Estou noiva de um rapaz de quem gosto bastante, mas há dois meses atrás comecei a ter um “affair” com um colega de trabalho. Agora estou bastante confusa e não sei se devo casar com o meu noivo ou se devo acabar a relação.
Isabel, Tavira
Cara leitora,
O casamento é um passo bastante sério e representa um compromisso para a vida inteira. A leitora diz que há dois meses que mantém um caso com um colega de trabalho e por isso não sabe se deve casar com o seu noivo. Essa é uma decisão que só a leitora pode tomar, mas parece-me que se a leitora tem estado a trair o seu noivo com outro homem é porque alguma coisa não está bem no seu relacionamento com o seu noivo. Caso contrário a leitora não sentiria a necessidade de o trair. Pense bem antes de decidir levar por diante os seus planos para casar. O casamento é algo difícil e as probabilidades de divórcio já são tão elevadas entre casais que estão completamente apaixonados, agora imagine as probabilidades entre casais onde um dos membros não tem certeza se deve casar ou não.
"Num período de crise do meu namoro, a minha namorada traiu-me e desde então não consigo esquecer esse acontecimento. Mesmo depois de já a ter perdoado e de a nossa relação estar muito bem essa época não me sai da cabeça!"
Sérgio – Braga
Caro leitor,
O que sente é bastante compreensível pois a sua namorada magoou-o profundamente. Perdoar não significa esquecer, e a confiança é algo que leva tempo a construir, neste caso reconstruir, o que é muito mais trabalhoso. Uma infidelidade pode deixar marcas muitas vezes irreversíveis numa relação o que parece ser o seu caso. Só a sua namorada o pode "curar" dessa instabilidade emocional pela qual está a passar, ela terá de lhe provar novamente que merece o seu amor a sua confiança, e que aquilo só se sucedeu porque vocês estavam a passar por um momento de crise. Faça um esforço e tente ter confiança na pessoa que tem a seu lado, se não conseguir então aí talvez seja melhor parar para pensar se vale a pena continuar com essa relação que só o está a fazer sofrer.
“Desde sempre que o meu marido teve amantes, e eu acabo sempre por descobrir, o que causa muitas brigas. Porém, não consigo deixá-lo porque o amo muito. Como posso lidar com esta situação?”
Rosa, Faro
Cara Leitora,
o mais provável é que o seu marido não mude, pois a leitora já descobriu várias vezes que o seu marido tem amantes e nunca o deixou, e dessa forma ele continua a ter o mesmo comportamento, pois sabe que a leitora nunca o vai deixar. Por isso, cabe a si determinar o que é mais importante para si, se é mais feliz continuando casada, mas tendo para tal de fingir que não sabe o que se está a passar, ou ficar sozinha e possivelmente encontrar alguém que a ame de verdade e que a respeite. Pense bem, pois apenas a senhora pode decidir o que fazer numa situação destas.
“Sempre tive muitas mulheres e muitos relacionamentos, por vezes até em simultâneo. Agora acho que encontrei a mulher dos meus sonhos, mas não sei se conseguirei manter-me fiel a ela.”
Rui, Seixal
Caro Leitor,
o seu problema não está na dificuldade em conquistar as mulheres mas sim em manter-se fiel a apenas uma. Para si é muito complicado manter um compromisso e estar vinculado a uma pessoa, pois isso fá-lo sentir-se como se perdesse a sua independência e liberdade. Uma relação monógama requer uma maior intimidade e empenho, além de compromisso da sua parte para com a sua parceira, coisa que o leitor tem dificuldade em fazer. Porém, neste momento a situação com que se depara é outra. A sua relação está a solidificar-se e por esta razão sente-se ameaçado, pois não consegue limitar-se apenas a uma parceira. Reflicta um pouco, pois a sua tendência para a poligamia é provavelmente um mecanismo de defesa de modo a evitar a entrega emocional plena a uma só mulher e a um posterior desgosto. O seu comportamento poligâmico serve também para o proteger de rejeições e relações fracassadas. Assim, as várias relações que tem em simultâneo servem apenas para mascarar o insucesso de algumas relações, pois é mais fácil ter outra pessoa para apaziguar a situação do que se confrontar com o fracasso. Uma vez que está presentemente numa relação monógama e assim a quer manter, aconselho-o a procurar a ajuda de um especialista que o ajude a ultrapassar a sua dificuldade de se entregar física e emocionalmente a uma só pessoa.
“Sinto que a minha mulher está distante e mais fria. A última coisa que me passou pela cabeça é que ele pode ter outra pessoa. Será que devo perguntar-lhe isso?
