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“Comecei a tomar a pílula, tomei-a sempre sem esquecimentos e por volta da mesma hora. Na semana passada tomei a última pílula da caixa e iniciei a semana de pausa. Tive logo sinais de sangue e no terceiro dia senti umas dores ligeiras e notei um pouco mais de fluxo (o que acho normal). Só que nesse mesmo dia tive relações sexuais com o meu namorado, mas usamos preservativo e ele ejaculou fora da minha vagina. E para além disso tivemos cuidado ao colocar o preservativo e de ver se se tinha rompido (o que não aconteceu).
A minha preocupação está se pode haver algum risco de ocorrer uma gravidez! Apesar de todos os cuidados não consigo estar descansada e gostava que a Drª me ajudasse. É normal toda esta preocupação e medo de engravidar? Fico sempre assim.”
Sandra, Barcarena
Cara leitora,
A sua preocupação é um pouco excessiva para quem toma a pílula corretamente, como me diz, e utiliza preservativo igualmente. A proteção dupla é muito eficaz na prevenção da gravidez indesejada e da transmissão de infeções sexualmente transmissíveis. Repare que na semana de pausa entre as caixas de pílula continua protegida da gravidez indesejada.
A sua ansiedade com a gravidez pode prejudicar a sua capacidade de se entregar ao prazer do sexo, pelo que deve refletir sobre ela, sozinha e com o seu namorado. Podem optar por ter sexo não penetrativo, em algumas relações sexuais, para ter prazer sem essa preocupação com a penetração.
Pense bem se não se estará a sentir culpada por ter relações sexuais antes do casamento, por exemplo, pois por vezes as mulheres deixam-se influenciar por preconceitos sociais infundados e injustos para com elas. Não ligue a essas ideias feitas e divirta-se na sua sexualidade.
“Tenho algumas dificuldades a por o preservativo, e já pensei em usar lubrificante para que se torne mais fácil. No entanto, gostava de saber se ao usar lubrificante por dentro do preservativo não corro o risco de este escorregar com maior facilidade, saindo do pénis. Obrigado pela ajuda que me possa dar.”
Paulo, Sintra
Caro leitor,
Com preservativos de látex ou poliuretano usar um pouco de lubrificante facilita a colocação do preservativo e pode até aumentar as sensações na glande do pénis, mas tenha em conta que basta umas poucas gotas de lubrificante, pois se usar demasiado isso fará com que o preservativo escorregue facilmente. No caso de usar preservativos de látex, deverá usar lubrificante à base de água, pois os lubrificantes oleosos danificam o látex. Poderá, também por o lubrificante diretamente no pénis, colocando de seguida o preservativo.
Sou lésbica e gostava de fazer sexo seguro. Já ouvi falar nas barreiras dentais e já li sobre sugestões como abrir um preservativo ou usar película aderente, porém nunca encontrei nenhuma explicação concreta sobre como usá-las, como colocá-las de forma correta e como superar a falta de contato direto, ou como usar os dedos para fazer a penetração com a barreira, por exemplo. Pode esclarecer-me?
Carolina, Lisboa
Cara leitora,
As barreiras dentais, criadas originalmente para ajudar os dentistas durante uma intervenção cirúrgica, são de facto um bom método de praticar sexo seguro entre mulheres. Servem especialmente no sexo oral, criando uma barreira que impede a transmissão de vírus e bactérias. Para a posicionar corretamente, pode usar um lubrificante à base de água (os lubrificantes com base de óleo podem danificar o látex), que aumente a aderência da barreira à vulva ou ao ânus, de forma a que não se desloque e dessa forma impeça o contacto com os fluidos. Pode pedir à pessoa a quem está a fazer sexo oral que a mantenha no sítio com os dedos, o que pode tornar-se uma brincadeira divertida para ambas. Relativamente à penetração, as barreiras dentais destinam-se apenas ao sexo oral. Pode usar em alternativa um preservativo ou pode experimentar criar uma barreira utilizando uma luva de látex. Tenha sempre cuidado, no entanto, para que não haja buracos nem fissuras na parte que vai utilizar, para que a proteção não seja comprometida. Use cada barreira apenas de um lado e somente numa parte do corpo, passá-la do ânus para a vulva pode causar infeções.
