Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

“Quais são as IST?”

Iniciei a minha vida sexual há pouco tempo, e apesar de utilizar preservativo estou preocupado. Gostava de saber exactamente quais são as Infeções Sexualmente Transmissíveis mais comuns, para além da SIDA.

Mário, Montemor-o-Novo

 

 

Caro Leitor,

Efectivamente a SIDA é a doença que mais é divulgada, como antes tinha sido a Sífilis. Quando diagnosticada e tratada em tempo útil, pode evitar-se o contágio de qualquer IST a outras pessoas, e consequentes problemas de saúde. Os sintomas de qualquer IST são, em alguns casos, difíceis de detetar, assim deverá ser efetuado sempre o rastreio ao nível da saúde sexual, mesmo se não evidenciar qualquer sintoma. Se por acaso pensar que foi infectado, o melhor será dirigir-se ao médico, pois não deverá deixar uma infecção destas por tratar, correndo o risco de originar mais problemas e complicações. As IST que se verificam com maior frequência são: o HIV, que conduz à SIDA; as Verrugas Genitais, pequenos e duros inchaços que aparecem junto aos órgãos genitais; o Herpes Genital, semelhante ao cieiro habitual da boca e dos lábios; a Gonorreia que, tanto em homens como em mulheres, poderá ser evidenciada por sensação de ardor ao urinar, só se trata com penicilina; a Sífilis a qual deverá ser detetada logo na fase inicial, pois poderá afetar a saúde de todo o organismo podendo mesmo levar à morte; a Clamídia ou Uretite não específica, na qual os sintomas são semelhantes aos da Gonorreia; a Tricomoníase que é causada por um parasita e que provoca infeções do trato urinário; a Pediculose Púbica que é causada por piolhos, os quais provocam uma comichão intensa na zona púbica; a Vaginite que, geralmente, é causada por uma bactéria devido à falta de higiene adequada da mulher. Como tal, deverá estar atento a quaisquer sinais fora do normal, tanto em si como no seu parceiro, de modo a que sejam tratados na fase inicial. Claro está que a melhor técnica a adoptar será o sexo seguro, isto é, cada vez que tiver relações sexuais, o melhor caminho para a prevenção será o uso regular do preservativo.

“A SIDA é uma infecção sexualmente transmissível. Que outras infecções desse tipo existem?”

Tenho algumas dúvidas sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis, isto porque a que mais é divulgada é a SIDA. Quantas existem e quais são as que se manifestam com maior frequência?

 

Anabela, Barreiro

 

 

Cara leitora,

Efectivamente a SIDA é considerada a mais dominante de todas as IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) no momento, como antes tinha sido a Sífilis. Qualquer IST, quando diagnosticada e tratada em tempo útil, pode evitar o contágio a outras pessoas / parceiros, e consequentes problemas de saúde. Os sintomas das IST são, em alguns casos, difíceis de detectar e por esta razão deverá ser efectuado sempre o rastreio ao nível da saúde sexual, mesmo se não evidenciar qualquer sintoma. Se achar, por qualquer razão, que foi infectada, o melhor será dirigir-se ao médico, pois não deverá deixar uma infecção destas por tratar, correndo o risco de originar mais problemas e complicações. As IST que se verificam com maior frequência são: o HIV, que conduz à SIDA; as Verrugas Genitais, pequenos e duros inchaços que aparecem junto aos órgãos genitais; o Herpes Genital, semelhante ao cieiro habitual da boca e dos lábios; a Gonorreia que, tanto em homens como em mulheres, poderá ser evidenciada por sensação de ardor ao urinar, sendo unicamente tratada com penicilina; a Sífilis, a qual deverá ser detectada logo na fase inicial, pois poderá afectar a saúde de todo o organismo podendo até mesmo levar à morte; a Clamídia ou Uretite não específica, em que os sintomas são semelhantes aos da Gonorreia; a Tricomoníase, causada por um parasita e que provoca infecções do tracto urinário; a Pediculose Púbica que é causada por piolhos, os quais provocam uma comichão intensa na zona púbica; a Vaginite que, geralmente, é causada por uma bactéria devido à falta de higiene adequada da mulher. Como tal, deverá estar atenta a quaisquer sinais fora do normal, tanto em si como no seu parceiro, de modo a que sejam tratados na fase inicial. Claro está que a melhor técnica a adoptar será o sexo seguro, isto é, cada vez que tiver relações sexuais, o melhor caminho para a prevenção será o uso regular do preservativo.

