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Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

“Estou farto das fantasias dela!”

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“A minha namorada está sempre a inventar coisas novas para fazer na cama, e isso as vezes chateia-me porque apesar de variedade ser bom, eu prefiro a tranquilidade de fazer amor na nossa casa, sem grandes aventuras. ”

Francisco, Matosinhos

Caro leitor,

Regra geral, os casais preferem cenários recatados e confortáveis para terem uma maior intimidade na vida sexual (o que parece ser o seu caso). Porém, há quem prefira fugir à rotina, optando por recorrer ao imaginário e a fantasias para estimular a vida sexual (o que parece ser o caso da sua namorada). O ato sexual é algo que deve ser desfrutado por ambos os parceiros de forma consensual, e não é correto que um parceiro queira fazer prevalecer uma ideia no sentido apenas da obtenção do próprio prazer. Procure falar com a sua namorada para que ela perceba que o leitor está feliz com a vossa vida sexual e não sente a necessidade de estar constantemente a inovar nas vossas práticas sexuais. Uma vez que vocês têm preferências diferentes, tentem conversar e atingir um meio-termo que faça ambos felizes. A inovação é saudável e aconselhável para a vida sexual do casal, mas só deve acontecer com o consentimento de ambos os parceiros.

“Violência como forma de atingir o orgasmo”

Playful And Happy Couple Fighting For Fun by Simone Wave - Couple, Playful

 

“De há uns tempos para cá a única forma de o meu parceiro atingir o clímax é se eu lhe bater durante a penetração. Será que é normal?”

 

Cátia, Funchal

Cara leitora,

 

Existem inúmeras formas do homem conseguir atingir o prazer sexual e, no caso do seu parceiro, o facto da leitora demonstrar violência é a forma ideal de o estimular sexualmente. Durante os preliminares, existem pequenos toques e gestos que são fundamentais para causar a excitação e que podem viabilizar o prazer. Contudo, existe a diferença entre experiências sexuais para atingir o clímax e situações de dependência de uma determinada situação para atingir o orgasmo. Se o seu parceiro se encontra nesta última situação, será indispensável procurar a ajuda de um especialista que o poderá ajudar a perceber essa necessidade e definir estratégias que o ajudem a superar essa situação.

“Ele pede-me para lhe apertar o pescoço…”

Premium Photo | Scared girl with hands on throat isolated on yellow

 “Namoro há dois anos com o meu namorado e temos uma boa relação. No entanto, quando estamos a fazer amor ele pede-me que lhe aperte o pescoço com força antes dele ter um orgasmo. Eu tenho medo de o matar!”

 

Sandra, Aveiro

 

Cara leitora,

a asfixia induzida é uma prática usada por algumas pessoas para intensificar os orgasmos, sendo muito perigosa na medida em que pode facilmente provocar a morte ou danos irreversíveis para o cérebro. Há pessoas que apreciam esta prática porque o facto de o cérebro receber menos oxigénio faz com que o lóbulo frontal se “desligue” e, desse modo, a pessoa perca o autocontrolo, libertando-se mais a nível de fantasias e tendo mais intensidade de sensações, com a possibilidade de ter orgasmos mais intensos. No entanto, esta prática é muito perigosa, e como tal caso aceda em fazer-lhe a vontade é essencial que mantenham uma comunicação clara, e que avance com calma, parando ao mínimo sinal de desconforto dele. Devem estabelecer também um código de segurança, para que ele lhe possa pedir que páre. Nunca avance mais do que sente que é confortável para o seu marido e não prolongue essa atividade por mais que alguns segundos.

“Ele pede-me para lhe apertar o pescoço…”

“Namoro há dois anos com o meu namorado e temos uma boa relação. No entanto, quando estamos a fazer amor ele pede-me que lhe aperte o pescoço com força antes dele ter um orgasmo. Eu tenho medo de o matar!”

 Sandra, Aveiro

 

Cara leitora,

a asfixia induzida é uma prática usada por algumas pessoas para intensificar os orgasmos, sendo muito perigosa na medida em que pode facilmente provocar a morte ou danos irreversíveis para o cérebro. Há pessoas que apreciam esta prática porque o facto de o cérebro receber menos oxigénio faz com que o lóbulo frontal se “desligue” e, desse modo, a pessoa perca o autocontrolo, libertando-se mais a nível de fantasias e tendo mais intensidade de sensações, com a possibilidade de ter orgasmos mais intensos. No entanto, esta prática é muito perigosa, e como tal caso aceda em fazer-lhe a vontade é essencial que mantenham uma comunicação clara, e que avance com calma, parando ao mínimo sinal de desconforto dele. Devem estabelecer também um código de segurança, para que ele lhe possa pedir que páre. Nunca avance mais do que sente que é confortável para o seu marido e não prolongue essa atividade por mais que alguns segundos.

