“Só tenho um ovário…”
“Tenho 19 anos e devido a um grande quisto foi-me removido um ovário há 3 anos. O meu ginecologista disse-me que continuo a poder engravidar, mas tenho algum receio. A quebra de estrogénio tem algum efeito negativo a nível físico?”
Joana, Massamá
Cara leitora,
Todos os procedimentos cirúrgicos têm os seus prós e contras. O seu ginecologista, que acompanhou o seu caso, é a pessoa que melhor pode esclarecê-la, uma vez que conhece o seu processo clínico. De um modo geral, o corpo continua a produzir a mesma quantidade de estrogénio – simplesmente passa a ser produzido pelo único ovário que também assume a ovulação total (normalmente os óvulos são produzidos por um ovário de cada vez, em meses alternados). Estudos feitos indicam que as mulheres submetidas a este tipo de intervenção cirúrgica tendem a ter a menopausa mais cedo, e que há também maior probabilidade de terem um filho com síndrome de Down. Quando (e se) desejar engravidar, o processo deve ser acompanhado pelo seu ginecologista, para que possam assegurar que o seu único ovário está a ovular corretamente, visto que pode levar mais tempo a conseguir engravidar (embora também possa não haver qualquer atraso).