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Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

“Traí o meu namorado…”

 

“Tenho 19 anos e namoro há 4 anos. É o meu primeiro namorado e amo-o, temos uma ótima vida sexual, mas a verdade é que já o traí algumas vezes. Gosto de sair sozinha e de sentir que estou a conquistar alguém, foi sempre isso que me levou a trair. Será que nunca vou conseguir ter um compromisso?”

 

Gabriela, Lisboa

 

Cara leitora,

Em primeiro lugar é de frisar que deve sempre usar preservativo e evitar comportamentos de risco, já que está a pôr em causa a sua saúde e a do seu namorado, que não sabe o que se passa. O sexo casual pode ser excitante, mas pode ser também muito perigoso. O facto de ter necessidade de aventura é natural, dada a sua idade e também uma vez que esta é a sua primeira relação séria. Mais tarde poderá, de forma natural, assumir um compromisso, mas por enquanto e dadas as circunstâncias o melhor será terminar a sua relação e desfrutar a vida, sempre de forma segura e sem se expor a riscos.

 

“Confessei-lhe que fingia o orgasmo!”

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 “Estou há três anos com o meu namorado e finalmente ganhei coragem para confessar que sempre fingi o orgasmo, pois nunca tive um orgasmo, nem com ele nem com nenhum outro parceiro. Ele foi bastante compreensivo, e não tinha tido relações sexuais antes de mim, mas neste momento sinto-me insegura, pois cada vez que começo a manifestar excitação tenho medo que ele pense que estou a fingir. O que hei-de fazer?”

Bárbara, Nazaré

Cara leitora,

O facto de ter ganho coragem para contar a verdade é extremamente positivo e é o primeiro passo para conseguir efetivamente ter prazer. A comunicação honesta e sincera entre os parceiros é fundamental para ter uma vida sexual satisfatória para os dois. Para conseguir ter um orgasmo verdadeiro, liberte-se da pressão de o conseguir. Experimente fazê-lo primeiro através da masturbação, sem pressas, e diversificando as vossas atividades sexuais, experimentando através do sexo oral, da masturbação mútua, etc. Concentre-se nas sensações, a sós ou com o seu par, sem querer controlá-las, entregando-se simplesmente a elas. Quanto mais relaxar, mais fácil será. Se mesmo assim não conseguir, não desanime. Uma vez que diz nunca ter tido um orgasmo pode ser necessário consultar um terapeuta que possa fazer um acompanhamento personalizado do seu caso.

“Amo-o, mas não quero fazer amor…”

bored couple | TENNIS LIFE MAGAZINE“Tenho 38 anos e sou casada. Não sei porque é que isto acontece, mas há mais ou menos 2 anos que deixei de ter vontade de ter relações sexuais com o meu marido. Finjo dores de cabeça ou digo que tenho sono, evitando a todo o custo, mas continuo a amá-lo como antes. Preciso de resolver esta situação, mas não sei como.” Maria Joana, Viseu 

Cara leitora,

A inibição de desejo feminino ou apatia sexual é um transtorno muito mais comum do que podemos imaginar, atinge tanto mulheres casadas, como solteiras, sem distinção de idade ou classe social, por isso não se sinta única na vivência desta situação. São vários os fatores que podem contribuir para a diminuição do desejo sexual, nomeadamente uma depressão, estados de ansiedade, gravidez, o nascimento de uma nova criança e doenças crónicas tais como o cancro. Faça uma análise dos últimos dois anos da sua vida e tente identificar o fator que possa ter causado o seu desinteresse sexual. A melhor forma de resolver esse problema deve ser encontrada por si e pelo seu marido, através de uma conversa franca e aberta, partilhando emoções e sentimentos. Explique ao seu companheiro o que sente, transmitindo-lhe as suas dúvidas, mas também o amor que sente por ele e a vontade de resolver toda esta situação. Deve em conjunto com o seu companheiro percorrer uma longa caminhada, tendo em vista a melhoria da relação e satisfação conjugal. Um terapeuta sexual pode dar-vos uma ajuda importante nesse sentido, fazendo-vos perceber de que forma podem melhorar o vosso relacionamento.

“Acho que ele me trai com outra mulher!”

“Sou casada há 23 anos e sempre tivemos uma boa relação. Mas ultimamente estou preocupada porque o meu marido parece mais distante de mim, sinto que ele não me está a contar qualquer coisa e já comecei a pensar que deve ter outra mulher. O que devo fazer? Tenho medo que ele me deixe…”

Joana, Famalicão

 

Cara leitora,

Pela sua carta é muito difícil saber o que poderá passar-se com o seu marido e consigo. A comunicação no casal é essencial, mesmo que descubram partes de vocês mesmos difíceis de aceitar. Não alimente os seus medos apenas com base na distância dele: pode dever-se a problemas no trabalho, problemas financeiros, alguma preocupação que lhe quer poupar… talvez precise da sua ajuda e tenha também medo de lhe pedir ou de assumir que tem alguma dificuldade.