Fantasias Sexuais

 

 

 

Há alguns anos atrás este assunto era um tabu na nossa sociedade. Não quer dizer que muitos homens e mulheres não tivessem inúmeras fantasias sexuais, mas na verdade, estes pensamentos
libidinosos eram considerados pecado e, na maior parte das vezes, jamais eram revelados e poucas vezes concretizados. Hoje em dia, a mente está mais aberta a estas situações e, a verdade é que, muitas vezes, a realização destas fantasias pode salvar casamentos, que desta forma conseguem fugir à rotina.

A fantasia sexual é descrita como um desejo que um determinado indivíduo tem, de fazer algo diferente do habitual a nível sexual, que só de imaginar lhe dá um enorme prazer. É claro que existem algumas fantasias que são condenáveis, porém outras podem tornar a nossa intimidade cada vez mais saudável. As fantasias sexuais mais comuns entre os homens revelam-se na vontade que estes têm de fazer amor com uma enfermeira, uma professora ou uma empregada doméstica. No caso das mulheres, elas fantasiam com homens de farda e também com um professor, por exemplo. Os ambientes onde se possa ter uma relação sexual com alguém, são também muito fantasiados, sendo
que locais perigosos, onde haja hipótese de se ser apanhado, são os mais usuais. Falamos, por exemplo, de elevadores, em piscinas ou dentro do carro.

Não se envergonhe de realizar as suas fantasias sexuais, desde que não se coloque em perigos reais e não prejudique ninguém.

“Sexo na banheira de Jacuzzi!”

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“Durante uma festa na casa de uns amigos, tentei ter relações com o meu namorado na banheira de Jacuzzi. No inicio ele estava interessado, mas de repente ele ficou muito nervoso e não quis continuar. Porque será que ele fez isso?”

Neusa, Vila Nova de Gaia

 

Cara leitora

Os motivos para o comportamento do seu namorado podem ser os mais variados. Pode dar-se o caso dele ter ficado nervoso e com medo que alguém os apanhasse uma vez que não estavam na vossa casa mas sim na casa de amigos. Pode também dar-se o caso dele ter ficado tão excitado com a situação e ter ejaculado rápido de mais e ter vergonha de lhe dizer e dai ter optado por não continuar. Outra explicação possível é ele não ter achado muito confortável ter relações dentro de água, pois a água faz com que a mulher fique menos lubrificada o que juntamente com o cloro da água pode tornar a penetração um pouco dolorosa. A melhor forma de saber é conversar com ele sobre o assunto e perguntar!!

 

“Não sei o que a minha mulher gosta que eu faça na cama”


“A minha mulher não me diz o que gosta que eu faça na cama, por isso tenho medo de experimentar coisas novas porque não sei se ela vai gostar.”

Luís, Matosinhos

 

Caro leitor

Algumas mulheres são mais tímidas do que outras sentindo-se pouco à vontade em falar sobre sexo. Talvez a sua mulher tenha tido uma educação bastante conservadora fazendo com que ela tenha dificuldade em comunicar-lhe os seus desejos. Alguns homens têm bastante dificuldade em lidar com comentários das suas parceiras quando estes são menos positivos por isso pode dar-se o caso de ela ter receio de o magoar. Talvez ela tenha tido uma experiência no passado na qual o seu parceiro teve uma reacção negativa quando ela falou de sexo, fazendo com que ela sinta que a sua opinião não é importante, tendo receio que o leitor tenha a mesma reacção. Converse com a sua mulher e pergunte-lhe o que ela mais gosta e o que ela gostaria que fizesse diferente. Assegure-a de que ela pode falar abertamente sobre sexo e que não vai ficar chateado com o que ela lhe disser, e que fará os possíveis para realizar as suas fantasias. Verá que desta forma fortificará a vossa relação atingindo um novo grau de intimidade.

tema de hoje: fantasias

(José Manuel Rodrigues)

 

