangue e tenho algum receio de poder propaga-la ao meus namorado através do ato sexual. Que tipo de precauções podemos tomar? Também se pode transmitir através do sexo oral?”
Ana, Covilhã
Cara leitora,
O vírus da Hepatite C transmite-se sobretudo através do contacto com o sangue infetado de uma pessoa ou de produtos que tenham estado em contacto com ele, nomeadamente através da transfusão de sangue ou do transplante de órgãos ou da partilha de seringas não corretamente esterilizadas, ou também através de cortes e feridas. De entre os vírus da Hepatite, a Hepatite C é aquela que tem menor risco de contágio, principalmente no contexto de um relacionamento monogâmico de longa duração, sendo pouco provável que se possa transmitir via sexo oral. Usar preservativo ajuda a diminuir o risco de transmissão do vírus.
“Enquanto que eu atinjo o orgasmo bastante depressa, o meu marido demora bastante tempo a atingir o orgasmo. Será que estou a fazer alguma coisa errada?”
Inês, Évora
Cara Leitora,
Não se sinta preocupada pelo facto de o seu marido demorar mais tempo a ejacular do que você, pois certamente isso não está relacionado com nada que a leitora esteja a fazer. Cada pessoa demora o seu tempo até atingir o orgasmo e são raras as vezes que um casal consegue atingir o clímax simultaneamente. Existem factores que podem contribuir para que o homem demore mais tempo para ejacular, nomeadamente a toma de medicamentos para a depressão e ansiedade. Alguns destes medicamentos chegam a ser receitados a homens que sofrem de ejaculação precoce. Se o seu marido estiver sob o efeito de algum tipo de medicação, aconselhe-o a consultar o médico e a perguntar quais os efeitos que esses medicamentos podem ter na sua vida sexual. Se necessário, peça ao médico que lhe receite uma medicação diferente.
"Tenho 38 anos e embora a minha vida sexual sempre tenha sido boa noto algumas alterações ultimamente que me estão a deixar preocupada. Passei por uma depressão há pouco tempo e como ainda estou a tomar antidepressivos gostava de saber se são eles os responsáveis pela diminuição do prazer que sinto".
Cátia - Lisboa
Cara leitora,
Alguns antidepressivos, bem como medicamentos para a redução da ansiedade, têm como efeito secundário a diminuição do interesse sexual e dificuldade em atingir o orgasmo. Medicamentos como o Prozac ou Zoloft são notórios neste âmbito. O antidepressivo que está no mercado e que tem tido menos efeitos secundários a nível sexual e o Zoloft. É bem provável que pelo facto de estar a ser medicada com antidepressivos o seu desempenho sexual tenha sido afetado. Converse com o seu médico a respeito do que tem sentido, e se achar necessário peça que lhe receite outro antidepressivo que tenha menos efeitos secundários, ou que altere a dose da medicação que está a tomar.
“Tenho 34 anos e uma vida sexual ativa. Já ouvi falar de um brinquedo sexual chamado anel peniano, gostava de saber para que serve e quais são os benefícios da sua utilização. Já tenho ido às sex shops mas tenho tido vergonha de pedir informações por não querer revelar ignorância, mas a verdade é que tenho bastante curiosidade e gostava de experimentar utilizá-lo. Pode esclarecer-me?”
Santiago, Beja
Caro leitor,
Não deve ter vergonha de fazer perguntas a respeito do que ainda não sabe, pois os funcionários das sex shops, como de qualquer outro estabelecimento comercial, estão preparados para esclarecer os seus clientes a respeito dos produtos que têm à venda, sendo perfeitamente normal não saber para que serve este “brinquedo” sexual, assim como muitos outros que existem no mercado. O que importa é procurar aprender e inovar a sua vida sexual! O anel peniano é sobretudo utilizado para fazer com que o pénis ereto fique maior e mais duro, e para o manter assim durante mais tempo, atrasando e intensificando o orgasmo. Consiste num anel, como o nome indica, que se coloca à volta do pénis, e que constringe o fluxo sanguíneo, de tal modo que quando finalmente ejacula a sensação é muito mais intensa, porque levou mais tempo a chegar e porque o pénis tem mais sangue contido. Existem anéis penianos de metal ou de borracha, devendo escolher o tamanho certo que se adeque a si. Os anéis de metal podem provocar alergias ou aleijar o pénis, sendo que também existem anéis penianos ajustáveis, que são mais indicados para principiantes. Tenho em atenção que a ereção deve aumentar apenas ligeiramente, se o pénis fica muito apertado então não é esse o tamanho correto.
“Tenho 27 anos, e há alguns anos que tenho vindo a ter dificuldades em ter ereções. Não sofri nenhum acidente e não tomo medicação, mas a situação deixa-me muito preocupado e constrangido.”
Luís, Almada
Caro leitor,
De facto a situação que descreve pode causar bastante constrangimento e ansiedade num homem, o que pode ser a causa do seu problema. Nos homens a ansiedade afeta bastante a capacidade física do sangue em chegar ao pénis e manter-se nele o tempo suficiente para ter uma ereção. Outros fatores que afetam a qualidade das ereções são o tabaco, o álcool, haxixe, alguns remédios para a queda do cabelo, diabetes, problemas de coração, pressão arterial alta, o excesso de peso, falta de exercício físico regular (pelo menos 30 minutos 3 ou 4 vezes por semana), alimentação rica em gorduras, açucares e carbohidratos. Dessa forma, avalie o seu estilo de vida e veja se existem algumas alterações que possa fazer para melhorar a sua vida sexual.