Sinais de Infecções Sexualmente Transmissíveis

Às vezes o meu namorado penetra-me e sinto um ardor na vagina que incomoda, principalmente se for de 4. Queria saber se tenho algum problema?
 
Lia
 
 
 
 
 
Cara Lia,
 
Deve dirigir-se a uma consulta de planeamento familiar sempre que sentir qualquer um deste sintomas:
· Ardor ou prurido;
· Comichão;
· Alteração de cheiro ou aparência dos genitais;
· Corrimento vaginal anormal, frequentemente com mau cheiro ou corrimento uretral
· Presença de vermelhidão, bolhas, verrugas ou vesículas nos órgãos genitais ou à sua volta
· Dor ou sensação de queimadura ao urinar
· Sensação de dor ou queimadura aquando das relações sexuais
· Dores difusas no baixo ventre
· Febre
Como refere ardor na penetração, poderá ter uma infecção sexualmente transmissível, mas apenas um técnico de saúde pode diagnosticar e observar cuidadosamente e propor-lhe um tratamento adequado.
A posição em que tem as relações sexuais pode influenciar na medida em que a profundidade da penetração influencia o contacto na localização exacta do foco da infecção, provocando dor ou ardor posterior.
As consulta de planeamento familiar são gratuitas e estão em centros de saúde espalhados pelo país – informe-se sobre os horários do seu e não hesite em esclarecer esta sua dúvida numa consulta presencial.

Tema de hoje: Problemas Sexuais

Mapplethorpe

 

 

Estou a fazer um trabalho sobre doenças sexualmente transmissíveis, a minha
pergunta é:

Refira a relação entre as doenças sexualmente transmissíveis e as condições de vida de grupos sociais específicos (pobreza, desqualificações, estilos de vida, etc). Acha que me pode ajudar?

António Mendes
 
 
 
Caro António,
Não sei se o poderei ajudar muito pois de momento a minha área de investigação não envolve infecções sexualmente transmissíveis. Para obter informação mais recente e correcta aconselho que consulte a biblioteca da sua escola e tente fazer uma busca em sites profissionais tais como o PubMed, PsycInfo, etc... O que lhe posso dizer é que os resultados de estudos variam bastante dependendo do país onde foi realizado o estudo, etc.... De forma geral, as infecções sexualmente transmissíveis não afectam grupos sociais específicos, mas sim pessoas que têm comportamentos sexuais de risco, como ter sexo ou contactos genitais desprotegidos, sem preservativo. Tal pode acontecer a qualquer pessoa que tenha uma vida sexual activa e com isto não me refiro apenas a relações sexuais com penetração, mas também a carícias, contactos genitais, sexo oral ou anal, entre pessoas do sexo oposto ou do mesmo sexo.
O que me parece essencial na questão das infecções sexualmente transmissíveis é cada pessoa deve conhecer bem o seu próprio corpo e estar atenta a sinais de alterações como comichões, inchaço, dores, mudança de cor, de cheiro ou outras. Quando estes sinais aparecem, deve consultar-se um médico o mais rápido possível, sem vergonhas nem hesitações, de modo a iniciar tratamento se necessário e não ter relações sexuais desprotegidas até ser observada e tratada.
O preservativo é o método de barreira essencial para prevenir o contágio, se bem colocado e retirado na hora certa, e tem muitas vantagens: previne igualmente das gravidezes indesejadas, há em vários sabores, cores, texturas, materiais (látex é o mais utilizado, mas existem outros, como o poliuretano), prolonga a relação sexual…
 
