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Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

Consultório de Sexologia

Profª Drª Helena Barroqueiro

“O Swing é seguro?”

“Tenho 36 anos e estou casado há quatro. Sempre fui feliz com a minha companheira, ambos gostamos de experimentar, a nível sexual, tudo o que nos passa pela cabeça. Agora estou indeciso em aderir ao Swing, talvez por desconhecimento ou receio. Já ouvi falar nesse tipo de prática e estou muito curioso, mas preocupa-me o facto de não saber ser é seguro, não só a nível de saúde, como também para a relação. Será que não vai por em risco o relacionamento?”

 

Alexandre, Odivelas

 

Caro Leitor,

 

O swing ou troca de casais obedece a inúmeras regras estabelecidas desde o início da relação por todos os intervenientes. Existem bares e clubes exclusivamente para conhecimento de parceiros de swing, havendo no entanto os riscos inerentes a qualquer relação sexual com parceiros que não se conhecem bem. Assim, é importante fazer sexo seguro e procurar conhecer bem o casal com quem se vão relacionar. O swinger encara a sexualidade desprovida de preconceitos, havendo uma libertação de tabus, e as fantasias ganham vida com outros casais, aceitando que o parceiro tenha relações sexuais com outras pessoas. Há um envolvimento físico e nunca deve tornar-se sentimental. Os swingers encaram o casamento como um partilhar em pleno de uma vida a dois, valorizando a fidelidade emocional em detrimento da física. Por isso, o que tem de perceber e discutir com a sua parceira é o que pretendem enquanto casal. A introdução desta nova prática sexual na vida do casal pode provocar profundas mudanças na forma de viver a vossa relação de casal e a vossa sexualidade. Procure, em conjunto com a sua parceira, ponderar os prós e os contras na adesão a esta prática, equacionando o que será melhor e mais proveitoso para ambos.

Devo aderir ao swing?

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"Sempre fui feliz com a minha companheira, e sempre experimentamos, a nível sexual, tudo o que existia. Agora estou indeciso em aderir ao swing, talvez por desconhecimento ou receio, mas a verdade é que sinto uma forte curiosidade e a minha companheira partilha do mesmo interesse que eu, sendo que já abordámos este assunto por diversas vezes."

Alexandre - Odivelas 

 

Caro leitor,

O swinger encara a sexualidade desprovida de preconceitos, na qual há uma libertação de tabus e as fantasias ganham vida com outros casais, aceitando que o parceiro tenha relações sexuais com outras pessoas. Há efetivamente um envolvimento carnal e nunca sentimental. Os swingers encaram o casamento como um partilhar em pleno de uma vida a dois, valorizando a fidelidade emocional em detrimento da física. Por isso o que tem de perceber e discutir com a sua parceira é o que pretendem enquanto casal. A introdução desta nova prática sexual na vida do casal pode provocar profundas mudanças na forma de viver a vossa relação de casal e a vossa sexualidade. Procure, em conjunto com a sua parceira, ponderar os prós e os contras na adesão a esta prática, equacionando o que será melhor e mais proveitoso para ambos.

Sexo em grupo: quando três não é demais

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Embora uma relação seja, em termos convencionais, vivida entre duas pessoas, muitos casais optam pela introdução de outras pessoas na sua vida sexual como forma de escapar à rotina e de fortalecer os laços de um relacionamento. Desde as ménages a trois, aos swings, ao poliamor e às orgias, conheça formas de relacionamento alternativas que podem salvar um relacionamento.

 

Por contraditório que possa parecer, por vezes a introdução de uma ou mais pessoas num relacionamento faz com que duas pessoas que se amam se mantenham juntas e ainda mais unidas. De acordo com a personalidade individual de cada um, há pessoas para quem a monogamia é castradora ou limitadora, tendo dificuldade em serem fiéis, ou precisando de estímulos novos para quebrar a rotina, arrefecendo quando estes deixam de existir. Assim, o envolvimento sexual com outra pessoa acaba por fazer com que valorize mais a cumplicidade única que tem com o companheiro, trazendo de volta a união do casal. Para evitar uma traição, e também para criar uma nova dinâmica de envolvimento sexual, muitos casais acordam aceitar outras pessoas na relação.

 

Ménage a trois ou sexo a três
Os chamados "ménage a trois" acontecem quando três pessoas estão envolvidas no ato sexual e tanto podem ser realizados por um casal que "convida" uma terceira pessoa a juntar-se, como por três pessoas que não têm qualquer relacionamento amoroso umas com as outras, desfrutando apenas do prazer do sexo a três.

