"Tenho 23 anos e ultimamente tenho passado muito tempo com a minha prima direita. Gostaria de saber se posso namorar com ela ou se existe alguma lei que impede esse tipo de relação."
Luís - Caminha
Caro leitor,
Que eu saiba não existem leis em Portugal que impedem o relacionamento amoroso entre primos direitos. No entanto, primos direitos têm duas vezes mais probabilidades de vir a ter filhos com deficiências, e uma em cada quatro crianças nascidas de pais que são primos direitos tem algum tipo de deficiência. Por isso há que ver que tipo de intenções o leitor tem em relação à sua prima, se pretende namorar e possivelmente casar com ela e ter filhos, isso não é muito indicado devido às probabilidades de virem a ter filhos com problemas. Tambem existe o problema do casamento, apesar de legalmente não haver uma lei que impeça o casamento civil entre primos, existem impedimentos em relação a um casamento religioso. Por isso pense bem se realmente quer enfrentar todos estes problemas ou se prefere manter a relação com a sua prima como "família" e não namorada.
Depois da gravidez, a mulher está com a atenção mais voltada para o bebé e o sexo acaba por ficar de lado. As novas responsabilidades, a adaptação à rotina, um bebé que precisa da mãe para tudo, as condicionantes, físicas, psicológicas e as hormonas que diminuem a libido, tudo contribui para que a vida sexual do casal sofra.
O sonho Os pais sabem que a sua vida vai mudar após a chegada do seu novo filho, mas muitos deles esperam que a vida seja "cheia de alegria" e "cheia de emoção", com o bebé a deliciá-los com as suas gracinhas.
A realidade Após a chegada de uma criança e sem saberem os parceiros entram num período de alto risco da sua vida amorosa, em termos de conflito de relacionamento e insatisfação. Uma vez que a realidade da paternidade não era como tinham esperado ou idealizado, os pais podem sentir-se oprimidos e dececionados.
A relação muda o seu foco para o bebé, e não para o casal, e parceiros que já foram antes amantes, melhores amigos e confidentes, já não têm tempo para si. Muitos parceiros relatam mudanças negativas na sua relação sexual depois de terem um bebé. A frequência da relação sexual diminui em quase todos os casais nos primeiros meses de paternidade, após ter diminuído para metade durante o final da gravidez (Cowan&Cowan, 2000).
No entanto, alguns casais dizem que, apesar da frequência do sexo ter diminuído, o sexo é muito bom quando o voltam a praticar.
O que provoca estas mudanças?
Discrepâncias no desejo, mudanças na identidade e papéis, diferentes pontos de vista sobre a sexualidade e a paternidade, mudanças físicas durante a gravidez, complicações no parto, stresse, privação de sono, conflitos no relacionamento. Tudo pode desempenhar um papel importante na vida amorosa do casal.
Para além das mudanças internas, os papéis dos parceiros também mudam em muitos aspetos uma vez que os parceiros se tornam pais. A divisão do trabalho em cuidar do bebé, as tarefas domésticas, a preparação de refeições, e trabalhar fora de casa. Todas estas alterações afetam os sentimentos do casal sobre si mesmo, sobre os seus parceiros e sobre a sua relação global (Cowan&Cowan, 1992).
Ambos os parceiros têm que fazer grandes ajustes nas suas vidas de um momento para o outro, em que os dois são forçados a isso, e acabam por ter menos oportunidades para estarem juntos. Os parceiros muitas vezes descobrem que têm valores diferentes, necessidades e expectativas de como as coisas deveriam ser, depois da chegada do bebé. A divisão de tarefas é a questão mais propensa a causar conflitos durante os primeiros dois anos após a chegada de um bebé.
O que pode ser feito? É Importante educar os casais sobre as mudanças que ocorrem durante a gravidez e após o parto e como elas podem afetar a sexualidade dos casais. É importante esclarecer que, embora após 6 semanas, possa ser "seguro" ter relações sexuais, as mulheres podem não estar "prontas" para iniciar a atividade sexual. Por isso é essencial: . Ajudar os casais a mudarem algumas rotinas sexuais com defeito. . Discutir os impactos da nova parentalidade/parto poderá ter em ambos os parceiros e na sua relação. . Encorajar os casais a planear "tempos sozinhos" (providenciar amas, etc.). . Encorajar os casais a planear "o tempo de sono" para reduzir a privação de sono comum nos primeiros tempos. . Ajudar os casais a expandir a sua perceção da sexualidade e a promover atividades que aumentam a intimidade sem pressão para o coito. . Ajudá-los a incluir abraços, beijos, masturbação mútua, etc. como alternativas ao coito. . Importante fazer referências para ajudar a tratar condições físicas que podem tornar o sexo doloroso (obstetrícia e ginecologia, fisioterapia, etc. ...) . Tratamento da depressão em homens e mulheres com medicação que tem efeitos colaterais baixos. . Tratar problemas de relacionamento no casal.