A correcta colocação deste método é:
1) Verificar antes do encontro o estado da embalagem, a data de validade e se tem certificado de qualidade de Comunidade Europeia, que garante que está em boas condições;
2) Quando há uma erecção satisfatória e antes de qualquer contacto genital, abrir a embalagem exterior do preservativo, sem utilizar os dentes, tesouras, unhas ou algo afiado (pode empurrar-se o preservativo para um dos lados da embalagem);
3) Com três dedos (polegar, indicador e médio) agarrar a ponta/recipiente do preservativo, para haver espaço para onde o esperma sair.
4) Logo depois de ejacular, retirar o preservativo a partir da base do pénis, para que não deixe sair nenhum sémen para a zona genital vaginal, dar um nó, embrulhar em papel e deitar num caixote do lixo.
Se se seguir estas regras e apenas se utilizar lubrificante adicional à base de água e nunca à base de óleo, a eficácia na protecção dos riscos sexuais é de 95%.
Espero tê-lo ajudado – bom trabalho!

“Os espermicidas protegem contra Infecções Sexualmente Transmissíveis?”

 

“Tenho um amigo que me disse que os espermicidas ajudam a prevenir o contágio de Infecções Sexualmente Transmissíveis. É verdade?”
 
Carlos, Monte Gordo
 
Caro Leitor,
 
Os espermicidas são contraceptivos cuja função é impedir que os espermatozóides cheguem aos ovários e fecundem o óvulo, ou seja, têm como principal objectivo a prevenção contra uma gravidez indesejada. No entanto, tem-se verificado que para além dessa função os espermicidas ajudam a eliminar alguns micróbios relacionados com algumas infecções sexualmente transmissíveis, entre as quais a clemidia e a gonorreia. É neste sentido que muitos especialistas defendem o uso de espermicida como forma de prevenção das IST para os casais que não podem utilizar o preservativo por razões alérgicas. Todavia, esta teoria não é suportada por todos os especialistas, pois a dose de espermicida que neutraliza os espermatozóides não é a mesma para eliminar os micróbios das IST.

Tema de Hoje: Sexo oral

Fiz sexo oral a duas pessoas diferentes com um intervalo de mais ou menos 3 meses. Há cerca de 3 semanas beijei outra pessoa onde houve uma intensa troca de saliva. Passado um dia ou dois desse beijo comecei a sentir tipo dor de garganta. Vi ao espelho e tinha do lado direito da garganta aquelas bolhas tipo garganta inflamada. Tenho tomado pastilhas para a dor de garganta mas não passa. Será que contraí alguma doença sexualmente transmissível?
Eduarda
Cara Eduarda,
 
Através do beijo não deve ter transmitido mais que uma constipação, gripe, com uma certa inflamação. O sexo oral pode realmente transmitir algumas infecções sexualmente transmissíveis, pelo que deve ir a uma consulta de planeamento familiar ou ao seu médico assistente com alguma urgência clarificar e fazer um diagnóstico rigoroso e presencial.
Não adie esta questão de saúde, pois a falta de tratamento pode piorar em muito os sintomas de infecções.
Lembre-se que também no sexo oral o preservativo a pode proteger de contrair infecções sexualmente transmissíveis e pode utilizar os que têm sabores, para ser mais agradável para si.    
 

Tenho feridas no pénis

Gostava que me pudesse ajudar, sou um rapaz sexualmente activo e apareceram-me duas pequenas feridas na membrana do pénis e gostava de saber o que poderá ser. Outra questão, a minha namorada tem sentindo um ardor ao urinar bem como uma dor insuportável na uretra/clítoris, que lhe
dói ao andar.

 

Obrigado,

Agradecia uma resposta.

 

 

Caro Tiago,

Os sintomas que descreve parecem indicar que tanto o Tiago como a sua namorada tem uma Infecção Sexualmente Transmissível, dessa forma convém que o Tiago consulte um urologista
e que a sua namorada consulte um ginecologista. Até que ambos o façam e ambos recebam tratamento adequado, não devem ter relações sexuais, incluindo penetração, sexo anal ou oral, pois podem continuar a passar a infecção um ou outro repetidamente.

