"Tenho 15 anos e quero iniciar a minha vida sexual, mas tenho vergonha de perguntar aos meus amigos como se coloca o preservativo e também tenho muito receio de fazer algo errado e contrair uma doença ou engravidar a minha namorada. Não quero que ela perceba a minha inexperiência, pode ajudar-me?"
Sandro, Faro
Caro leitor, de facto antes de iniciar a sua vida sexual é muito importante saber aquilo que deve fazer para se proteger a si e à sua namorada contra infecções e doenças e evitar uma gravidez indesejada, e o uso do preservativo é indispensável para que possa viver a sua vida sexual em segurança. Compre uma caixa de preservativos numa farmácia ou supermercado, escolhendo uma marca com eficácia comprovada no mercado. Aconselho-o a experimentar primeiro sozinho, para se sentir mais à vontade, usando-o depois com a sua namorada quando já estiver totalmente à vontade com a colocação e o uso do preservativo. Antes de o usar, verifique a data de validade da caixa, sempre que um preservativo lhe parecer danificado rejeite-o. Tenha sempre o cuidado de guardar os seus preservativos num local seco e arejado, afastado da exposição solar directa. Abra então a caixa e retire um preservativo, rasgando com cuidado a embalagem – use as mãos e não os dentes! Aperte suavemente a ponta do preservativo entre o seu dedo indicador e o polegar. É importante deixar este espaço, para ter espaço para o sémen ejaculado. Deve colocar o preservativo sempre com o pénis erecto. Encoste-o à cabeça do pénis e, continuando a segurar a ponta com os dois dedos, desenrole-o cuidadosamente até à base, utilizando a outra mão. Tenha o cuidado de apertar sempre suavemente, evitando desta forma a entrada de ar. Quando tiver desenrolado completamente, verifique se está bem preso, puxando suavemente a ponta – o preservativo não deve deslizar nem sair. Retire o preservativo depois de ejacular, segurando a ponta com muito cuidado para evitar que o sémen saia. Retire-o totalmente e dê um nó para não derramar o líquido, deite-o depois no lixo (e não na sanita!). Vai ver que ao fim de algumas vezes se tornará um gesto absolutamente natural para si, e muito responsável!
“Tenho 15 anos e sou virgem. Namoro com uma rapariga de 14 anos que também é, e temos experimentado algumas práticas sexuais. Há umas semanas eu e a minha namorada mantivemos em contacto os nossos sexos sem haver penetração, mas quando a estava a masturbar apercebi-me que havia sangue e parámos, pois pensámos tratar-se do seu período. Ela diz que afinal não foi o período e não sabe o que se passou. Como ela é virgem, será que rompeu o hímen?
Bruno, Évora
Caro leitor,
uma vez que a sua namorada é virgem, é bem possível que com as carícias resultantes da vossa aventura sexual ela tenha rompido o hímen. O hímen é uma membrana que cobre a entrada da vagina, e algumas mulheres têm hímenes bastante elásticos que não se rompem com tanta facilidade, enquanto que outras mulheres têm hímenes bastante sensíveis que se podem romper sem que haja qualquer tipo de penetração. Algumas mulheres rompem o hímen enquanto praticam ginástica ou equitação, enquanto que outras só o rompem durante o coito. Por isso, não se preocupe pois provavelmente o hímen da sua namorada rompeu-se enquanto o leitor a estava a acariciar. Será aconselhável, de qualquer das formas, que ela conte esta situação ao seu médico ginecologista.
“Tenho 19 anos e comecei este ano a namorar com um colega da faculdade. No entanto, sou virgem e ainda não conseguimos ter relações sexuais. Tentámos por duas vezes mas tivemos de parar porque eu sentia muitas dores, a minha vagina é muito apertada. Fui ao médico e não tenho infeções nem nenhum problema de saúde. Agora estou com muito medo de o perder porque estamos separados, só no final de Dezembro voltamos a estar juntos. Ele diz que me ama e que espera, mas não quero perdê-lo…”
Ana, Mértola
Cara leitora,
A dificuldade que tem tido em ter relações sexuais relaciona-se, pelo que descreve, no seu receio e na pressão que coloca sobre si própria em ter um bom desempenho. A relação sexual não garante um romance feliz, embora seja uma parte fundamental do mesmo. A cumplicidade, a confiança e o diálogo são essenciais para construir uma relação, e se estes existirem de forma sólida o seu relacionamento aguentará não só o afastamento como todo o tempo que tiver de esperar até sentir-se pronta. A resposta sexual do seu corpo, “fechando-se”, pode estar relacionada com o medo que sente e a pressão em não desiludir o seu companheiro. Assim, aproveite este tempo em que estão afastados para incrementar a confiança entre vós, estimulando a vossa relação sexual mesmo que não se possam ver. Explorem as vossas fantasias, converse pelo telefone e através da Internet, escreva-lhe cartas e envie-lhe bilhetes picantes, para manter acesa a chama da paixão. Dediquem o máximo de tempo possível a conhecerem-se melhor, para que quando voltarem a estar juntos possa sentir-se mais segura na relação e, dessa forma, relaxar e saborear o momento, sem pressão.
