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Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Orgasmo sim, por favor!

Em primeiro lugar desejo, depois excitação e por fim orgasmo. Esta seria linha orientadora ideal para atingir aquilo que todas as mulheres desejam na cama: prazer.

Porém, 27% do sexo feminino português confessa que raramente atinge o clímax, contra 1% dos homens. O que pode estar por detrás desta grande diferença entre os dois sexos? A verdade é que sexo não é apenas penetração e, principalmente, para as mulheres é muito mais do que isso. Ela precisa de estar lubrificada, para se sentir preparada para o coito. A mulher deixou de fingir, nos dias que correm exige mais do seu parceiro e ele, em princípio, também fará tudo para estar à altura de satisfazê-la. Infelizmente, a repressora educação que sempre foi passada ao sexo feminino, ainda domina algumas mentes e isso pode, muitas vezes, inibir ambos.

 

O que contribuiu, sem dúvida, para um orgasmo insatisfatório, principalmente da parte das mulheres que necessitam pelo menos de oito minutos para atingi-lo, contra três minutos que os homens podem levar a consegui-lo. Mas afinal é tudo uma questão de timing?

 

Pode ser, mas não só! Há que “acertar” ritmos, passar ao parceiro informação, pois os homens gostam de ser instruídos. Utilize alguma linguagem corporal, bem como frases provocantes que permitam ao seu companheiro entender aquilo que precisa. Mas antes disso, e para saber dar instruções necessita de conhecer o seu corpo.

 

Para si, também os preliminares são importantes, pois quanto mais longa a excitação, maior o clímax. Alugue filmes picantes, envie mensagens eróticas ao seu parceiro, durante o dia, faça algo com ele que vos provoque muita adrenalina. Na cama, evite a rotina, experimentem novas posições, descubram-se e se necessário utilizem brinquedos sexuais para se estimularem mutuamente.

 

Na verdade, a imaginação não tem limites! Entregue-se ao prazer!

(In)submissão

Quem não deseja ser a companheira perfeita, a amante inesquecível, a sedutora a que o companheiro não resiste? No mais íntimo de cada ser humano há a necessidade de ser desejado, apreciado, de despertar atração e luxúria. Por vezes caímos na ideia errada de que, se fizermos tudo o que o outro deseja, seremos amados. Ser submissa não é o mesmo que ser uma boa amante, bem pelo contrário! Contudo, há quem se encontre a si próprio no prazer de se submeter a outrem, num jogo de domínio e submissão.

 

As exigências do dia a dia fazem com que muitas vezes nos esqueçamos que, para além de mães, filhas, funcionárias, chefes, somos, acima de tudo, mulheres. É comum à nossa identidade a sensibilidade, a sutil delicadeza, a capacidade de entrega e devoção, a força para derrubar todos os obstáculos, a resistência e resiliência e, também, a capacidade inata de seduzir e derreter o coração mais empedernido. O poder de sedução faz parte da mais profunda natureza feminina.

 

Algumas mulheres, contudo, negligenciam essa aptidão por duvidarem dela, sendo incapazes de se verem a si próprias como sedutoras ou atraentes. Para ser uma boa amante, comece por se ver a si própria como tal. Esqueça os tabus que lhe incutiram, perca os receios de ser "desavergonhada" ou de adotar comportamentos pouco próprios para uma boa esposa.

 

Entre quatro paredes, tudo é permitido entre duas pessoas que se amam e se respeitam. Fazer todas as vontades e ceder a qualquer capricho de outrem não garante a conquista do seu coração: bem pelo contrário, os homens (e as mulheres) amam pessoas com personalidade forte, que se apreciam a si próprias.

 

Quando estamos no território do BDSM, contudo, as regras alteram-se. Se existem pessoas que sentem prazer em dominar, outras há que encontram a sua maior satisfação em serem dominadas, submetidas a outrem. Os submissos devotam uma total lealdade ao seu dominador ou dominadora, servindo-o/a em tudo o que lhes é pedido, dentro dos limites que foram previamente definidos pelo contrato assinado entre ambos, que faz parte do protocolo das relações BDSM.

 

Para além dos jogos íntimos, sexuais ou não, o dominador pode determinar como é que o submisso se deve vestir (muitos submissos usam uma coleira com uma argola de metal, que os identifica como sendo aqueles que se submetem) ou aquilo que deve comer, e estas regras lembram ao submisso que o seu papel é obedecer e agir da forma como o dominador entende que ele deve fazer. O prazer que estas práticas podem proporcionar radica nos meandros secretos do nosso cérebro.

