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Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

“Masturbo-me em público para me aliviar do stress.”

 

Sou casado e tenho 46 anos. Tenho uma boa vida, mas sempre me atraiu masturbar-me em público. Consegui controlar isto toda a vida, mas agora gosto de sair do trabalho e ir para lugares públicos arriscar ser visto, por exemplo, parques de estacionamento com movimento, saídas de supermercados, semáforos… Tenho vergonha de mim próprio e muito medo das consequências, mas o prazer e a descarga que isto me dá são muito fortes.”

 

José Manuel, Vila Nova de Gaia

Caro Leitor,

A masturbação é um comportamento normal e que pode mesmo aliviar do stress em algumas situações. Do que conta o problema não é fazê-lo, mas os sítios e situações em que faz, pois as pessoas à sua volta não têm oportunidade de consentir vê-lo a mostrar a sua sexualidade. Saiba que é um crime e pode trazer-lhe complicações sérias, para além de que cada vez que o fizer ficará com mais sentimentos de culpa e, através da masturbação e do prazer que ele fisiologicamente lhe dá, aumenta a dificuldade de controlar o seu impulso e parar esses comportamentos por sua vontade.

Esse seu comportamento é chamado de exibicionismo e envolve a exposição dos seus genitais a estranhos, por vezes com a intenção clara de chocar ou surpreender o espectador – é considerado uma parafilia, ou seja, uma perturbação sexual e há tratamentos sexológicos para o ajudar a ultrapassar isso. Enquanto não os fizer, pode desde já masturbar-se na casa de banho do seu trabalho, antes de sair e sentirá uma satisfação, na sua privacidade e sem incomodar outros. Como é casado pode pedir igualmente ajuda à sua mulher, através do uso de fantasias nas vossas relações sexuais, em vez de recorrer a estranhos.

Procure ajuda com um especialista em sexologia, com ajuda verá que pode sentir-se melhor consigo mesmo e com a sua sexualidade, sem se colocar em perigo nem incomodar ninguém. 

Afectos entre Crianças e Adultos

 

A prof. Helena Juergens no Programa Essência de Ana Marques

 

Conhecemos o amor e o carinho logo cedo nas relações entre crianças e adultos, nas relações de vinculação entre pais/cuidadores e bebés, o que prepara a nossa sexualidade futura.

Infelizmente,  existem casos em que os adultos traem o desenvolvimento da criança e abusam do poder que têm sobre ela, que não pode saber ainda o que é o consentimento em sexualidade e relações sexuais, com abusos sexuais ou pedofilia.

 

A Pedofilia é uma parafilia, cujo foco parafílico implica a actividade sexual com crianças na pré-puberdade, sendo que o sujeito com pedofilia tem de ter pelo menos 16 anos ou ser 5 anos mais velho que a criança. A atracção pode ser pelo sexo feminino ou masculino, ou por ambos, sendo que as vítimas femininas são mais frequentes.

As pessoas com pedofilia agem sob estes seus impulsos e atracções, mas tal pode constituir vários comportamentos: desde despir a criança e observá-la, exibir-se a masturbar-se perante a criança, tocar na criança e acariciá-la, até realizar fellatio e cunnilingus e penetração vaginal ou anal, com os dedos, objectos ou com o pénis.

A pedofilia é egossintónica, ou seja, o pedófilo com fantasias, impulsos ou comportamentos não sente mal-estar significativo consigo mesmo. Outras pessoas que sentem as mesmas atracções ou impulsos, mas não agem sob eles, não têm comportamentos pedófilos nem padrões de excitação pedófilos não devem ser consideradas pedófilas, embora possa beneficiar de tratamento.

As pedofilia é crime e deve ser denunciada às autoridade competentes, tal como receber tratamento especializado sexológico, quer para as vítimas, os perpetradores ou para os cuidadores da criança.