tema de hoje: Dúvidas sexuais
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Tenho 19 anos e estou a estudar no Porto. Descobri há pouco tempo que a minha companheira de casa é lésbica e não sei o que fazer, pois tenho medo que ela se atire a mim…
Sofia, Porto
Cara leitora,
A leitora parece estar a ter um caso de "homofobia aguda", ou seja, um medo excessivo do que é desconhecido para si. A homofobia e a transfobia, sendo a população LGBT em Portugal estimada em 10%, é algo que afeta bastantes indivíduos na nossa sociedade e põe em risco o bem estar de uma parte significativa da população em Portugal. Qual é o problema de a sua companheira de casa ser lésbica? Só porque ela é lésbica não significa que se vai sentir atraída por si, da mesma forma que a leitora não se sente atraída por todos os homens que conhece. Por isso, tenha a mente aberta e aceite a sua companheira de casa tal como ela é. Se no entanto se continuar a sentir excessivamente desconfortável com a sua preferência sexual e receosa de que ela tente algo consigo, tenha uma conversa sincera com ela e tentem chegar a um acordo que permita que ambas coabitem em harmonia.
“Tenho 25 anos e desde sempre me assumi como lésbica, não tendo dificuldades em lidar com isso, no entanto, ultimamente num novo trabalho sou vista como doente. A homossexualidade pode, efectivamente, ser vista como uma doença?”
Marta, Faro
Cara Leitora,
Antes de mais quero dar-lhe os parabéns pela coragem que tem em assumir a sua orientação sexual. Considero que seria importante em primeiro lugar reflectir se são os outros que a vêm como doente, ou, se pelo contrário, a leitora acha que os outros a vêem dessa forma. Se de facto algum dos seus colegas a insultou dessa forma, então a leitora tem de fazê-los entender que a homossexualidade não é uma doença. A homossexualidade não implica qualquer deterioração no discernimento, estabilidade, fiabilidade ou nas capacidades vocacional ou social, pelo que a leitora não é uma pessoa doente. A homossexualidade, por si só, não promove a anormalidade psicológica e isso sim é importante ter em mente. Não dê tanta importância ao que os outros lhe dizem e não deixe, principalmente, que isto abale a sua estabilidade emocional.
“Tenho 19 anos e estou a estudar no Porto, onde divido casa com outra rapariga que conheci através de um anúncio na Faculdade. Estou um bocado apreensiva porque agora descobri que a minha companheira de casa é lésbica e não sei o que fazer, pois tenho
medo que ela se atire a mim…”
Ana Sofia, Porto
Cara leitora,
A leitora parece estar a ter um caso de "homofobia aguda", ou seja, um medo excessivo do que é desconhecido para si. A homofobia e a transfobia afectam e põem em risco o bem-estar de uma parte significativa da população em Portugal. Porque razão o facto de a sua companheira de casa ser lésbica tem de ser um problema? Por ser lésbica não significa que ela se vai sentir atraída por si, da mesma forma que a leitora certamente não se sente atraída por todos os homens que conhece! Por isso, procure ter uma mente mais aberta e aceite a sua companheira de casa tal como ela é. Se no entanto continuar a sentir-se excessivamente desconfortável com a sua preferência sexual e receosa de que ela tente algo consigo, tenha uma conversa sincera com ela e tentem chegar a um acordo que permita que ambas coabitem em harmonia.
“Conheci há pouco tempo uma pessoa, e vim a descobrir que ele é homossexual, uns amigos meus disseram que não se davam com ele por essa razão. O que tem de mal fugir à tendência dita “normal”?
Carolina, Buçaco
Cara leitora,
A palavra “homossexualidade” deriva do Grego homos, que significa o mesmo. Como tal, é alguém que tem uma preferência sexual e emocional por indivíduos do mesmo sexo.
Pela mesma razão, também se pode perguntar porque é que se é heterossexual, ou seja, porque se preferem relações sexuais com indivíduos do sexo oposto. Isto porque tanto a homossexualidade como a heterossexualidade são maneiras de expressar a sexualidade. Desde sempre existiram pessoas com tendências homossexuais, heterossexuais e bissexuais, ou seja, indivíduos que tem preferência por ambos os sexos e sempre existirão.