 

Por exemplo, uma pessoa a quem no dia a dia é exigido que dite as regras e as ordens que outros têm de cumprir pode achar extremamente libertador o facto de, por sua vez, se encontrar à mercê das ordens de outrem. Pessoas inseguras que precisam de constante aprovação dos outros podem retirar um enorme prazer do facto de se empenharem para cumprirem as ordens que lhes são dadas, sendo depois elogiadas, incentivadas, apreciadas e recompensadas por isso. Existem pessoas, também, que simplesmente se divertem a explorar outros aspetos da sua sexualidade e do seu erotismo, descobrindo mais sobre si próprias neste complexo jogo de "o Dom manda".

Brincadeiras de adultos: prazer mudo e cego

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Os adeptos de sexo mais arrojado utilizam alguns acessórios capazes de ferir a sensibilidade dos mais suscetíveis. Contudo, se entendermos o mundo do BDSM como um universo onde não há limites para a imaginação e onde o objetivo é explorar novas potencialidades eróticas, atingindo sensações inigualáveis, e se compreendermos que todas estas práticas decorrem dentro do princípio máximo do "SSC – São, Seguro e Consensual", podemos soltar-nos e permitir-nos brincar com objetos um pouco mais… ousados.

 

Ball Gag

A Ball Gag é uma mordaça, composto por uma bola, de plástico ou metal, que pode ter furos para aumentar a passagem do ar e permitir maior salivação, ou de metal, em cenários mais extremos, que é colocada na boca daquele que está a submeter-se. Essa bola ata-se à cabeça com tiras de couro, possuindo muitas vezes argolas de metal. Pela sua aparência mais pesada inspira medo, obrigando aquele que a usa a sentir a boca cheia, emitindo sons com maior dificuldade e sentindo-se restringido. Não precisa de ir tão longe, mas nas suas brincadeiras com o seu par pode amordaçá-lo com um lenço de seda e provocá-lo para que ele fale, "castigando-o" porque ele obviamente não vai conseguir, ou então deixá-lo a rebentar de prazer através da masturbação ou do sexo oral, sem que ele possa exprimir-se.

 

Vendas

A venda é um dos acessórios mais básicos e eficientes. Ao privar do sentido da visão, aquele que geralmente estamos mais habituados a que nos oriente no espaço, cria uma sensação de maior vulnerabilidade perante aquele que está a submeter, pois não podemos antever os seus gestos nem adivinhar o que nos vai fazer ou em que parte do corpo nos vais tocar… qualquer brincadeira de casal tem muito a ganhar com o uso deste acessório, que o torna muito mais intenso. Ou não se lembra de quando era criança e brincava à "cabra-cega"?

 

Coleiras e trelas

Sim, estes são dos acessórios mais extremos, na medida em que implicam uma necessária subjugação do submisso, com um aspeto de humilhação incluído. Muitos submissos usam uma coleira que os identifica como tal, sendo que há pessoas que gostam de "brincadeiras" em que o dominador(a) coloca uma trela no(a) submisso(a), obrigando-o a passear de gatas ao seu lado ou a comportar-se como um cão. Pela humilhação que provoca não será do agrado de qualquer pessoa, mas aqueles que apreciam esta prática sentem um alívio da pressão quotidiana ao poderem "agir" como um animal, livres da tensão humana. Os que dominam, por seu lado, rejubilam ao ter alguém a rastejar literalmente por eles.

Não quero que ele ejacule na minha boca!

Embora eu goste de fazer sexo oral ao meu namorado não gosto nada que ele ejacule na minha boca, pois acho desagradável e desconfortável. Há alguma forma de impedir que isso aconteça, sem ter de parar? Como posso prever que ele vai ejacular?