"Namoro à 7 anos, e gosto bastante do meu namorado, mas ele evita sempre falar em casamento, o que me deixa bastante incomodada e confusa pois já estou a entrar numa fase da minha vida em que construir família se está a tornar a minha maior prioridade, o que devo fazer?"
Carla - Montijo
Cara leitora,
Compreendo a sua frustração, mas acredite que isso não acontece só consigo, muitas mulheres se queixam do mesmo. O homem por natureza é um caçador, precisa saber que ainda pode caçar, mesmo que opte por não o fazer devido a estar numa relação, por isso o casamento é tão assustador para alguns homens. Para eles, casar significa deixar de caçar, ou seja, tomam consciência que nunca mais vão dormir com outra mulher, e não se sentem preparados para isso. Parece ser esse o caso do seu namorado, é obvio que ele não tem qualquer intenção de se casar tão cedo, pois se tivesse ele próprio puxaria o assunto. Avalie a relação e faça o que for melhor para si, caso procura alguém com quem partilhar a sua vida e iniciar uma família, parece-me que não está com a pessoa certa. Tenha uma conversa franca com ele e veja o que ele tem a dizer sobre o assunto!
“Desde que casei, o meu marido anda muito atrevido, acho estranho, porque antes ele era muito certinho e agora só quer experimentar coisas novas.”
Sofia, Alhandra
Cara Leitora,
Talvez por o seu marido ser uma pessoa conservadora preferiu respeitar a sua integridade, não dando mostras de muita exuberância sexual durante o período de namoro. Com o casamento poderá ter-se sentido mais à vontade para pôr em prática as suas fantasias sexuais. Sendo assim, não se preocupe, pois o seu marido encontra-se numa fase de descoberta, embora o sexo não seja novidade para ele. A novidade consiste na aprendizagem que ambos podem fazer de uma forma descontraída e autorizada, digamos, pelo facto de serem marido e mulher.
O importante é que o casal se sinta bem com as novas experiências sexuais. Encare essa desenvoltura como um novo impulso no vosso relacionamento, já que juntos podem pôr em prática as fantasias mais íntimas. Ao que parece o casamento veio revitalizar a vossa vida sexual, por isso aproveitem ao máximo este momento para dar um outro estímulo à vossa vida.
Tenho 23 anos e ultimamente tenho passado muito tempo com a minha prima direita. Gostaria de saber se posso namorar com ela ou se existe alguma lei que impede esse tipo de relação.
Luís, Caminha
Caro leitor,
Que eu saiba não existem leis em Portugal que impedem o relacionamento amoroso entre primos direitos. No entanto, primos direitos têm duas vezes mais probabilidades de vir a ter filhos com deficiências, e uma em cada 4 crianças nascidas de pais que são primos direitos tem algum tipo de deficiência. Por isso há que ver que tipo de intenções o leitor tem em relação à sua prima, se pretende namorar e possivelmente casar com ela e ter filhos, isso não e muito indicado devido às probabilidades de virem a ter filhos com problemas. Também existe o problema do casamento, apesar de legalmente não haver uma lei que impeça o casamento civil entre primos, existem impedimentos em relação a um casamento religioso. Por isso pense bem se realmente quer enfrentar todos estes problemas ou se prefere manter a relação com a sua prima como "família" e não namorada.
"Tenho 28 anos e namoro há 7. Gosto bastante do meu namorado, mas ele evita sempre falar em casamento, o que me deixa bastante incomodada e confusa pois já estou a entrar numa fase da minha vida em que quero construir família. O que devo fazer?"
Ana, Porto
Cara leitora
Compreendo a sua frustração, mas acredite que isso não acontece só consigo, muitas mulheres se queixam do mesmo. O homem por natureza é um caçador, precisa de sentir que ainda pode caçar, mesmo que opte por não o fazer devido a um compromisso. Por esse motivo o casamento pode tornar-se bastante assustador para alguns homens. Para eles, casar significa deixar de caçar, ou seja, tomam consciência que nunca mais vão dormir com outra mulher, e muitos homens não se sentem preparados para isso. Talvez seja esse o caso do seu namorado, pois parece bastante óbvio que ele não tem a intenção de se casar tão cedo, pois se tivesse, após 7 anos de namoro ele já a teria pedido em casamento. Avalie a relação e faça o que for melhor para si, pois se procura alguém com quem partilhar a sua vida e iniciar uma família, parece-me que não está com a pessoa certa. Tenha uma conversa franca com ele, diga-lhe como se sente, e pergunte-lhe directamente se ele tem a intenção de se casar consigo ou não e veja o que ele tem a dizer sobre o assunto!
" Namoro à 7 anos, e gosto bastante do meu namorado, mas ele evita sempre falar em casamento, o que me deixa bastante incomodada e confusa pois já estou a entrar numa fase da minha vida em que construir família se está a tornar a minha maior prioridade, o que devo fazer?"