Infecção Sexualmente Transmissível

 

Gostava que me pudesse ajudar, sou um rapaz sexualmente activo e apareceram-me duas pequenas feridas na membrana do penis e gostava de saber o que poderá ser. Outra questão, a minha namorada tem sentido um ardor ao urinar bem como uma dor insuportavel na uretra/clítoris, que lhe dói ao andar. O que pode ser?
 
Obrigado, agradecia uma resposta.
Tiago
 
 
Caro Tiago,
Os sintomas que descreve parecem indicar que tanto o Tiago como a sua namorada têm uma Infecção Sexualmente Transmissivel, desta forma, convém que o Tiago consulte um urologista e que a sua namorada consulte um ginecologista. Até que ambos o façam e ambos recebam tratamento adequado, não devem ter relações sexuais, incluindo penetração, sexo anal ou oral, pois podem continuar a passar a infecção um ao outro repetidamente.

“Como livrar-me de uma infecção vaginal?”

“Tenho 17 anos e namoro com um rapaz. Costumamos ter relações sexuais, mas agora estou desconfiada que tenho uma infecção vaginal, pois sinto ardor já há vários dias e quando faço amor com ele dói-me imenso, da última vez tivemos mesmo de parar. Não sei o que fazer porque não quero dizer à minha mãe que preciso de ir ao médico. Como posso tratar uma infecção vaginal?”

 

Lara, Coimbra

 

Cara leitora,

As infecções vaginais são extremamente incómodas, pelo que não é de estranhar que se queira livrar dela assim que possível. Apesar de não querer dizer à sua mãe que precisa de ir ao médico é essencial ser observada por um ginecologista, pois existem vários tipos de infecção com sintomas semelhantes, pelo que para ter o tratamento adequado é essencial saber de qual se trata. Dirija-se ao seu centro de saúde para que possa ir a uma consulta de planeamento familiar. Ao aplicar um medicamento que não seja adequado ao seu caso a infecção poderá tornar-se ainda mais resistente. A maior parte dos tratamentos para as infecções vaginais usam pomadas e cremes anti-fúngicos aplicados localmente dentro e fora da vagina, podendo ser complementados com um creme que atenue o ardor. Em casos mais graves ou resistentes pode ser prescrito um comprimido. Uma vez que a infecção não vai passar se não for tratada, é essencial que seja vista por um médico.

“Ardor vaginal”

“Tenho 18 anos e iniciei a minha vida sexual recentemente. No entanto, nas últimas vezes em que tenho tido relações com o meu namorado sinto um ardor enorme na zona vaginal, e a pele fica com o aspecto de como  se estivesse "assada", este ardor chega a durar dias após a relação. Quase não consigo urinar. Penso que seja devido à fricção durante o acto. Porque razão isto acontece? O que posso fazer?”

 

Marta,
Coimbra

 

Cara leitora,

Pela sua descrição pode ter desenvolvido algum microorganismo da sua flora vaginal ou ter contraído uma infecção sexualmente transmissível. Utilize produtos ou sabões neutros, pouco agressivos para a flora vaginal. É desejável que consulte um médico de clínica geral ou um ginecologista, que a possam observar e diagnosticar. O seu órgão genital tem uma “flora” composta de microorganismos que protegem a sua saúde genital. No entanto, por vezes, estes microorganismos podem aumentar em número e levar a certos corrimentos, cheiros ou desconfortos, pelo que uma consulta ginecológica é essencial para que um médico lhe faça uma observação, mesmo que apenas externa. É importante que esteja bem lubrificada quando inicia a penetração: demorem-se nas carícias e não parta para ela sem se sentir preparada e bem lubrificada; podem juntar lubrificante adicional, comprado em sexshops, farmácias ou alguns supermercados, para a ajudar, pois nem todas as mulheres têm facilidade na lubrificação vaginal, apesar de se sentirem excitadas.