Assim, os indivíduos podem manifestar a sua sexualidade nas várias formas, pois a sexualidade é a capacidade de dar e receber prazer e afecto, de comunicar, seja esta capacidade partilhada com indivíduos do mesmo sexo ou do sexo oposto. Tudo dependerá das diferentes experiências a que
associamos o prazer sexual, da educação e do ambiente social em que vivemos. Pela sua identificação ao nível da reprodução, e por muitas outras razões, ainda muitas culturas consideram uma pessoa homossexual ou bissexual como sendo um indivíduo “doente” ou até “anormal”, encarando a
heterossexualidade como sendo a “norma”, o “natural”. Desta forma exerceram e exercem atitudes e comportamentos repressivos e discriminativos contra indivíduos com tendências homossexuais.
Tenho 19 anos e estou a estudar no Porto. Descobri há pouco tempo que a minha companheira de casa é lésbica e não sei o que fazer, pois tenho medo que ela se atire a mim…
Sofia, Porto
Cara leitora,
A leitora parece estar a ter um caso de "homofobia aguda", ou seja, um medo excessivo do que é desconhecido para si. A homofobia e a transfobia, sendo a população LGBT em Portugal estimada em 10%, é algo que afecta bastantes indivíduos na nossa sociedade e põe em risco o bem-estar de uma parte significativa da população em Portugal. Qual é o problema de a sua companheira de casa ser lésbica? Só porque ela é lésbica não significa que se vai sentir atraída por si, da mesma forma que a leitora não se sente atraída por todos os homens que conhece. Por isso, tenha a mente aberta e aceite a sua companheira de casa tal como ela é. Se no entanto se continuar a sentir excessivamente desconfortável com a sua preferência sexual e receosa de que ela tente algo consigo, tenha uma conversa sincera com ela e tentem chegar a um acordo que permita que ambas coabitem em harmonia.
“Nunca consegui ter uma relação duradoura, o que fez com que sinta dentro de mim um enorme vazio. Desde sempre tive uma forte atracção por homens, mas não consigo manter uma relação por muito tempo. Será possível que eu sinta este tipo de coisas ou as relações entre homens são menos intensas?
Pedro, Lagos
Caro Leitor,
O facto de nunca ter conseguido ter uma relação afectiva duradoura não está directamente relacionado como a sua orientação sexual. Possivelmente, o que o leitor procura é um amor verdadeiro e na sua vida apenas têm passado paixões passageiras e fugazes.
Por vezes, a estabilidade está relacionada com o amadurecimento dos sentimentos. Neste sentido, dê tempo ao tempo e poderá constatar que é apenas uma questão de tempo, pois a seu tempo encontrará uma pessoa que seja absolutamente merecedora dos seus sentimentos. Não pense que as pessoas homossexuais nutrem uns pelos outros sentimentos menos puros. Tenha em conta que a veracidade dos sentimentos, o respeito e os afectos são válidos seja qual for a orientação sexual. Viva mais tranquilo e acredite que pode ser feliz.
Preciso da sua ajuda para esclarecimentos sobre homossexualidade.Tenho 45 anos, sou casado e tenho um filho. Tive a minha primeira relação com um menino, tinha 12 anos, sempre tive atracção pelo sexo masculino, casei com 21 anos, pensava que os meus desejos e pensamentos eram apenas fantasias malucas.
Vivo num eterno conflito comigo mesmo. Às vezes penso que vou explodir, tenho desejos fortes incontroláveis, já pensei em me assumir, mas ao mesmo tempo tenho muito medo em tomar uma decisão precipitada. Uma vez fui a um sexólogo para tirar dúvidas, e ele disse-me que eu não tinha jeito de gay, e que não devia me assumir como tal.
Tudo para que se relaciona com homossexualidade me atrai, parece um imã, como fico envolvido com esses assuntos. E sempre tenho desejos homossexuais, lá no fundo sei que sou gay, posso não ter coragem de assumir, mas sei que sou.
abraços.
Roberto