Tenho algumas dúvidas sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis, isto porque a que mais é divulgada é a SIDA. Quantas existem e quais são as que se manifestam com maior frequência?
Anabela, Barreiro
Cara leitora,
Efectivamente a SIDA é considerada a mais dominante de todas as IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) no momento, como antes tinha sido a Sífilis. Qualquer IST, quando diagnosticada e tratada em tempo útil, pode evitar o contágio a outras pessoas / parceiros, e consequentes problemas de saúde. Os sintomas das IST são, em alguns casos, difíceis de detectar e por esta razão deverá ser efectuado sempre o rastreio ao nível da saúde sexual, mesmo se não evidenciar qualquer sintoma. Se achar, por qualquer razão, que foi infectada, o melhor será dirigir-se ao médico, pois não deverá deixar uma infecção destas por tratar, correndo o risco de originar mais problemas e complicações. As IST que se verificam com maior frequência são: o HIV, que conduz à SIDA; as Verrugas Genitais, pequenos e duros inchaços que aparecem junto aos órgãos genitais; o Herpes Genital, semelhante ao cieiro habitual da boca e dos lábios; a Gonorreia que, tanto em homens como em mulheres, poderá ser evidenciada por sensação de ardor ao urinar, sendo unicamente tratada com penicilina; a Sífilis, a qual deverá ser detectada logo na fase inicial, pois poderá afectar a saúde de todo o organismo podendo até mesmo levar à morte; a Clamídia ou Uretite não específica, em que os sintomas são semelhantes aos da Gonorreia; a Tricomoníase, causada por um parasita e que provoca infecções do tracto urinário; a Pediculose Púbica que é causada por piolhos, os quais provocam uma comichão intensa na zona púbica; a Vaginite que, geralmente, é causada por uma bactéria devido à falta de higiene adequada da mulher. Como tal, deverá estar atenta a quaisquer sinais fora do normal, tanto em si como no seu parceiro, de modo a que sejam tratados na fase inicial. Claro está que a melhor técnica a adoptar será o sexo seguro, isto é, cada vez que tiver relações sexuais, o melhor caminho para a prevenção será o uso regular do preservativo.
G
Gostaria de saber se a prática de sexo entre mulheres é mais segura do que entre homens, ou homens e mulheres?
Joana, Porto
Cara leitora,
Realmente a percentagem de mulheres que tem relações sexuais exclusivamente com outras mulheres que contraíram o vírus da SIDA é mais reduzida do que qualquer outro grupo. No entanto as lésbicas podem contrair infecções sexualmente transmitidas da mesma forma que homens homossexuais ou indivíduos heterossexuais, devido à troca de fluidos e da utilização de vibradores e outros brinquedos sexuais. Por isso, a prática de sexo seguro é recomendada até entre mulheres pois só dessa forma uma pessoa se pode proteger.
“Tenho 36 anos e estou casado há quatro. Sempre fui feliz com a minha companheira, ambos gostamos de experimentar, a nível sexual, tudo o que nos passa pela cabeça. Agora estou indeciso em aderir ao Swing, talvez por desconhecimento ou receio. Já ouvi falar nesse tipo de prática e estou muito curioso, mas preocupa-me o facto de não saber ser é seguro, não só a nível de saúde, como também para a relação. Será que não vai por em risco o relacionamento?”