 

Mas o que torna esta prática tão excitante? O facto de criar uma nova dinâmica, em que as três pessoas se proporcionam prazer umas às outras, ou duas de cada vez proporcionam prazer a uma terceira, ou uma pessoa dá prazer a duas ao mesmo tempo, abre as portas para um novo território de luxúria e prazer, amplificando as fantasias. Fazer sexo com duas mulheres ao mesmo tempo é uma das fantasias masculinas mais comuns, mas também há homens que gostam de ter relações em simultâneo com um homem e uma mulher, permitindo-se nesse jogo experiências homossexuais que não definem no entanto a sua orientação sexual, pois não exprimem uma preferência, mas sim uma aventura partilhada.

 

Por outro lado, ver o companheiro ou a companheira a ter relações com outra pessoa, a ser desejado e até de certa forma "disputado" por outra pessoa, pode ser extremamente erótico. Também há mulheres que fantasiam com o facto de serem penetradas por dois homens em simultâneo ou de terem relações sexuais com um homem e com outra mulher, obtendo assim os prazeres diferenciados que são proporcionados por um tipo de envolvimento e por outro. Nestas situações é muito importante definir os limites, para que não haja espaço para o ciúme, e estar disposto a partilhar o parceiro com outra pessoa, mesmo que seja por breves horas, a um nível sexual, sem envolvimento afetivo.

 

Swing ou troca de casais
Para alguns casais a experiência de fazer sexo a três não é por si só satisfatória ou atrativa, optando por uma outra dinâmica de grupo, na qual os dois membros do casal têm relações sexuais com outras pessoas, também elas membros de um outro casal. Podem estar os quatro juntos num mesmo espaço, ou não, mas neste caso é essencial que as quatro pessoas envolvidas sejam parte de um casal, havendo assim uma troca.

 

As pessoas que se dedicam a este tipo de pratica chamam-se "swingers", existindo bares e sites de encontros onde podem conhecer outros casais disponíveis para o fazer. Existe um conhecimento prévio, onde uma vez mais as fronteiras são definidas e as regras são acordadas. Também neste caso não deve haver um envolvimento emocional, embora esse risco exista sempre, e deve haver a disponibilidade psíquica e emocional para "partilhar" o corpo do parceiro com outra pessoa, sendo que neste caso também pode haver outro tipo de dinâmicas: para além de a mulher de cada casal ficar com o homem do outro casal, também podem ficar os dois homens a ver as mulheres envolverem-se uma com a outra, ou vice-versa, ou interagirem os quatro em simultâneo.

 

O poliamor
Para algumas pessoas a monogamia é impraticável, defendendo que é possível amar várias pessoas em simultâneo, ou ter relacionamentos sexuais com mais do que uma pessoa, retirando grande prazer dessa variedade. Porque temos maior afinidade em alguns aspetos com uma pessoa, gostamos mais de outro tipo de atividades com outra, e criamos uma dinâmica diferente com outra, as pessoas que praticam o poliamor vivem relações abertas, em que todos são livres para ter relações com outras pessoas e sabem que em nenhuma delas existe exclusividade. Como em todas estas dinâmicas, é essencial que haja respeito pelos limites previamente definidos, sabendo todos aquilo com que podem contar. As pessoas interessadas no poliamor podem conhecer outras que também o praticam através de sites na internet.

 

As orgias
Os cenários luxuriosos em que várias pessoas reunidas numa mesma sala ou espaço têm livremente relações sexuais.

“Devo aderir ao Swing?”

 
 
“Sempre fui feliz com a minha companheira, e sempre experimentamos, a nível sexual, tudo o que existia. Agora estou indeciso em aderir ao Swing, talvez por desconhecimento ou receio, mas a verdade é que sinto uma forte curiosidade e a minha companheira partilha do mesmo interesse que eu, sendo que já abordámos este assunto por diversas vezes.”
 
Alexandre, Odivelas
 
Caro Leitor,
O Swinger encara a sexualidade desprovida de preconceitos, na qual há uma libertação de tabus e as fantasias ganham vida com outros casais, aceitando que o parceiro tenha relações sexuais com outras pessoas. Há efetivamente um envolvimento carnal e nunca sentimental. 
Os swingers encaram o casamento como um partilhar em pleno de uma vida a dois, valorizando a fidelidade emocional em detrimento da física. Por isso o que tem de perceber e discutir com a sua parceira é o que pretendem enquanto casal. 
A introdução desta nova prática sexual na vida do casal pode provocar profundas mudanças na forma de viver a vossa relação de casal e a vossa sexualidade. Procure, em conjunto com a sua parceira, ponderar os prós e os contras na adesão a esta prática, equacionando o que será melhor e mais proveitoso para ambos.