Fale com ele sem o pressionar a exprimir qualquer coisa (que até pode não existir!), mostre-se disponível e aberta a ouvi-lo e mostre que gostava de o poder apoiar e compreender, sem vergonha de lhe mostrar que se sente insegura e com medo da sua distância.

 

“Quando faço amor penso no meu ex.”

Gay man with tattoo lying on bed – Stockphoto

 “Sei que não é o mais correto, mas quando estou com o meu atual namorado dou por mim a pensar no meu ex-namorado com algum sentimento de nostalgia. O que devo fazer para contrariar esta situação? Já me sinto mal com tudo isto…”

Paulo, Braga

Caro Leitor,

Procure não se sentir culpado, pois nem sempre é fácil controlar os nossos sentimentos. Contudo, o leitor deve fazer uma análise profunda de modo a verificar a razão pela qual não consegue tirar o seu ex-namorado do seu pensamento. Porém, se verificar que não se consegue concentrar totalmente na relação que mantêm atualmente, aí a questão já se torna mais complexa e, nesse caso, deve ponderar os seus verdadeiros sentimentos em relação ao seu atual namorado. Desta forma, deve fazer uma avaliação clara e consciente sobre a sua vida afetiva e sobre tudo aquilo que deseja daqui para frente para que seja feliz e, também, para que não faça o seu namorado sofrer com as suas atitudes. Pondere bem sobre o verdadeiro significado da sua relação atual para que saiba as decisões que deve tomar.

 

“Serão saudades da minha ex-namorada?”

“Acabei uma relação há cerca de um ano e tenho outra namorada, que é linda e desejável. No entanto, de há uns tempos para cá comecei a sentir falta da minha ex-namorada, tenho andando em baixo e aconteceu-me uma coisa que nunca tinha sucedido antes, não consigo segurar a ereção. Será que se trata de uma depressão? A verdade é que perdi o interesse na minha namorada atual… devo contactar a minha ex?”

 

Cláudio, Beja

 

Caro leitor,

Por aquilo que descreve parece já ter encontrado a explicação para o seu problema. A depressão e o stress interferem no desempenho sexual, mas à partida o facto de pensar constantemente na sua ex pode estar relacionado com a perda de interesse pela sua parceira atual (e não o contrário). Se estivesse satisfeito com a sua relação atual não pensaria numa relação que, se fosse satisfatória, não teria terminado. Assim o melhor será terminar com a sua atual namorada e, antes de entrar em contacto com a sua ex, avaliar o que se passa consigo. Deve consultar o seu médico, caso tenha outros sintomas depressivos. Se continuar com o desejo de retomar o contacto com a sua ex pode fazê-lo, estando, no entanto, preparado para uma possível rejeição que pode, ainda assim, ajudá-lo a aceitar definitivamente o fim. Deve ter também em consideração o estado de calamidade em que vivemos, evitando correr riscos. Lembre-se também que só quando estiver tudo bem claro na sua cabeça pode e deve iniciar outro relacionamento – é mais honesto consigo, e com a pessoa com quem está.

Ela quer fazer sempre a mesma coisa!”

Quarantines, Cabin Fever, And Baby Booms | Jack Fisher's Official  Publishing Blog“A minha esposa quer fazer amor sempre da mesma maneira porque acha que se assim temos prazer não há motivo para mudar. Já tentei pedir-lhe para fazermos outras posições mas ela não quer mudar, e confesso que isto me está a fazer perder o desejo por ela. O que hei-de fazer?”

Nuno, Sacavém

Caro leitor,

A questão principal tem a ver com a comunicação entre os parceiros. Nem sempre as duas pessoas apreciam o mesmo tipo de práticas, mas importa compreender quais são os motivos que levam a sua esposa a não querer mudar. Poderá haver receios que ela não manifesta ou pode não se sentir suficientemente à vontade com o seu corpo e com a sua sexualidade, preferindo manter uma postura dentro do que ela considera tradicional. Pode, também, haver algum tipo de experiência que a marcou de forma negativa, mesmo que não tenha acontecido especificamente com ela, e que ela associe a algo que é desagradável ou indesejável. Assim, lembre-se que se não conversar abertamente com ela, deixando sobretudo espaço para que ela se sinta confortável a explicar os motivos que a levam a agir dessa forma, estará a afastar-se cada vez mais, e será cada vez mais difícil preservar a união. Quando um casal se cala em relação a algo que está a incomodar um ou os dois, está apenas a deixar que aumente a distância entre ambos, chegando a pontos muitas vezes irreversíveis. Pode ser benéfico para ambos, também, fazer terapia de casal com um terapeuta especializado, mesmo que as consultas sejam feitas por videochamada.