Cara leitora
Compreendo a sua frustração, mas acredite que isso não acontece só consigo, muitas mulheres se queixam do mesmo. O homem por natureza é um caçador, precisa saber que ainda pode caçar, mesmo que opte por não o fazer devido a estar numa relação, por isso o casamento é tão assustador para alguns homens. Para eles, casar significa deixar de caçar, ou seja, tomam consciência que nunca mais vão dormir com outra mulher, e não se sentem preparados para isso. Parece ser esse o caso do seu namorado, é obvio que ele não tem qualquer intenção de se casar tão cedo, pois se tivesse ele próprio puxaria o assunto. Avalie a relação e faça o que for melhor para si, caso procura alguém com quem partilhar a sua vida e iniciar uma família, parece-me que não está com a pessoa certa. Tenha uma conversa franca com ele e veja o que ele tem a dizer sobre o assunto!
“Estou noiva de um rapaz de quem gosto bastante e com quem já namoro há 6 anos. No entanto, há dois meses atrás comecei a ter um “caso” com um colega de trabalho. Agora estou bastante confusa e não sei se devo casar com o meu noivo ou se devo acabar a relação.
Ana Sofia, Santarém
Cara leitora,
O casamento é um passo bastante sério e representa um compromisso para a vida inteira. A leitora diz que há dois meses que mantém um caso com um colega de trabalho e por isso não sabe se deve casar com o seu noivo. Essa é uma decisão que só a leitora pode tomar, mas parece-me que se a leitora tem estado a trair o seu noivo com outro homem é porque alguma coisa não está bem no seu relacionamento com o seu noivo, caso contrário a leitora não sentiria o impulso de o trair. Pense bem antes de decidir levar por diante os seus planos para casar. O casamento é algo difícil e as probabilidades de divórcio já são tão elevadas entre casais que estão completamente apaixonados, agora imagine as probabilidades entre casais onde um dos membros não tem certeza se deve casar ou não!
Preciso da sua ajuda para esclarecimentos sobre homossexualidade.Tenho 45 anos, sou casado e tenho um filho. Tive a minha primeira relação com um menino, tinha 12 anos, sempre tive atracção pelo sexo masculino, casei com 21 anos, pensava que os meus desejos e pensamentos eram apenas fantasias malucas.
Vivo num eterno conflito comigo mesmo. Às vezes penso que vou explodir, tenho desejos fortes incontroláveis, já pensei em me assumir, mas ao mesmo tempo tenho muito medo em tomar uma decisão precipitada. Uma vez fui a um sexólogo para tirar dúvidas, e ele disse-me que eu não tinha jeito de gay, e que não devia me assumir como tal.
Tudo para que se relaciona com homossexualidade me atrai, parece um imã, como fico envolvido com esses assuntos. E sempre tenho desejos homossexuais, lá no fundo sei que sou gay, posso não ter coragem de assumir, mas sei que sou. abraços.
Roberto
Caro Roberto,
Não sei se o poderei esclarecer sobre a homossexualidade, pois é uma coisa que faz parte do ser humano, sempre fez e é muito complexa.
Tente ler livros, procurar associações na internet (http://portugalgay.pt) e sítios onde possa conhecer pessoas homossexuais, que o poderão esclarecer melhor do que eu e ajudá-lo a passar pelos momentos certamente confusos e difíceis por que está a passar. Há Associações como a ILGA-Portugal, As Panteras Rosa, A nao te prives, a Rede Ex-aequo...entre outras.
O desejo, a fantasia, a atracção e os comportamentos entre pessoas do mesmo sexo são dimensões da nossa sexualidade difíceis de controlar, de ignorar apenas pela vontade de querer conformar-se, como bem sabe. Aliás, quanto mais nos esforçamos por esconder um segredo, mais vemos esse segredo por toda a parte – como o leitor descreve. Isso pode deixá-lo extenuado e frustrado, pois contrariar as nossas emoções e sentimentos é muito duro. Penso que o leitor faz isso por causa da homofobia, ou seja, das emoções negativas que algumas pessoas têm em relação a questões do mesmo sexo e, muitas vezes, a própria sociedade, quando encara os homossexuais como inferiores aos heterossexuais. Mas hoje em dia sabemos que a homossexualidade é perfeitamente normal, não é doença e, em alguns países, atingiu-se mesmo a igualdade de direitos (casamento, adopção, etc) com a heterossexualidade. Não deixe que esta discriminação e estigmatização se instalem em si, negando os seus sentimentos (bem mais importantes que qualquer impressão de um sexólogo) e sentindo-se como que inferior aos heterossexuais – a chamada homofobia internalizada. Há terapias adequadas a este processo de desenvolvimento pessoal e se pedir ajuda a um especialista, tente fazer com alguém que saiba de questões lésbicas, gay, bissexuais ou transsexuais. Nem todos os profissionais o podem acompanhar no seu processo.
Lembre-se que quando tiver relações sexuais com outros homens, deve utilizar sempre preservativo, pois há algumas práticas (como o sexo anal, que não tem necessariamente de fazer) que são mais infecciosas no que toca ao VIH/SIDA. Proteja-se a si mesmo na descoberta que pode ser difícil, mas pode trazer-lhe também uma satisfação grande com a sua sexualidade.