Estou casada há 5 anos e há já 2 anos que eu e o meu marido não temos relações sexuais. Ele não mostra qualquer interesse em mim. Será que ele é gay?
Teresa, Lagos
Cara Leitora,
De facto algo se passa, mas não deve precipitar-se e assumir que é uma questão de orientação sexual. Muitos factores podem estar por trás da aparente falta de desejo do seu marido. A dificuldade é decifrar a razão sem causar brigas e conflitos no relacionamento. Existem homens que têm falta de desejo sexual devido a depressão ou a medicamentos que estão a tomar, ou devido a terem problemas de ejaculação precoce ou dificuldade em ter uma ereção, e por isso evitam ter relações sexuais com as suas parceiras para evitar o embaraço que sentem. Existem tambem outros homens que têm fetiches, ou amantes, ou mesmo que preferem masturbar-se com a utilização de pornografia em vez de ter relações com as parceiras. Como vê, existem muitos factores em jogo, por isso há que falar com o seu marido e talvez consultar a ajuda de um sexólogo para decifrar este dilema.
“Olá, chamo-me Diogo e tenho 17 anos. Já tive relações sexuais com raparigas, mas também dou por mim a olhar para os meus colegas no balneário, e já tive sonhos eróticos com rapazes. No entanto, também gosto de raparigas e tenho prazer com elas… não entendo o que se passa comigo!”
Diogo, Matosinhos
Caro leitor,
As suas dúvidas são mais habituais do que pensa. Embora muitas pessoas sejam tendencialmente heterossexuais, e outras homossexuais, existem também muitas pessoas que sentem prazer e interesse por pessoas de ambos os sexos, como parece ser o seu caso. Assim, embora ainda seja muito jovem, parece tratar-se de uma questão de bissexualidade. Poderá, no decurso da sua vida, ter tendência para preferir um sexo, mas pontualmente pode sentir interesse pelo envolvimento por pessoas do outro sexo. Uma vez que é ainda adolescente, poderá também sentir-se meramente curioso, o que é perfeitamente natural, sem que isso implique necessariamente tendências gay ou bissexuais. Procure ler na internet e em livros especializados mais sobre estes temas e, se sentir à vontade, experimente conhecer amigos gay. Siga o seu coração e não se sinta pressionado, dê tempo a si próprio para conhecer-se melhor.
“Sou homossexual e nunca escondi isso de ninguém, no entanto, há algum tempo coloca-se uma questão que não tem saído da minha cabeça: Será possível ao olharem para mim descobrirem que sou homossexual?”
Nuno, Espinho
Caro Leitor, A maioria das pessoas nunca pensa que as pessoas que conhecem podem ser homossexuais, assumindo logo à partida que todas as pessoas são heterossexuais. Além disso, as pessoas pensam que têm uma imagem nítida e claramente definida de como é a aparência dos homossexuais, acham que todos os homossexuais são efeminados. Trata-se de uma opinião generalizada, mas que não corresponde de todo à realidade. A maioria dos homossexuais tem a mesma aparência e agem tal e qual como as pessoas heterossexuais. As pessoas com “maneirismos”, os ditos “efeminados” são uma minoria entre os homossexuais, por isso não se preocupe com essa questão. Se este é um factor que o incomoda assim tanto, experimente perguntar a opinião sincera de alguns dos seus amigos mais próximos, pois as pessoas que o conhecem bem poderão responder à sua pergunta. No entanto, é importante concentrar-se em si, no seu sentir e na forma saudável como vive a sua orientação sexual, tentando retirar dessa opção o maior prazer e gratificação possível, tendo em vista o equilíbrio emocional.
Estou casada há 5 anos e há já 2 anos que eu e o meu marido não temos relações sexuais. Ele não mostra qualquer interesse em mim. Será que ele é gay?
Teresa, Lagos
Cara Leitora,
De facto algo se passa, mas não deve precipitar-se e assumir que é uma questão de orientação sexual. Muitos factores podem estar por trás da aparente falta de desejo do seu marido. A dificuldade é decifrar a razão sem causar brigas e conflitos no relacionamento. Existem homens que têm falta de desejo sexual devido a depressão ou a medicamentos que estão a tomar, ou devido a terem problemas de ejaculação precoce ou dificuldade em ter uma ereção, e por isso evitam ter relações sexuais com as suas parceiras para evitar o embaraço que sentem. Existem tambem outros homens que têm fetiches, ou amantes, ou mesmo que preferem masturbar-se com a utilização de pornografia em vez de ter relações com as parceiras. Como vê, existem muitos factores em jogo, por isso há que falar com o seu marido e talvez consultar a ajuda de um sexólogo para decifrar este dilema.