Cláudia, Odivelas

 

 

Cara leitora,

 

Uma vez que não há duas pessoas iguais, a comunicação é o meio mais eficaz para poder evitar algo que lhe desagrada. Não há um tempo definido para um homem ejacular, nem procedimentos a seguir quando se faz sexo oral, e a expressão do prazer varia de pessoa para pessoa. Assim, a melhor forma de antecipar a ejaculação do seu parceiro consiste em prestar atenção aos sinais que ele emite, aprendendo a reconhecer aquilo que precede a ejaculação dele e que poderá identificar através da forma de expressão dele, única e diferente dos outros. Podem, também, estabelecer um código de palavras que ele diz quando está prestes a ejacular. A relação sexual deve sempre trazer prazer aos dois, por isso fale abertamente com ele e esclareça que embora goste de lhe fazer sexo oral não gosta de engolir o sémen, algo que ele aceitará pois também é do seu interesse que você sinta prazer. É importante definirem uma forma de ele a avisar, e também estar atenta à linguagem corporal dele e aprender a interpretá-la, pois o tempo de ejaculação de um homem também varia consoante o seu nível de stress, fadiga, excitação, entre outros.

 

 

Rapidinhas

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Sexo oral para a mulher

Porque o amor é dar e receber, peça ao seu parceiro que ofereça um mimo especial. Uma dica: "esqueça-se" da revista aberta nesta página em cima da mesa e deixe que ele a veja quando estiver sozinho. Se não resultar, experimente sussurrar-lhe ao ouvido, com voz quente "quero sentir a tua língua em mim… agora!" ou, numa abordagem menos direta, diga-lhe que adora os beijos dele, e que gostava ainda mais de os sentir noutra parte do seu corpo. Oriente-o e partam à descoberta deste momento tão íntimo e que vos irá dar tanto prazer.

 

Para a levar ao sétimo céu…

* Faça-lhe cunnilingus, é a técnica utilizada nas mulheres. O homem deve começar por acariciar e beijar o corpo a partir da boca e no sentido descendente, ou estando deitado por baixo da mulher e começando por beijar, lamber e cheirar as suas pernas e interior das coxas, usando as mãos para acariciar o exterior das coxas.

* Movimente as mãos ao longo da virilha e acaricie gentilmente os pelos púbicos. As coxas começarão a abrir-se ainda mais com a excitação, revelando os lábios interiores e exteriores da vagina.

* Afaste os grandes lábios e descubra o clítoris, mova suavemente a língua para a frente e para trás, para dentro e à volta da área. Chupe a ponta do clítoris delicadamente.

* Insira um dedo dentro da vagina, depois lubrificando a área do clítoris com saliva, continue a lamber. Varie a velocidade.

 

Beijo à "francesa"

Peça ao seu mais-que-tudo que repita "em baixo" exatamente o mesmo que faz com a sua boca…

"Gelado do amor"

Peça-lhe que imagine que está a comer um cornetto e que a sua língua reproduza os mesmos movimentos de quando está a lamber o fundo do cone de bolacha…

Espasmos de prazer

Quer seja ao lamber, quer seja ao chupar, as diferenças de intensidade e de ritmo provocam espasmos de prazer.

Quente e frio

Soprar ar quente, afastar-se da entrada da vagina e soprar ar frio.

Intenso

Com a língua, entra e sai da vagina ou da parte interior dos lábios, "penetrando-a".

Sexo oral à la carte

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"Dar um linguado"… nos lábios vaginais. Peça ao seu mais-que-tudo que repita "em baixo" exatamente o mesmo que faz com a sua boca…

 

Dentadinhas de amor - com muito cuidado para não aleijar, umas dentadinhas aqui e ali – ao de leve – podem surtir resultados inesperados.

 

"Cornetto de amor" - peça-lhe que imagine que está a comer um cornetto e que a sua língua reproduza os mesmos movimentos de quando está a lamber o fundo do cone de bolacha…

 

Variações de ritmo - quer seja ao lamber, quer seja ao chupar, as diferenças de intensidade e de ritmo provocam espasmos de prazer.

 

Quente e frio - soprar ar quente, afastar-se da entrada da vagina e soprar ar frio.

 

Borboletas e esquimós - o leve roçar das pestanas dele e os famosos "beijos de esquimó" – em que o nariz esfrega levemente a pele – causam calafrios muito agradáveis. Com a língua, entra e sai da vagina ou da parte interior dos lábios, "penetrando-a".

Fantasias Sexuais

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Há alguns anos atrás este assunto era um tabu na nossa sociedade. Não quer dizer que muitos homens e mulheres não tivessem inúmeras fantasias sexuais, mas na verdade, estes pensamentos libidinosos eram considerados pecado e, na maior parte das vezes, jamais eram revelados e poucas vezes concretizados.

 

Hoje em dia, a mente está mais aberta a estas situações e, a verdade é que, muitas vezes, a realização destas fantasias pode salvar casamentos, que desta forma conseguem fugir à rotina.