“Tenho 19 anos e ainda sou virgem, mas namoro há seis meses com um rapaz com quem planeio perder a virgindade. Tenho receio das dores, porque as minhas amigas que já perderam a virgindade relatam experiências dolorosas. Como posso evitar que isso aconteça comigo?”
Joana, Barcelos
Cara leitora,
A chamada “primeira vez” pode, de facto, não ser tão idílica como acontece nos filmes, pois a esse momento estão associados nervosismo, ansiedade e falta de à vontade que podem defraudar as expetativas e criar cenários muito diferentes daqueles que antes se idealizaram. Antes de mais, é importante assegurar-se de que quer dar esse passo e fazê-lo em segurança. Deve ir ao médico e pedir ao seu namorado que faça também exames para ter a certeza de que não corre riscos para a sua saúde. Depois, é fundamental usar preservativo, que além de a proteger contra uma gravidez indesejada também a protege de infeções sexualmente transmissíveis. Em relação às dores, não pense antecipadamente que as vai ter, pois quanto mais relaxado o seu corpo estiver menor probabilidade terá de sentir dores. Ter uma boa lubrificação é essencial, e nesse sentido aconselho a que dediquem bastante tempo aos preliminares, explorando toques, carícias, masturbação mútua e sexo oral antes de passarem à penetração. Quanto melhor forem conhecendo o corpo um do outro, reconhecendo aquilo que lhes dá prazer, maiores probabilidades terão de que a relação sexual flua de forma harmoniosa e sem dores. Só devem avançar quando se sentir preparada e quando o seu corpo estiver completamente relaxado e excitado, para que a lubrificação facilite a penetração. Podem usar um lubrificante à base de água e devem avançar gradualmente para que o corpo possa habituar-se, sem movimentos bruscos. A comunicação, verbal e não verbal, é também um ponto chave para que tudo corra bem, por isso não tenha receio de ir dizendo ao seu namorado aquilo que sente e de deixar que o seu corpo se manifeste, para que ele possa compreender de que forma gosta mais de ser tocada, e como podem proporcionar maior prazer um ao outro.
Iniciar a vida sexual é uma escolha individual. E essa decisão deve ser pensada e tomada com maturidade. A primeira relação sexual gera muitas dúvidas: vai doer? Vai sangrar? É o momento certo? Não existe uma altura certa para estar preparado para iniciar a vida sexual. A primeira vez é sempre diferente de pessoa para pessoa.
A iniciação sexual, para a maioria das pessoas, é uma situação de ansiedade, acompanhada de excitação e medo. Ela pode representar o amor, mas pode, também, ser fonte de sentimentos de frustração e de desilusão. Ninguém esquece a primeira relação sexual, porque normalmente imaginamos uma coisa e criamos muitas expetativas de como vai ser esse momento, o que muitas vezes não corresponde à realidade.
Ser virgem significa nunca ter tido um contato sexual, para outros, significa nunca ter tido uma relação com penetração; outros ainda, atribuem o rompimento do hímen à perda da virgindade. Não existe portanto uma definição consensual do que é a virgindade. O significado mais comum atribuído à virgindade tem a ver com a prática sexual, em que existe a penetração do pénis na vagina havendo o rompimento do hímen.
Alguns hímenes rompem logo nas primeiras relações sexuais e provocam um sangramento, enquanto outros, por serem mais flexíveis, alargam e não sangram. Mas também se pode dar o caso de uma mulher não ter hímen, ter nascido sem ele.
Iniciar a vida sexual é uma escolha individual. E essa decisão deve ser pensada e tomada com maturidade. A primeira relação sexual gera muitas dúvidas: Vai doer? Vai sangrar? É o momento certo? Não existe uma altura certa para estar preparado para iniciar a vida sexual. A primeira vez é sempre diferente de pessoa para pessoa.
A iniciação sexual, para a maioria das pessoas, é uma situação de ansiedade, acompanhada de excitação e medo. Ela pode representar o amor, mas pode, também, ser fonte de sentimentos de frustração e de desilusão. Ninguém esquece a primeira relação sexual, porque normalmente imaginamos uma coisa e criamos muitas expetativas de como vai ser esse momento, o que muitas vezes não corresponde à realidade.
Ser virgem significa nunca ter tido um contato sexual, para outros, significa nunca ter tido uma relação com penetração; outros ainda, atribuem o rompimento do hímen à perda da virgindade. Não existe portanto uma definição consensual do que é a virgindade.
