“Costumo fumar erva de vez em quando socialmente quando estou com os meus amigos. Descobri que estou grávida e como tal gostava de saber se faz mal ao bebé, pois uma amiga disse-me que não faz mal se não fumar muito. É verdade? Não quero correr riscos.”
Ana, Porto
Cara leitora,
O consumo de substâncias traz sempre perigos para a saúde, sendo ainda mais grave quando a mulher se encontra grávida. Em primeiro lugar, fumar seja o que for durante a gravidez, mesmo tabaco, priva o feto de oxigénio e interfere negativamente com o fornecimento de sangue ao feto. Se não receber oxigénio suficiente, o bebé pode nascer mais pequeno em altura e com menor peso, e os bebés que são mais pequenos têm maiores problemas após o nascimento, tais como infeções e problemas respiratórios, assim como dificuldades a nível da alimentação, problemas sanguíneos, oculares, dificuldade de o sangue chegar ao cérebro, entre outros. Por outro lado, os bebés cujas mães consomem drogas enquanto estão grávidas ou no período de amamentação são mais nervosos e agitados. Assim, embora não seja fácil abdicar de hábitos que sempre teve, deve aconselhar-se com o seu médico para que ele a ajude a ter uma gravidez mais saudável, proporcionando saúde e bem-estar ao seu bebé.
“Tenho dezassete anos e alguns amigos meus consomem drogas antes de praticarem o ato sexual, e dizem que as drogas contribuem para melhorar o seu desempenho. É verdade?”
Carlos, Amadora
Caro leitor,
A maioria das afirmações sobre o possível efeito afrodisíaco das drogas é um mito, e a verdade é que estas provocam dependência e, quando consumidas em doses excessivas, podem mesmo levar à morte. Outro aspecto importante é que as pessoas que consomem drogas têm maiores probabilidades de contrair infecções sexualmente transmissíveis por se colocarem em situações de risco. A Cannabis aumenta a excitação, mas as suas consequências são negativas para as capacidades sexuais; a Cocaína pode levar o consumidor a apresentar ejaculação e orgasmos retardados aliados ao desinteresse sexual; a Nicotina diminui a fertilidade e provoca problemas circulatórios que levam à impotência; o Ecstasy leva a uma excitação elevada, que é provocada pela aceleração do ritmo cardíaco, mas a relação sexual não é sentida com prazer; a Heroína provoca ausência de desejo, problemas de orgasmos, fertilidade e de ejaculação; o Álcool provoca desinibição e relaxamento, mas as consequências de consumos excessivos provocam impotência e problemas de ejaculação. Estas são algumas das drogas mais conhecidas, claro que existem outras que também prejudicam as relações sexuais e a própria saúde dos indivíduos. Lembre-se que o prazer não depende de drogas!