Rui, Moscavide
Caro Leitor,
O facto de a sua mulher não lhe parecer tão presente como antes não significa obrigatoriamente que ela tenha um amante. Se a desconfiança é um fator entre vocês e que tem trazido repercussões negativas para o vosso matrimónio, considere importante ter uma conversa séria com a sua mulher antes de fazer acusações infundadas. O melhor será desfazer as dúvidas de uma vez por todas, mostrando a sua mulher o seu descontentamento com a forma como a vossa relação está a ser conduzida e que se ele tiver algum problema o leitor está disposto a fazer o que estiver ao seu alcance para a ajudar.
“Desde sempre que o meu marido teve amantes, e eu acabo sempre por descobrir o que causa muitas brigas. Porém, não consigo deixá-lo porque o amo muito.”
Rita, Faro
Cara Leitora,
O mais provável é que o seu marido não mude, pois a leitora já descobriu várias vezes que o seu marido tem amantes e nunca o deixou, e dessa forma ele continua a ter o mesmo comportamento, pois ele sabe que a leitora nunca o vai deixar. Por isso cabe a si determinar o que é mais importante para si, continuar casada, mas para tal ter de fingir que não sabe o que se está a passar, ou ficar sozinha e possivelmente encontrar alguém que a ame de verdade e que a respeite.
“Há 10 anos que estou casada e nunca fui feliz. O meu marido não me procura mais, por isso arranjei outro homem com quem me sinto realizada sexualmente. Não sei o que devo fazer, pois considero o casamento como algo muito importante e não posso continuar a ter dois homens!”
Filomena, Albufeira
Cara leitora,
há dez anos que está com um homem que não a faz feliz e que não a satisfaz emocional e sexualmente, por isso era de prever que um dia se envolvesse com outro homem que lhe desse mais atenção. Compreendo que considera o casamento como algo bastante importante, mas talvez deva reavaliar a sua relação, pois a união entre duas pessoas só se justifica quando existe felicidade, o que não me parece ser o seu caso. Tire algum tempo para si, deixe de lado as preocupações com os homens da sua vida e coloque a sua felicidade e bem-estar em primeiro lugar. Concentre-se nas suas qualidades e força interior para realizar os seus objectivos. Talvez fosse bom passar um tempo sozinha para que possa organizar as suas ideias, pois só estando em harmonia consigo mesma poderá entregar-se de corpo e alma à felicidade.
“Já há alguns anos que eu e o meu marido tentamos ter um filho, mas nunca conseguimos. Há pouco tempo fui sair com umas amigas e fomos a um bar, onde me envolvi com outro homem e engravidei dele. Agora não sei o que fazer, devo contar este deslize ao meu marido?”
Cristina, Amarante
Cara Leitora,
Encontra-se efectivamente numa situação muito complicada. Numa noite de pura diversão resolveu praticar um acto irresponsável pensando ser um acto isolado e sem grandes consequências, mas que se tornou num pesadelo, vindo agora a causar sérios problemas. Quanto a saber se deve contar este deslize ao seu marido, a decisão está nas suas mãos, mas se optar por lhe contar muito provavelmente este segredo irá fragilizar a vossa relação. É perfeitamente legítimo que o seu marido se possa sentir traído e bastante encolerizado com a situação. Se decidir contar ao seu marido e ele apesar de tudo o que aconteceu a conseguir perdoar e continuar do seu lado, então é porque ele realmente a ama, mas prepare-se pois uma bomba dessas mais provavelmente levará a uma ruptura.
"Tenho 55 anos, sou casado há 20 anos e o meu casamento sempre foi feliz. No entanto, há um ano, uma amiga do meu filho começou a frequentar a minha casa e depois de várias visitas envolvemo-nos. Sinto-me bastante atraído por ela, mas sinto vergonha de estar a fazer o que faço à minha esposa.”
Carlos, Seixal
Caro leitor,
A situação que está a viver está-lhe a causar instabilidade emocional uma vez que te mantido uma relação extra-conjugal com uma amiga do seu filho. O leitor diz sentir-se envergonhado por estar a trair a sua esposa, mas não acaba a relação que mantém com essa rapariga. A relação que mantém com a sua esposa é baseada em algo sólido tal como a amizade, carinho e companheirismo, enquanto que a relação que mantém com a amiga do seu filho é baseada em algo passageiro e superficial como a luxúria e a atracão sexual. Cabe a si reflectir e averiguar em qual das relações se sente melhor e quais as suas metas. Deve evitar continuar a viver nesse dilema que já dura há um ano. Viver relações
simultâneas não é justo nem correcto para nenhuma das partes.