Ao contrário dos homens, que fantasiam muito com o sexo anal, a maioria das mulheres tem um certo receio desta prática. O principal medo é de sentirem dor, o que é uma preocupação comum e justificável, já que o sexo anal pode causar algum desconforto. No entanto, seguindo algumas dicas é possível gostar, e muito, de sexo anal.
O ânus possui uma musculatura para expelir, e por isso com o medo e ansiedade os músculos vão contrair, o que por sua vez, pode causar a dor no sexo anal. Quando feita com cuidado e descontração dos músculos, a prática pode dar muito prazer a quem penetra, mas tambem para quem é penetrado. Existe uma rede bastante extensa de nervos que proporcionam bastante prazer e que podem ser estimulados internamente através da penetração anal, tanto no homem como na mulher.
A fantasia, o envolvimento e o toque simultâneo noutras áreas erógenas e no clitóris são capazes de dar ainda maior prazer e existem alguns truques que ajudam a diminuir o incómodo. Contudo, nem todas pessoas sentem prazer com o sexo anal e isso deve ser respeitado. Submeter-se porque é um fetiche do companheiro não é saudável para o casal.
A prática sexual só é boa se oferecer prazer aos dois. Assim, o mais importante é a mulher estar decidida a chegar a esse nível de envolvimento, livre de tensão, e, depois, contar com a ajuda do parceiro para ir com bastante calma e conseguir tirar o máximo prazer do sexo anal.
“Namoro há 10 meses e o meu namorado tem ejaculação retardada. Ele contou-me que antes de mim nunca tinha sentido prazer com a parceira, comigo ele atinge o orgasmo, apesar de demorar. Sempre nos demos muito bem sexualmente e para mim a ejaculação retardada não é um não é um problema, mas eu sinto que isso o incomoda. Gostaria de saber como posso ajudá-lo.”
Mariana, Lisboa
Cara Leitora,
A ejaculação retardada é considerada uma perturbação sexual masculina da fase do orgasmo, que afecta menos de 3 por cento dos homens, mas causa-lhes bastante sofrimento, mesmo que para a parceira seja agradável ter relações sexuais longas. No entanto, para o homem, pode fazê-lo sentir-se frustrado com a sua sexualidade, a satisfação sexual e mesmo com outros aspectos da relação. Pode ser que o seu parceiro sinta estas coisas, mas também pode ser que tal não aconteça. Como uma pessoa com ejaculação retardada precisa de estimulação adicional e mais demorada para obter o orgasmo, os conselhos que lhe posso dar são de adicionar formas de estimular o seu orgasmo, não necessariamente pela penetração vaginal mas, por exemplo, depois desta. Pode deixá-lo masturbar-se a ele mesmo (progressivamente mais perto dele: consigo ao lado sem olhar, consigo ao lado a olhá-lo, consigo a tocar-lhe); até ele lhe permitir masturbá-lo, utilizando lubrificantes e perguntando-lhe como prefere que o faça. Procure brinquedos eróticos que a ajudem a aumentar a fricção peniana, para os utilizar depois de estar satisfeita sexualmente. Para além disto é importante que comunique com ele, que o descanse sobre a satisfação sexual que ele lhe dá e sobre o prazer que tira da relação com ele. Se ainda assim sentir que ele não está feliz com a vossa vida sexual, proponha-lhe procurar tratamento sexológico como casal.
“Tenho 58 anos e ultimamente tenho notado diferenças no meu desempenho sexual. Mesmo a nível emocional sinto-me diferente, e gostaria que me explicasse como posso saber se estarei a entrar na andropausa. Quais são os sintomas mais comuns?”
Paulo, Guarda
Caro Leitor,
Da mesma forma que a menopausa provoca alterações no corpo e no comportamento das mulheres, a andropausa manifesta-se nos homens provocando oscilações a nível físico e psicológico. Na andropausa, os homens podem observar mudanças a nível do desempenho sexual, bem como algumas alterações físicas e psicológicas. A andropausa define-se pela diminuição do nível de testosterona no homem, resultando no enfraquecimento do desejo sexual, bem como na dificuldade em manter a erecção. Outros sintomas que podem ser resultantes da andropausa são a diminuição do nível de energia física e a depressão. Convém referir que esta não é uma regra básica, pois cada homem é um caso. Porém, se achar necessário aconselho-o a dissipar as suas dúvidas junto de um especialista.
“Estou a atravessar a menopausa e o sexo é doloroso”
“ Desde que entrei na menopausa sinto menos apetite sexual, quando tenho relações com o meu companheiro sofro com as dores…”
Anabela
Cara Leitora:
O que está a sentir é algo bastante comum. Durante a menopausa o seu corpo passa por várias alterações hormonais que podem causar redução do desejo sexual e da lubrificação vaginal, daí o motivo do seu desconforto. Sugiro-lhe que consulte o seu ginecologista para averiguar melhor o seu caso e ter a certeza de que tudo está bem a nível físico. Depois consulte um endocrenologista que seja especializado em questões relacionadas com a menopausa, pois hoje em dia existem vários tratamentos para reduzir os seus efeitos. Mas se se decidir por algum tratamento informe-se muito bem dos efeitos secundários da medicação antes de tomar qualquer decisão. Entretanto use lubrificante durante as relações sexuais para evitar o desconforto.
