“Tenho 15 anos e sou virgem. Namoro com uma rapariga de 14 anos que também é, e temos experimentado algumas práticas sexuais. Há umas semanas eu e a minha namorada mantivemos em contacto os nossos sexos sem haver penetração, mas quando a estava a masturbar apercebi-me que havia sangue e parámos, pois pensámos tratar-se do seu período. Ela diz que afinal não foi o período e não sabe o que se passou. Como ela é virgem, será que rompeu o hímen?
Bruno, Évora
Caro leitor,
uma vez que a sua namorada é virgem, é bem possível que com as carícias resultantes da vossa aventura sexual ela tenha rompido o hímen. O hímen é uma membrana que cobre a entrada da vagina, e algumas mulheres têm hímenes bastante elásticos que não se rompem com tanta facilidade, enquanto que outras mulheres têm hímenes bastante sensíveis que se podem romper sem que haja qualquer tipo de penetração. Algumas mulheres rompem o hímen enquanto praticam ginástica ou equitação, enquanto que outras só o rompem durante o coito. Por isso, não se preocupe pois provavelmente o hímen da sua namorada rompeu-se enquanto o leitor a estava a acariciar. Será aconselhável, de qualquer das formas, que ela conte esta situação ao seu médico ginecologista.
“Amo muito a minha esposa e sempre nos demos muito bem a nível sexual, mas desde que ela teve o nosso filho, há 6 meses, já não tem vontade de fazer amor comigo…”
Luis, Lisboa
Caro leitor,
O nascimento de uma criança é sempre um período de adaptacao tanto a nível do relacionamento como a nivel sexual. Deixar de ter relações depois de ter um filho é bastante comum para vários casais. Alterações hormonais, depressão pós-parto ou cansaço são muitas vezes associados a diminuição de desejo, mas estas não são as únicas razões. É perfeitamente seguro ter relações após o nascimento do bebé, desde que a mulher se sinta psicologicamente e fisicamente preparada para tal. Aconselho-o a tentar aliviar algum do trabalho da sua esposa com o bebe, arramjem uma ama, ou alguem de familia que tome conta do bebe para que voces possam passar tempo juntos, criem novos cenários e fantasias, passe uns dias fora sozinhos, e isto irá ajudar o vosso relacionamento.
“Tenho 39 anos e a minha vida sexual nunca foi feliz. Não me sinto à vontade com a minha sexualidade e sempre tive diversos problemas nos meus relacionamentos, mas tenho vergonha de pedir ajuda. Não sei o que posso fazer…”
Susana, Ericeira
Cara Leitora,
Muitas pessoas estão ainda um pouco apreensivas em respeito à inclusão de técnicos de sexologia para ajudar a superar os problemas conjugais. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS – tratar da saúde sexual é um direito que assiste a qualquer cidadão. Acredite que a intervenção de um técnico especializado pode ajudar a ultrapassar situações decorrentes de disfunções sexuais que, por vezes, prejudicam a vivência entre o casal. O papel principal de um terapeuta reside em conseguir detetar problemas e encontrar uma solução que ajude a superar a situação. Estas terapias demonstram uma maior eficácia se forem feitas pelo casal. Assim sendo, não tema recorrer à ajuda de um terapeuta sexual, pois a sua ajuda poderá ser determinante.
"Já tomei 3 vezes a pílula do dia seguinte porque o preservativo rebentou e o meu namorado ejaculou dentro de mim. Tenho medo de vir a ter problemas de saúde porque já ouvi dizer que é muito forte. Será que faz mal? O que devo fazer?"
Carla - Braga
Cara leitora,
A pílula do dia seguinte ou contraceção de emergência é muito semelhante às outras pílulas, pelo que não precisa de se preocupar com efeitos secundários de a ter tomado. A ação desta pílula, que pode ser tomada até 150 horas depois da relação desprotegida, passa por atrasar ou adiantar a ovulação, alterar o revestimento do útero, de modo a torná-lo incapaz de receber o ovo já fecundado, impedindo a sua fixação (implantação) e portanto a evolução de uma gravidez. Se a pílula tiver sido tomada antes de acontecer a ovulação, é natural que o período menstrual atrase. Se foi tomada depois de haver ovulação apenas vai impedir a nidação, o período pode aparecer na altura certa ou até antes. As estatísticas dizem que muitas mulheres têm o período mais ou menos na altura certa, em 20 a 30% antecipa e em 10 a 20% atrasa. Apesar da eficácia desta pílula, deve escolher um método contracetivo de uso sistemático e preventivo, que a deixe mais segura, como a contraceção hormonal (a pílula contracetiva, o anel vaginal, o adesivo, as injeções hormonais), o preservativo, que vos protege igualmente de infeções sexualmente transmissíveis, ou outros métodos recomendados pelo seu médico assistente. Vai ver que se sentirá mais segura e livre para aproveitar as relações sexuais e o prazer que pode ter com elas!