“Sou homossexual há algum tempo, nunca escondi isso de ninguém, no entanto, há algum tempo coloca-se uma questão que não tem saído da minha cabeça: Será possível ao olharem para mim descobrirem que sou homossexual?”Nuno, Espinho
Caro Leitor,
A maioria das pessoas nunca pensa que as pessoas que conhecem podem ser homossexuais, assumindo logo à partida que todas as pessoas são heterossexuais. Além disso, as pessoas pensam que têm uma imagem nítida e claramente definida de como é a aparência dos homossexuais, acham que todos os homossexuais são efeminados. Trata-se de uma opinião generalizada, mas que não corresponde de todo à realidade. A maioria dos homossexuais tem a mesma aparência e agem tal e qual como as pessoas heterossexuais. As pessoas com “maneirismos”, os ditos “efeminados” são uma minoria entre os homossexuais, por isso não se preocupe com essa questão. Se este é um factor que o incomoda assim tanto, experimente perguntar a opinião sincera de alguns dos seus amigos mais próximos, pois as pessoas que o conhecem bem poderão responder à sua pergunta. No entanto, é importante concentrar-se em si, no seu sentir e na forma saudável como vive a sua orientação sexual, tentando retirar dessa opção o maior prazer e gratificação possível, tendo em vista o equilíbrio emocional.
Sou casada há 16 anos, temos um filho e até há pouco tempo eu era feliz. Desde há uns meses veio uma colega nova para o meu trabalho, estamos frente a frente na secretária e comecei a sentir coisas que nunca tinha sentido… Sei que estou apaixonada por ela, adoro as nossas conversas, as risadas, a maneira como ela se veste e parece, ando ansiosa por voltar ao trabalho. Tenho medo de mim – o que posso fazer? Serei lésbica?
Luisa
Cara Luisa,
A sua certeza na paixão que está a sentir parece estar a indicar-lhe o seu caminho. É normal que sinta medo de descobrir uma nova dimensão da sua sexualidade, principalmente quando não esperava senti-la por uma pessoa do mesmo sexo, mas parece que sentir tais emoções está a deixá-la também feliz.
Não se preocupe com o que é, com nomes e adjectivos sobre a sua orientação sexual. Vivemos numa sociedade muito heterossexista, ou seja, parte-se do princípio que toda a gente é heterossexual e tem relações com pessoas do sexo oposto, mas a realidade não é assim. Como ainda existe alguma discriminação e homofobia (sentimentos negativos face às pessoas lésbicas, gays, bissexuais) pode ser assustador passar pelo que está a passar agora. Mas não se culpabilize nem sinta mal – afinal de contas quem controla os seus sentimentos e por quem bate o coração!?
Oiça o seu coração e expresse os seus sentimentos a alguém em quem confie (a sua colega? Uma amiga que a possa ajudar? Alguém que esteja numa relação com outra pessoa do mesmo sexo ou já tenha estado, pessoas de associações de lésbicas, gays ou bissexuais) de modo a perceber que decisões deve tomar neste momento da sua vida. Procure associações da comunidade em que haja outras pessoas apaixonadas por pessoas do mesmo sexo, para compreender e partilhar livremente os seus sentimentos. Muitas pessoas mudam o rumo do seu casamento, pois este não as satisfaz toda a vida, não se deve culpabilizar por isso e tenha confiança que o seu filho preferirá vê-la feliz do que infeliz por ele.
“Tenho 20 anos e descobri recentemente que sou lésbica. Iniciei um relacionamento com uma mulher um pouco mais velha e experiente do que eu, e embora tudo esteja a correr bem entre nós não sei como contar à minha família e amigos, especialmente aos meus pais, pois acho que vão reagir mal.”
Liliana, Leiria
Cara Leitora,
Apesar de existir socialmente uma maior abertura, a questão da homossexualidade continua a ser um assunto tabu e rejeitado por muitas famílias. Neste sentido, é natural o seu receio em abordar esta questão com os seus pais. A maior expectativa dos pais é quase sempre que os filhos se casem e lhes dêem netos de modo a alargar a família. Por isso, muitas vezes, falar de relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo revela-se bastante complicado.