 

A fantasia sexual é descrita como um desejo que um determinado indivíduo tem, de fazer algo diferente do habitual a nível sexual, que só de imaginar lhe dá um enorme prazer.

 

É claro que existem algumas fantasias que são condenáveis, porém outras podem tornar a nossa intimidade cada vez mais saudável.

 

As fantasias sexuais mais comuns entre os homens revelam-se na vontade que estes têm de fazer amor com uma enfermeira, uma professora ou uma empregada doméstica.

 

No caso das mulheres, elas fantasiam com homens de farda e também com um professor, por exemplo. Os ambientes onde se possa ter uma relação sexual com alguém, são também muito fantasiados, sendo que locais perigosos, onde haja hipótese de se ser apanhado, são os mais usuais. Falamos, por exemplo, de elevadores, em piscinas ou dentro do carro.

 

Não se envergonhe de realizar as suas fantasias sexuais, desde que não se coloque em perigos reais e não prejudique ninguém.

“Preciso de ajuda para ter orgasmos!”

“Tenho 22 anos e apesar de já ter iniciado a minha vida sexual, tenho dificuldades em conseguir atingir o orgasmo, pelo que gostava que me ajudasse nesse sentido. O que posso fazer para ter orgasmos mais facilmente enquanto estou a fazer amor com o meu namorado?”

 

Cátia, Caneças

 

Cara leitora,

O orgasmo é o ponto em que toda a tensão que o corpo vai acumulando é subitamente libertada sob a forma de uma série de contrações musculares involuntárias e que proporcionam prazer, e que se podem sentir na vagina, no útero e no reto. Pressionar e massajar o clítoris conduz a essa tensão e a inúmeras sensações de estremecimento e de preenchimento pélvico. Há muitas mulheres que têm dificuldade em alcançar o orgasmo, quer seja sozinhas quer com um parceiro. A vergonha em tocar o próprio corpo, a falta de conhecimento do mesmo e medos desconhecidos são apenas alguns dos fatores que dificultam esta libertação física, cuja componente psicológica é também muito importante. Os orgasmos podem ter intensidades diferentes, conforme a mulher, o momento, o tipo de estimulação, o parceiro, etc. Para conseguir ter um orgasmo mais facilmente, evite concentrar-se mais nos pensamentos do que nas sensações, pois é fácil distrair-se com ideias que a afastam do seu propósito, como por pensar se está a agir corretamente, pensar no que o parceiro pode estar a pensar ou se está impaciente, aborrecendo-se consigo mesma e desistindo dos estímulos que está a receber. Não deve também alimentar o receio de não conseguir ter um orgasmo ou de pedir mais do seu parceiro, pois dessa forma estará a criar uma pressão mental que tornará mais difícil a libertação. Os sentimentos de culpa a respeito do sexo, ou pensar que se devia concentrar mais no seu parceiro, são também prejudiciais, bem como querer acelerar o processo. Dê mais tempo a si própria e deixe-se apenas guiar pelas sensações e pelo seu próprio prazer, deixando-se ir, e verá como se tornará mais fácil. 

“Não sou capaz de chegar ao orgasmo…”

 

 “Tenho 21 anos e desde os 16 que iniciei a minha vida sexual. Já tive 3 parceiros e actualmente estou com o mesmo parceiro há mais de 5 anos.

O que acontece é que nunca consegui atingir o orgasmo, primeiro pensámos que era por ainda ser inexperiente, mas passado tanto tempo e de tentarmos tantas posições, contactos, e novas maneiras de prazer, confesso que estou muito preocupada, uma vez que quando estou quase a atingir o orgasmo, sinto uma dor que me dá vontade de parar, e essa situação acaba por me frustrar a mim e ao meu marido, já não sei o que fazer...”


Ana, Matosinhos

 

Cara leitora,

 

É importante saber se conseguiu atingir o orgasmo com outros parceiros antes do seu actual. E sozinha, na masturbação? Não tenha vergonha de descobrir como prefere a estimulação na sua intimidade pessoal – tal é essencial para a descobrir numa relação íntima posteriormente. Apenas neste sentido a experiência é importante: o orgasmo feminino é aprendido, encenado num contexto de erotismo e romantismo, muitas vezes diferente do masculino.

Não tenha vergonha de pedir ao seu parceiro para a ajudar nesta encenação: faça jantares à luz da vela, banhos de imersão com aromas de que goste, conversas apaixonadas sobre o vosso amor…qualquer coisa que a estimule a sentir-se à vontade, apaixonada e liberta de preconceitos com a sua sexualidade.