“Tenho 35 anos e sempre tive dificuldade em conseguir atingir o orgasmo, algo que sempre prejudicou a minha vida sexual porque me deixa tímida e incomodada. Nunca consegui ter aquele prazer de que as minhas amigas falam nem como se vê nos filmes e na televisão. Serei a única?”
Paula, Alverca
Cara leitora,
Muitas mulheres sentem dificuldade em atingir o orgasmo, quer seja com um parceiro ou sozinhas enquanto se masturbam. A vergonha em tocar o seu corpo ou alguns medos desconhecidos são apenas duas das muitas causas possíveis para este problema que afeta mais mulheres do que pensa, ao contrário do que os filmes e meios de comunicação costumam mostrar. Para tentar encontrar a razão para o seu problema, pense acerca da sua vida sexual. Costuma estar mais concentrada nos seus pensamentos do que nas suas sensações? O facto de se distrair a pensar noutras coisas, a preocupação constante em ter um orgasmo, pensar no que o parceiro estará ou não a pensar são fatores que contribuem para que se afaste do clímax. A preocupação em ter um orgasmo cria pressão que faz com que seja mais difícil atingi-lo. Por outro lado, se tiver receio de pedir ao seu par que a estimule de determinada maneira isso irá inibi-la, ao mesmo tempo que estar preocupada em ter um orgasmo para não desapontar o seu par também é algo que a poderá impedir. A relação entre o casal é, também, fundamental. O corpo da mulher precisa de maior tempo de preliminares do que o homem, pelo que avançar rapidamente pode fazer com que o seu corpo não esteja suficientemente relaxado, tornando o orgasmo mais difícil de alcançar.
“Tenho 43 anos e sempre tive uma vida sexual ativa e feliz. No entanto, ultimamente quando faço amor noto que fico menos lubrificada, o que me causa dores e mal-estar. Não entendo por que aconteceu esta mudança, mas está a provocar-me um grande desconforto e constrangimento.”
Mariana, Queluz
Cara Leitora,
Esta dificuldade poderá ser causada por uma infeção vaginal que provoca dores durante a penetração e a redução da lubrificação. Por outro lado, existem alguns medicamentos que têm como efeitos secundários a redução da lubrificação e do desejo sexual. Uma outra hipótese a ter em consideração é o facto de estar num período pré-menopausa, onde poderá ocorrer uma alteração dos níveis hormonais que poderão justificar essa tendência, principalmente a níveis irregulares de estrogénio. Porém, de forma a dissipar todas as suas dúvidas a este respeito, aconselho a que consulte o seu ginecologista para que juntos encontrem a solução para o seu problema de forma a recuperar a satisfação e plenitude sexual.
Estou grávida e o meu marido encontra-se ausente no estrangeiro. Tenho tido um enorme apetite sexual e isso leva-me a masturbar-me. Posso estar a prejudicar o meu bebé?
Graça
Cara Graça,
Na gravidez é natural que o desejo sexual se altere, aumentando ou diminuindo em diferentes mulheres. A masturbação não prejudica de modo nenhum o seu feto, nem as relações sexuais. Há algumas situações clínicas, de gravidezes de risco, em que o próprio médico não recomenda que se tenha relações, mas será avisada se tal acontecer.
Não tenha vergonha de esclarecer as suas dúvidas com o ginecologista/obstetra que a segue, pois ele conhece-a bem e não a julgará mal por as ter.
Tenho 18 anos e já iniciei a minha vida sexual há algum tempo com o meu parceiro. O que se passa é que não tenho apetite sexual. Ele por vezes queixa-se, mas eu não tenho culpa de não me apetecer. Gostaria de saber se algo de errado se passa comigo, uma vez que ainda sou muito nova. Agradeço que a publicação desta mensagem seja feita sem qualquer nome identificativo.
Cara leitora,
é ainda bastante jovem e por isso está ainda numa fase de descoberta sexual. Aconselho que converse com o seu parceiro e que em conjunto explorem com mais calma e atenção todas as suas áreas erógenas. Dessa forma tanto a leitora como o seu namorado vão descobrir o que lhe dá prazer, o que vai ajudar a aumentar o seu desejo sexual. Aconselho também que a leitora experimente a masturbação em privado, e que depois partilhe com o seu namorado o que aprendeu.
Tenho muito prazer ao fazer amor com o meu namorado, fico muito excitada, lubrificada, mas nunca atinjo orgasmo. Porque será?
Maria
Cara Maria,
Existem mulheres que tem uma disfunção orgásmica, ou seja, sentem a excitação e lubrificação durante o acto sexual mas não chegam a atingir o orgasmo. Aconselho que experimente a auto-masturbação, pois dessa forma vai poder explorar o seu corpo e descobrir o que mais gosta. Pode também experimentar a utilização de um vibrador na zona do clítoris, o que costuma levar ao orgasmo em poucos minutos.