O significado mais comum atribuído à virgindade tem a ver com a prática sexual, em que existe a penetração do pénis na vagina havendo o rompimento do hímen. Alguns hímenes rompem logo nas primeiras relações sexuais e provocam um sangramento, enquanto outros, por serem mais flexíveis, alargam e não sangram. Mas também se pode dar o caso de uma mulher não ter hímen, ter nascido sem ele
Mitos da virgindade
* O tampão não tira a virgindade;
* Quem se masturba não deixa de ser virgem, mesmo que a masturbação seja a dois;
* Se a rapariga/mulher não sangrar na primeira relação sexual não significa que ela não é virgem.
A dor
Por outro lado, a primeira relação sexual não implica necessariamente dor. Os mitos acerca do rompimento do hímen, da penetração, são passados de boca em boca, de geração em geração. É claro que a precipitação, a falta de confiança, o medo e a ansiedade podem fazer com que os músculos da vagina fiquem mais contraídos e que não lubrifique tanto. Nestas circunstâncias, a relação sexual pode ser um pouco desconfortável. Quando um casal se sente preparado para ter uma relação sexual, quando sente que chegou o momento, quando dispõe de tempo, basta deixar crescer o desejo, relaxar e desfrutar da intimidade a dois. As carícias, os gestos ternos, as palavras ditas com carinho, afeto e cuidado podem ajudar a descontrair.
A idade ideal
Não existe uma idade, uma hora ou um espaço indicado ou aconselhado. Para uma pessoa a idade certa pode ser uma, para a(o) outra pode ser diferente. Tudo depende dos sentimentos, do desejo, da segurança, do sentido de responsabilidade, da maturidade física e afetiva.
A sexualidade na asolescência
Para os pais que têm filhos numa fase de grandes mudanças, como é a adolescência, há que deixar os tabus para trás e abrir a mente. Em primeiro lugar, tenha em atenção que, embora não se deva considerar a melhor amiga do seu filho ou da sua filha, é em si que eles devem apoiar-se para esclarecer muitas das suas dúvidas, bem como resolver alguns problemas. Se nunca se mostrar disponível para o diálogo, então será nos amigos da mesma idade, que sabem tanto quanto eles sobre o assunto, que estes irão procurar informação sobre sexo, ou outros assuntos, que pouco ou nada se sentem à vontade para partilhar consigo.
Como muitos pais não se preparam para o início da vida sexual dos seus filhos adolescentes, estes acabam por se colocar em situações de risco, tais como: gravidez prematura, contacto com doenças sexualmente transmissíveis ou experiências sexuais desagradáveis. E não falamos apenas de países subdesenvolvidos!
Tenha em conta que não é pelo facto de falar com o seu filho sobre sexo que este iniciará a sua vida a este nível levianamente. E para que isso não suceda explique-lhe que o sexo é algo bom e natural, mas tem um momento certo para acontecer, que temos que estar psicologicamente e fisicamente preparados. E se dúvidas houver, os especialistas dizem que meninos e meninas devem receber o mesmo tipo de orientações. Não podem existir preconceitos. O ideal é que seja o pai a dialogar com os filhos e a mãe a esclarecer as filhas.
O hímen é uma membrana de pele muito fina que existe um pouco depois da entrada da vagina. As suas características diferem de mulher para mulher em função do seu grau de elasticidade.
“Estou muito preocupado com o que me aconteceu na minha primeira vez. Namoro há 2 meses, tenho 18 anos, e tentámos ter relações sexuais pela primeira vez, na casa dela quando os pais estavam fora. Não consegui fazer nada, sentia-me muito nervoso e agora tenho medo que ela conte aos nossos amigos e me deixe. Por favor, ajude-me.”
Hugo, Braga
Caro leitor,
O que lhe aconteceu é muito normal nas primeiras tentativas de ter relações sexuais: ficou ansioso por ser a primeira vez, por querer agradar à sua parceira, por não estar seguro de que vá correr bem, pode também ter medo de engravidar a sua parceira cedo demais na vossa vida…Podem ser muitas as preocupações – mas não desespere! Fale com ela sobre aquilo que o preocupa e vai ver que também ela pode ter preocupações semelhantes e tal irá aproximar-vos e deixar-vos mais à vontade para a descoberta da sexualidade. Aconselho-o igualmente a masturbar-se sozinho e a colocar o preservativo masculino (que pode ter gratuitamente em centros de saúde, centros de jovens ou outros), para que se habitue e se sinta mais à vontade e confortável com este método contraceptivo e de protecção das infecções sexualmente transmissíveis.
É importante que comuniquem e preparem a vossa primeira relação. Não se apressem, relaxem, acariciem-se durante muito tempo – fazer amor não é só a penetração, mas a intimidade, o carinho, podem fazer massagens, inventar brincadeiras para descobrirem o que vos dá mais prazer, experimentar óleos, lubrificantes, brinquedos eróticos… deixem-se levar pela imaginação!