As experiências que fez (de posições, contactos, etc.) podem falhar o objectivo do orgasmo por estar a pensar demasiado nele. A atenção focada no que está a acontecer pode influenciar que a sua resposta sexual seja interrompida e desviada do prazer, para focar essa preocupação de não estar a sentir a satisfação do orgasmo. Isto é um ciclo vicioso que deve tentar contrariar através de pensamentos positivos, fantasias sexuais que lhe agradem, pensar no prazer do que está a sentir sem racionalizar demasiado. Este ciclo é ainda reforçado pela ansiedade de antecipação e pela frustração que vos afasta depois do sexo, em vez de se aproximarem.

Note bem que a maioria das mulheres atinge o orgasmo mais facilmente com outras estimulações sexuais, sem penetração vaginal. As carícias no clítoris, o sexo oral, a masturbação recíproca são modos que pode explorar na sua relação e que têm bons resultados.

A terapia sexual pode ser adequada para si e o seu parceiro, poderão explorar mais sugestões que vos agradem e evoluir juntos na descoberta da vossa sexualidade.

 

Massagem Erótica

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O tato é uma forma de comunicação simples e eloquente – terapêutica, confortante e essencial. As massagens eróticas são íntimas e relaxantes e são capazes de despertar novas sensações nos casais. Esta prática sensual é uma forma de transmitir a paixão através do tato, estimulando zonas erógenas que dão prazer e estimulam os sentidos para o ato sexual.

 

A massagem pode ser usada por diversas razões: para reduzir o stress, para reduzir as dores ou libertar a tensão, para melhorar a circulação, etc. Tudo isto pode afectar positivamente a sua vida sexual. Muitos casais gostam de praticar a massagem erótica como um aquecimento para o ato sexual em si, outros gostam de a praticar no fim de um encontro sexual. Qualquer que seja a sua preferência, pode beneficiar da massagem erótica para apreciar o toque suave das mãos do seu parceiro e elevar o prazer.

 

A Massagem erótica não tem regras

Prepare o ambiente com a temperatura adequada, velas aromáticas, música calma e relaxante e, para quem gostar, incenso. Desligue os telemóveis e verifique que não será interrompida. A melhor massagem erótica é aquela que é idealizada pelo casal, por isso a massagem erótica não tem regras.

 

Esta prática serve também como um ingrediente a mais para sair da rotina sexual. Os movimentos devem ser livres e feitos em conjunto com uma estimulação mais íntima, nas regiões de maior sensibilidade de cada um. O importante mesmo neste caso em que a massagem é feita pelo casal é soltar a imaginação, utilizar o toque dos cabelos, dos seios, experimentar as várias texturas do corpo e de tecidos como a seda.

 

Exemplo de uma massagem erótica para fazer ao seu companheiro:

1- Com o seu companheiro deitado, aplique óleo de amêndoas doces ou outro óleo mais afrodisiaco no corpo dele e espalhe.

2- Com o seu companheiro deitado de barriga para baixo, faça movimentos circulares rápidos mas de intensidade média por toda a extensão do corpo, incluindo pernas, braços, costas e nádegas.

3 – De seguida, pressione a região do cóccix com os polegares, deslizando do centro da cervical para fora. Suba com o mesmo movimento até às omoplatas, contornando-as.

4 – Faça o mesmo movimento partindo da nuca para a região da clavícula.

5 –Utilize a ponta dos dedos, para além de outras partes do corpo para toques leves. Beijos e abraços também facilitam o relaxamento.

6 – Com ele deitado de frente, comece por massajar o rosto e a cabeça. Pressione o polegar a partir do centro da testa, deslizando no contorno das sobrancelhas até à base do maxilar, unindo as mãos novamente no queixo. Repita o movimento, partindo do orifício lacrimal.

7 – Estimule a região do peito e do abdómen com movimentos circulares. Mantenha a mesma movimentação na região das pernas, principalmente na parte interna das coxas e no músculo da panturrilha.

8 – Nos pés, faça movimentos de sobe e desce com os dedos da mão entrelaçados aos dedos do pé do parceiro e utilizando a palma da mão para massajar também a sola do pé.

9 – Repita todos os movimentos aleatoriamente. Estes movimentos também podem ser aplicados na massagem erótica na mulher.