Tente compreender a posição dos seus pais, não é fácil aceitar e lidar com uma situação que em nada tem a ver com aquela que idealizaram. Procure mostrar-lhes, de forma cautelosa, que a sua felicidade está junto da pessoa que ama, independentemente do seu sexo. Mostre-lhes que compreende a posição deles, mas peça-lhes que compreendam também os seus sentimentos. Certamente que, por gostarem de si, entenderão e respeitarão a sua decisão. Não desista de lutar pela sua felicidade!
Tenho 24 anos e nunca tive uma namorada séria. Já tive relações sexuais com algumas mulheres e gosto bastante, mas depois de ter sonhado com um colega comecei a pensar mais em experimentar ter relações com outros homens. Estou assustado comigo próprio, não quero entrar nesse mundo…mas será por isso que nunca tive relações sérias com mulheres?”
Jacinto
Caro Jacinto,
Como as pessoas não heterossexuais acabam por ser discriminadas socialmente sentem-se mal consigo e com os seus sentimentos, mas a atracção pelo mesmo sexo sempre existiu e faz parte da sexualidade humana. Por isso não precisa de ter medo de ser ou não ser homossexual. Não é uma decisão que possa tomar, mas sim uma descoberta de si mesmo e da sua sexualidade, que não deve apressar nem ignorar. É natural que tenha prazer nas relações sexuais com mulheres, ser ou não ser homossexual ou bissexual (sentir atracções pelo sexo oposto e pelo mesmo sexo) não se mede pelo prazer que possa sentir, pois a orientação sexual é bem mais complexa que isso.
Experimente encontrar e conhecer outras pessoas e ambientes não heterossexuais, quer em bares e discotecas, quer em associações da comunidade, sites de internet – assim poderá conhecer outras pessoas que passaram por períodos de confusão e de descoberta e tal poderá ajudá-lo a sentir-se melhor e a perceber o que está a sentir.
“Sou lésbica e eu e minha namorada fizemos amor pela primeira vez. Ela ainda era virgem e sentiu uma certa dor quando eu a acariciava com mais intensidade, mesmo sem penetração, acabando por ficar dorida. Ficámos preocupadas, o que se pode ter passado? Comigo isso não aconteceu!”
Ana Paula, Lisboa
Cara leitora,
podem ter de fazer mais preliminares (beijos, carícias, massagens,…) antes de iniciarem a penetração, para que haja lubrificação vaginal suficiente e não doa no momento nem depois. Há lubrificantes artificiais que podem ser comprados em sex-shops, farmácias ou em alguns supermercados e que vos podem ajudar: com efeitos de aquecimento, de água, de silicone – podem usá-los para massagens e para ajudar à penetração. Por outro lado, pode ter acontecido que haja uma infecção vaginal que tenha causado o prurido e dores que descreve, com alteração da cor. Consultem um médico ginecologista, para que faça uma observação cuidada, pois podem mesmo infectar-se uma à outra durante as relações. Tenham a atenção de procurar um/a ginecologista que conheça questões de mulheres lésbicas, informem-se junto de associações de direitos de lésbicas, gays ou bissexuais, para que encontrem um profissional adequado e que compreenda bem a vossa relação.
“Mantenho um relacionamento com um rapaz um pouco mais novo que eu e gostava de o agradar mais, pois receio que ele me considere demasiado velho e conservador. Falaram-me que também nos homens existe o Ponto G. É verdade?”
João, Coimbra
Caro leitor,
Devo dizer-lhe que é verdade. Também nos homens existe o Ponto G e está localizado na entrada do ânus, pois é uma das zonas mais sensíveis e sexualmente estimulantes do homem. Esta zona trata-se da Próstata, que quando estimulado, pode provocar sensações muito intensas. A maioria dos homens e também de mulheres não está familiarizada com esse facto e por isso não incluem a estimulação da Próstata como parte da sua atividade sexual. A Próstata pode ser estimulada através da introdução gentil de um dedo no ânus. Aconselho-o a experimentar sozinho, utilizando um lubrificante para ajudar a penetração. Se verificar que realmente essa prática lhe provoca prazer, converse com o seu parceiro e procurem experimentar esta prática durante o ato sexual.
Outro aspeto que não deve levar em consideração é o fator da idade. Se o seu companheiro está consigo é porque gosta de si, por isso coloque toda a sua insegurança de lado e viva mais livre e alegremente.