Tenho 23 anos e namoro com uma rapariga há quase 4 anos. Sentimos muito amor um pelo outro, porém, há alguns meses observei que minha namorada está muito inconstante na vida sexual.
Eu preocupo-me em excitá-la ao máximo, fazendo carinhos e conversando sobre suas fantasias. Costumamos ter sexo de noite na casa dela, o problema é que muitas vezes ela pára no meio da relação, dizendo que não está relaxada ou simplesmente pára e chora nos meus braços. Conversamos muitas vezes sobre isso, ela dá uma desculpa diferente, ora dizendo que não estava com vontade (mas eu percebia que ela estava excitada), ora dizendo que sente-se mal por fazer sexo comigo na casa dela. Já tentamos ir a outros lugares, como um hotel bonito, mas além de ser muito caro, já houve vezes em que ela também parou.
Já não sei o que fazer! Faço tudo para excitá-la, converso, pergunto, mas mesmo assim isto acontece com frequência.
Já houve vezes em que eu a satisfazia 13 vezes em menos de 2 dias. Percebi que fazemos menos sexo hoje, o meu desejo continua o mesmo, mas o dela diminuiu.
Que conselhos me dá?
Hugo
 
Caro Hugo,
 
A sua namorada parece estar a sofrer dificuldades sexuais, mas pela sua descrição não saberei bem quais. Por vezes as mulheres sentem-se culpadas ou envergonhadas de ter uma vida sexual activa, pelos preconceitos de que “uma senhora” não gosta de sexo, não o faz antes do casamento…ou outras ideias feitas e preconceituosas, principalmente em relação à mulher. As exigências sociais sobre a mulher são muito duras com elas e mais brandas com o homem (embora também sejam uma forma de pressão sobre eles) e, por vezes, influenciam a felicidade individual que não se consegue libertar e viver à vontade o prazer.
Tem de falar com ela honestamente e sem pressões, sobre o que a preocupa, como ela gostava que fosse a vossa vida sexual, o que poderá ter mudado para ela… Sem pressões nem preconceitos, pelo vosso amor. Pode tentar ter relações noutro local, onde se sintam à vontade, íntimo e privado e criar um ambiente especial. Tente explorar com ela o prazer sem a pressão da penetração: diga-lhe em sussurro que vão fazer amor sem penetração e veja como ela reage (pode ser que ela goste mais da excitação do que da penetração, o que é muito frequente em muitas mulheres); faça-lhe massagens e carícias sem fim; dê-lhe um banho perfumado; leia-lhe histórias eróticas como se fossem vós as personagens principais…use a sua imaginação para lhe oferecer pedaços de prazer inesquecíveis!
Se as suas tentativas não funcionarem, deve precisar de bastante tempo para sentir alterações, pense em ir com ela a uma consulta de planeamento familiar ou de sexologia para falarem com um especialista sobre a questão e tentarem encontrar soluções em casal. Boa sorte.

“ Tenho a imaginação sexual muito apurada!”


 

“ Sou casada há 1 ano e gosto de variar as posições sexuais sempre que faço amor com o meu marido, mas por vezes isso incomoda-o e acha que sou demasiado obcecada por posições sexuais. Será que sou mesmo ou esta minha tara é frequente nos casais?”

 

Cara leitora

É muito difícil definir o que é ou não normal para cada pessoa dentro da sua vida sexual. A sexualidade não se limita ao acto sexual em si, sexualidade é um mar de sensações, pensamentos, sentimentos, gostos e cheiros que variam de indivíduo para indivíduo, fazendo com que cada um de nós seja único! Na minha opinião, tudo é normal desde que seja entre adultos, seja consensual e não cause danos físicos ou emocionais.

Parece-me que a leitora está muito mais confortável com a sua sexualidade do que o seu marido. Converse com ele abertamente acerca desse assunto e explique-lhe que a monotonia só estraga as relações!

 

 

“Sonho fazer amor com duas mulheres…”

 

“Amo a minha namorada, mas apesar de ter uma relação sexual feliz com ela mantenho uma fantasia antiga que é fazer amor com duas mulheres ao mesmo tempo. Gostaria de falar com ela sobre isso, mas não sei como abordar o assunto, pois não quero que pense que já não me satisfaz. ”
Luís, Sintra
Caro Leitor,
Ter fantasias é algo perfeitamente comum, mas quando estas envolvem outras pessoas é importante ter cuidado na forma como se aborda o assunto com o parceiro. Vá sondando a sua namorada para que possa saber a opinião dela sobre o assunto. Antes de tomar qualquer atitude, é importante que vá abordando a sua namorada sobre a hipótese de haver mais uma pessoa a partilhar a vossa intimidade. Apesar de parecerem divertidas nem sempre as fantasias causam o mesmo impacto quando concretizadas. Assim sendo, se a sua namorada não for muito receptiva a esta ideia não reaja mal, tente compreender que não é fácil este tipo de exposição. Contudo, se ela concordar com este tipo de fantasia vivam da melhor forma o momento e deixem a imaginação fluir.