“Tenho tentado engravidar e não consigo. Acho que o meu marido é estéril. Como posso ter a certeza disso, sem magoar os seus sentimentos?”
Paula, Abrantes
Cara Leitora,
Os problemas de fertilidade podem ser diagnosticados através de exames físicos, a análise do esperma e tendo em atenção a história clínica.
É importante refazer toda a história clínica do seu marido desde a puberdade até à idade actual, de modo a verificar infecções e doenças ocorridas e a medicação tomada.
O exame físico deve ter em conta o tamanho e a textura dos testículos com o objectivo de averiguar a sua capacidade de produzir correctamente esperma. Caso este exame não aponte quaisquer problemas, torna-se necessário realizar um teste que determine o número de esperma encontrado na ejaculação.
Se se comprovarem problemas, será necessário que um especialista verifique a formação do espermatozóide e a sua capacidade de movimentação.
De forma a fazer a avaliação da fertilidade é necessário que o homem ejacule para dentro de um frasco e essa amostra deve ser entregue num laboratório nas duas primeiras horas seguintes. Um outro teste possível de ser realizado é o exame pós-coito que é feito através da recolha de uma amostra de muco uterino logo após a ejaculação do homem. Este último teste tem como intuito verificar se o muco intra-uterino tem a consistência necessária para possibilitar a movimentação do esperma.
É importante pois, que o seu marido vá ao médico e efectue todos os exames necessários, sem pudor nem preconceito pois é o primeiro passo para realizar o vosso desejo de ter um filho. Converse com ele com calma e procure fazê-lo entender que, apesar de difícil, este tipo de diagnóstico é muito importante para a vossa felicidade futura.
Tenho duas questões para as quais gostaria de ser esclarecida, se possível.
Faço sexo oral frequentemente e gostaria de saber se engolir o esperma faz mal.
Tenho 46 anos e entrei na menopausa. Desde Setembro último que não tenho menstruação. Ultimamente tenho relações sexuais sem protecção. Será que corro algum risco?
Desde já agradeço uma resposta a estas 2 questões.
Cumprimentos
Maria José
Cara Maria José,
O esperma é constituído por espermatozóides (os gametas masculinos), líquido prostático (como o próprio nome diz, líquido produzido pela próstata), líquido seminal (da vesícula seminal) além de ácidos ascórbico, cítrico, úrico, láctico e pirúvico; contém também frutose, potássio, colesterol, ureia, magnésio, zinco e vitaminas B12, E e C. Não lhe faz mal à saúde engolir, embora seja importante saber que o vírus do VIH/SIDA pode ser transmitido de tal maneira, pelo que deve evitar engoli-lo, especialmente se a pessoa a quem está a fazer sexo oral nunca fez um teste e lho mostrou.
Em relação às relações sexuais desprotegidas, se o risco de engravidar é diminuto, por estar na menopausa e dar sinais de não fazer a ovulação, o risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis não diminui, pelo que lhe recomendo que utilize preservativo nas relações sexuais e se certifique que este está bem colocado
“Tenho trinta e dois anos e sou um homem saudável. Comecei a viver com uma mulher por quem estou muito apaixonado e começámos a falar em ter filhos. No entanto, assaltou-me o medo de que eu possa ser estéril, pois tenho um tio que é. Gostaria de saber o nome do teste de infertilidade masculina e como fazê-lo.”
Jorge
Caro Leitor,
A infertilidade masculina acontece quando o homem não ejacula ou não produz a quantidade necessária de espermatozóides, ou estes não se movimentam da forma adequada para poder chegar ao óvulo. O exame que é feito com maior regularidade para testar a infertilidade masculina é o chamado espermograma, cujo objectivo principal é analisar o sémen. Através deste exame é possível medir a quantidade, a mobilidade e o formato dos espermatozóides. Este é um exame bastante comum entre casais que têm dificuldades em conceber uma criança após vários meses de tentativas frustradas. Porém, em casos de casais que tem dificuldade em ter filhos, os testes de infertilidade não devem ser feitos apenas por um membro do casal, é importante que ambos façam os testes necessários de modo a averiguar de onde podem advir os problemas. Note-se que os problemas que mais potenciam a infertilidade masculina são: problemas hormonais (redução de testosterona), acumulação de sangue nos testículos (varizes escrotais), consumo de álcool, drogas e anabolizantes, doenças genéticas, tratamentos de radioterapia e quimioterapia e obstrução dos canais que transportam os espermatozóides dos testículos à uretra.
“Gostaria de saber o nome do teste de infertilidade masculina e como fazê-lo. É apenas por mera curiosidade, mas considero importante ter acesso a determinado tipo de informação.”
Óscar, Rio Maior
Caro Leitor,
A infertilidade masculina acontece quando o homem não ejacula ou não produz a quantidade necessária de espermatozóide ou estes não se movimentam da forma adequada para que se dê a penetração do óvulo.
O exame que é feito com maior regularidade para testar a infertilidade masculina é o chamado espermograma, onde o objetivo principal é analisar o sémen. Através deste exame é possível medir a quantidade, a mobilidade e o formato dos espermatozóides. Este é um dos mais solicitados à partida para realizar qualquer diagnóstico, contudo este pode e deve ser suportado por outros exames. Porém, o teste não deve ser feito apenas por um membro do casal, é importante que ambos façam os testes necessários de modo a averiguar de onde podem advir os problemas. Se de facto se constatar que o problema se reporta ao membro masculino para além do espermograma é importante que se façam exames complementares.
É importante que se tenha em conta que quanto maior for o estado de ansiedade maior será a tensão vivida durante o processo de fertilização. Neste caso, é necessário bastante equilíbrio, paciência e determinação. Note-se que os problemas que mais potencializam a infertilidade masculina são: problemas hormonais (redução de testosterona), acumulação de sangue nos testículos (varizes escrotais), consumo de álcool, drogas e anabolizantes, doenças genéticas, tratamentos de radioterapia e quimioterapia e obstrução dos canais que transportam os espermatozóides dos testículos à uretra.