Alexandre, Odivelas
Caro Leitor,
O swing ou troca de casais obedece a inúmeras regras estabelecidas desde o início da relação por todos os intervenientes. Existem bares e clubes exclusivamente para conhecimento de parceiros de swing, havendo no entanto os riscos inerentes a qualquer relação sexual com parceiros que não se conhecem bem. Assim, é importante fazer sexo seguro e procurar conhecer bem o casal com quem se vão relacionar. O swinger encara a sexualidade desprovida de preconceitos, havendo uma libertação de tabus, e as fantasias ganham vida com outros casais, aceitando que o parceiro tenha relações sexuais com outras pessoas. Há um envolvimento físico e nunca deve tornar-se sentimental. Os swingers encaram o casamento como um partilhar em pleno de uma vida a dois, valorizando a fidelidade emocional em detrimento da física. Por isso, o que tem de perceber e discutir com a sua parceira é o que pretendem enquanto casal. A introdução desta nova prática sexual na vida do casal pode provocar profundas mudanças na forma de viver a vossa relação de casal e a vossa sexualidade. Procure, em conjunto com a sua parceira, ponderar os prós e os contras na adesão a esta prática, equacionando o que será melhor e mais proveitoso para ambos.
“Tenho 21 aos e sou bissexual. Gostaria de saber se a prática de sexo entre mulheres é mais segura do que entre homens, ou homens e mulheres?”
Joana, Porto
Cara leitora,
Realmente a percentagem de mulheres que tem relações sexuais exclusivamente com outras mulheres que contraíram o vírus da SIDA é mais reduzida do que qualquer outro grupo. No entanto, as lésbicas podem contrair infecções sexualmente transmitidas da mesma forma que homens homossexuais ou indivíduos heterossexuais, devido à troca de fluidos e da utilização de vibradores e outros brinquedos sexuais. Por isso, a prática de sexo seguro é recomendada até entre mulheres pois só dessa forma uma pessoa se pode proteger.
Tenho algumas dúvidas sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis, isto porque a que mais é divulgada é a SIDA. Quantas existem e quais são as que se manifestam com maior frequência?
Anabela, Barreiro
Cara leitora,
Efectivamente a SIDA é considerada a mais dominante de todas as DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) no momento, como antes tinha
sido a Sífilis. Qualquer DST, quando diagnosticada e tratada em tempo útil, pode evitar o contágio a outras pessoas / parceiros, e consequentes problemasde saúde. Os sintomas das DST são, em alguns casos, difíceis de detectar e por esta razão deverá ser efectuado sempre o rastreio ao nível da saúde sexual, mesmo se não evidenciar qualquer sintoma. Se achar, por qualquer razão, que foi infectada, o melhor será dirigir-se ao médico, pois não deverá deixar uma infecção destas por tratar, correndo o risco de originar mais problemas e complicações. As DST que se verificam com maior frequência são: o HIV, que conduz à SIDA; as Verrugas Genitais, pequenos e duros inchaços que aparecem junto aos órgãos genitais; o Herpes Genital, semelhante ao cieiro habitual da boca e dos lábios; a Gonorreia que, tanto em homens como em mulheres, poderá ser evidenciada por sensação de ardor ao urinar, sendo unicamente tratada com penicilina; a Sífilis, a qual deverá ser detectada logo na fase inicial, pois poderá afectar a saúde de todo o organismo podendo até mesmo levar à morte; a Clamídia ou Uretite não específica, em que os sintomas são semelhantes aos da Gonorreia; a Tricomoníase, causada por um parasita e que provoca infecções do tracto urinário; a Pediculose Púbica que é causada por piolhos, os quais provocam uma comichão intensa na zona púbica; a Vaginite que, geralmente, é causada por uma bactéria devido à falta de higiene adequada da mulher. Como tal, deverá estar atenta a quaisquer sinais fora do normal, tanto em si como no seu parceiro, de modo a que sejam tratados na fase inicial. Claro está que a melhor técnica a adoptar será o sexo seguro, isto é, cada vez que tiver relações sexuais, o melhor caminho para a prevenção será o uso regular do preservativo.