"Tenho 24 anos e iniciei recentemente um relacionamento com um rapaz de 30 anos. Ainda não tivemos relações sexuais, mas ele diz que não quer usar preservativos, e por isso não sei o que fazer, pois tenho receio de apanhar uma doença sexualmente transmissível."
Susana - Coimbra
Cara leitora,
Realmente essa é uma situação delicada, e acho que, dadas as circunstâncias, faz bem em esperar para ter relações sexuais com o seu novo namorado. Como a comunicação é a base de uma boa relação, tem de procurar frases e argumentos que o levem a compreender o seu lado nesta questão. A resistência de alguns homens em utilizar o preservativo pode ser grande, pelo que cabe a si defenderem a sua saúde sexual e encontrarem um compromisso que faça sentirem-se ambos seguros na relação sexual. Por vezes é apenas a falta de hábito dos homens que os leva a sentirem-se "apertados", "desconfortáveis" e até mesmo com menos excitação. Tente mostrar-lhe um lado divertido deste método, colocando-o de modos originais, mostrando-lhe como pode fazer aguentar mais tempo de penetração, o que pode até melhorar o sexo para os dois… Se ele continuar a rejeitar o uso do preservativo, sugira que ambos façam testes médicos antes de ter relações. Se ele se recusar, então cabe-lhe a si decidir se quer continuar o namoro com ele ou não, pense bem, pois você é dona do seu próprio corpo.
“Tenho 32 anos e considero-me um homem sexualmente activo e interessado em novas experiências. Ouvi falar sobre a técnica Karezza e gostava de aprender a utilizá-la na prática.”
João Pedro, Sintra
Caro leitor,
A técnica “Karezza” não é difícil de aprender nem de pôr em prática e consiste em fazer amor de uma forma doce, na qual o afecto, a ligação e o relaxamento são os principais objectivos, e não o orgasmo em si. A própria palavra, “Karezza”, deriva de uma palavra italiana que significa carícia. Relaciona-se com o contacto da pele, as carícias, a posição de “conchinha” e eventual relação sexual, suave. Deriva de uma prática Taoísta chamada cultivação mútua, pois consiste em dedicar-se ao parceiro. Os praticantes desta técnica são de opinião que o bom sexo não é aquele que chega ao orgasmo, mas antes o que promove sentimentos de ligação e de relaxamento. Enquanto que o orgasmo deixa o organismo exausto, os adeptos da Karezza dizem que se sentem com mais energia porque as carícias sexuais sem orgasmo elevam os níveis de dopamina e ocitocina, proporcionando sensações de prazer, proximidade e paz. Uma vez que estes efeitos demoram mais a desaparecer do que após o orgasmo as variações de humor também se fazem sentir menos. Os praticantes desta técnica também defendem que ajuda a curar disfunções sexuais e a atenuar as dores menstruais, mas advertem que só deve ser posta em prática por pessoas que estão efectivamente apaixonadas, pois se assim não for as carícias não terão o afecto que as torna tão compensatórias. Para iniciar esta prática, pode começar por dedicar mais tempo às carícias com a sua parceira, sem que as entenda como preliminares mas sim como objectivo em si mesmas. Poderá ter surpresas muito agradáveis!
Tenho 40 anos e gosto muito de sexo. Penso mais do que faço. Gostaria de saber se há alguma indicação ou estudo sobre a quantidade de relações por mês num casal pela minha idade. Será normal de três em três meses?
Outro dia, quando estava a iniciar, durante os preliminares, quando beijava e tocava, ejaculei em poucos segundos. Terei algum problema? Fiquei de rastos, apesar da compreensão da minha mulher.