“Ela quer fazer sempre a mesma coisa!”

Annoyed guy eye roll and facepalm irritated | Free Picture on Freepik

“A minha esposa quer fazer amor sempre da mesma maneira porque acha que se assim temos prazer não há motivo para mudar. Já tentei pedir-lhe para fazermos outras posições mas ela não quer mudar, e confesso que isto me está a fazer perder o desejo por ela. O que hei-de fazer?”

Nuno, Sacavém

Caro leitor,

A questão principal tem a ver com a comunicação entre os parceiros. Nem sempre as duas pessoas apreciam o mesmo tipo de práticas, mas importa compreender quais são os motivos que levam a sua esposa a não querer mudar. Poderá haver receios que ela não manifesta ou pode não se sentir suficientemente à vontade com o seu corpo e com a sua sexualidade, preferindo manter uma postura dentro do que ela considera tradicional. Pode, também, haver algum tipo de experiência que a marcou de forma negativa, mesmo que não tenha acontecido especificamente com ela, e que ela associe a algo que é desagradável ou indesejável. Assim, lembre-se que se não conversar abertamente com ela, deixando sobretudo espaço para que ela se sinta confortável a explicar os motivos que a levam a agir dessa forma, estará a afastar-se cada vez mais, e será cada vez mais difícil preservar a união. Quando um casal se cala em relação a algo que está a incomodar um ou os dois, está apenas a deixar que aumente a distância entre ambos, chegando a pontos muitas vezes irreversíveis. Pode ser benéfico para ambos, também, fazer terapia de casal com um terapeuta especializado, mesmo que as consultas sejam feitas por videochamada.

“Apaixonei-me por um rapaz mais novo”

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“Tenho 35 anos, sou divorciada e não tenho filhos, mas tenho receio de assumir a relação com um rapaz 10 anos mais novo do que eu, e não sei o que devo fazer, pois ele está a pressionar-me para o fazer.

 

Luísa, Carregado

Cara leitora,

É comum a insegurança que diz sentir nesta situação, pois trata-se de um cenário menos comum numa sociedade que infelizmente ainda faz muitos juízos de valor. No seu caso, faça uma avaliação dos seus sentimentos por esse rapaz, e do rumo que essa relação poderá ter, uma vez que tem sido uma relação camuflada e longe dos olhares das outras pessoas. Tenha uma conversa franca com o seu companheiro de modo a averiguar se ele está na disposição de assumir publicamente o vosso amor, bem como todas as consequências que disso podem advir. Se verificar que, de facto, essa relação reúne condições para seguir em frente, por mais que lhe custe, não a oculte da sua família e amigos. Conte-lhes a verdade pois de facto você não está a fazer nada de errado, e tem todo o direito de ser feliz.

“Ela quer fazer sempre a mesma coisa!”

“A minha esposa quer fazer amor sempre da mesma maneira porque acha que se assim temos prazer não há motivo para mudar. Já tentei pedir-lhe para fazermos outras posições mas ela não quer mudar, e confesso que isto me está a fazer perder o desejo por ela. O que hei-de fazer?”

Nuno, Sacavém

Caro leitor,

A questão principal tem a ver com a comunicação entre os parceiros. Nem sempre as duas pessoas apreciam o mesmo tipo de práticas, mas importa compreender quais são os motivos que levam a sua esposa a não querer mudar. Poderá haver receios que ela não manifesta ou pode não se sentir suficientemente à vontade com o seu corpo e com a sua sexualidade, preferindo manter uma postura dentro do que ela considera tradicional. Pode, também, haver algum tipo de experiência que a marcou de forma negativa, mesmo que não tenha acontecido especificamente com ela, e que ela associe a algo que é desagradável ou indesejável. Assim, lembre-se que se não conversar abertamente com ela, deixando sobretudo espaço para que ela se sinta confortável a explicar os motivos que a levam a agir dessa forma, estará a afastar-se cada vez mais, e será cada vez mais difícil preservar a união. Quando um casal se cala em relação a algo que está a incomodar um ou os dois, está apenas a deixar que aumente a distância entre ambos, chegando a pontos muitas vezes irreversíveis. Pode ser benéfico para ambos, também, fazer terapia de casal com um terapeuta especializado, mesmo que as consultas sejam feitas por videochamada.