Cumprimentos
Caro Leitor,
De uma forma geral casais entre os 20 e 50 anos de idade têm relações sexuais em média entre 1 e 3 vezes por semana, com estudos diferentes indicando valores diferentes. É difícil determinar o que é muito ou pouco sexo entre um casal, pois cada caso é um caso, e cada casal tem a sua frequência ideal, ou seja, o que é considerado normal e satisfatório para si, pode não o ser para outro casal e vice-versa. Dessa forma, se tanto você como a sua esposa estão satisfeitos em ter relações sexuais de 3 em 3 meses, então, não existe nenhum motivo para preocupação. No entanto, uma vez que não tem relações sexuais com bastante frequência vai ter o problema da ejaculação precoce, ou seja a sua sensibilidade vai estar bastante elevada e por isso vai ejacular mais cedo do que deseja. Por isso aconselho que tente ter relações sexuais com um pouco mais de frequência se deseja resolver o problema da ejaculação precoce, ou tente masturbar-se com mais frequência, e dessa forma não vai estar tão excitado quando tiver relações com a sua esposa.
“Engordei bastante depois de ter tido o meu filho e sinto-me bastante mal por causa disso, pois era uma mulher atraente e normalmente chamava as atenções, cheguei a ganhar um concurso de modelos quando era mais jovem. Para piorar ainda mais a situação, noto que o meu marido perdeu o interesse sexual em mim, nunca me procura e quando eu quero fazer amor ele esquiva-se. O que devo fazer?”
Joana, Braga
Cara leitora,
Parece que o peso que ganhou a incomoda bastante, e imagino que apesar de dizer que o seu marido não tem interesse em si sexualmente, que você também não se deve sentir muito atraente ou sexy. Por isso, terá de decidir primeiro o que quer fazer para melhorar a sua auto-estima, pode tentar perder algum desse peso pois parece que isso a iria fazer mais feliz, e pode entretanto tentar vestir-se de forma que se sinta mais bonita e atraente, mesmo com o peso que tem, pois existem muitas mulheres que têm excesso de peso e nem por isso deixam de ser sexy e bonitas. Quanto ao seu marido, converse com ele acerca do que tem estado a sentir, pois pode ser que algo diferente se esteja a passar com ele e que faça com que ele tenha esta atitude em relação a si. Lembre-se que ter um bebé em casa muda muito a rotina e a vida do casal, e o seu marido pode estar também a sentir-se perdido em relação ao papel que tem na família e na sua relação consigo, ou apenas cansado com o acréscimo de tarefas que o cuidado de um bebé implica.
“Tenho 48 anos e vivo sozinho. Há mais de um ano que não tenho orgasmos, e nunca tive um sonho molhado. Uma vez que não tenho ejaculações com regularidade tenho infeções da próstata e do trato urinário com alguma frequência. Gostava de saber se é comum isto acontecer, e se o facto de não libertar o sémen não traz problemas maiores de saúde para o meu futuro.”
Carlos, Bragança
Caro leitor
A excitação nem sempre conduz a um aumento do fluxo ou à necessidade de libertação através da ejaculação. No entanto, uma vez que sofre de infeções regulares deve ser visto por um médico especialista, se é que tal ainda não acontece. Sendo um individuo saudável não é comum passar tanto tempo de abstinência sexual, sendo que chegar à excitação sem culminar num orgasmo pode causar-lhe desconforto e dores, acarretando problemas de saúde tais como as infeções que menciona. Não precisa de ter uma companheira para praticar a masturbação, que permitirá ao seu corpo libertar-se de qualquer tensão acumulada.
Sou divorciado e tenho duas filhas a viver comigo, mas a mais velha tem dado comigo em doido… Ela tem 17 anos e está no liceu, ultimamente quando sai com os amigos não volta para casa ou então volta embriagada. Tenho medo que ela ande com más companhias e que isso interfira com a escola.
Manuel
Caro leitor,
Nunca ninguém disse que educar filhos era tarefa fácil, principalmente adolescentes. Essa é uma fase de descoberta e de mudanças na vida de qualquer jovem, sendo normal que ela se sinta desorientada e acabe por fazer coisas que não deve. Esta é uma fase em que os jovens precisam de bastante supervisão por parte da família, pois sem orientação é muito provável que se deixem influenciar por más companhias. Converse com a sua filha explicando-lhe os perigos associados aos comportamentos que ela tem tido ultimamente. Faça perguntas sobre os amigos com quem ela costuma andar e sobre os lugares que frequentam.
Não tenha medo de se intrometer na vida da sua filha, pois por mais que resmungue e amue, ela vai acabar por ouvi-lo.