Estou noiva de um rapaz de quem gosto bastante, mas há dois meses atrás comecei a ter um “affair” com um colega de trabalho. Agora estou bastante confusa e não sei se devo casar com o meu noivo ou se devo acabar a relação.
Isabel, Tavira
Cara leitora, O casamento é um passo bastante sério e representa um compromisso para a vida inteira. A leitora diz que há dois meses que mantém um caso com um colega de trabalho e por isso não sabe se deve casar com o seu noivo. Essa é uma decisão que só a leitora pode tomar, mas parece-me que se a leitora tem estado a trair o seu noivo com outro homem é porque alguma coisa não está bem no seu relacionamento com o seu noivo. Caso contrário a leitora não sentiria a necessidade de o trair. Pense bem antes de decidir levar por diante os seus planos para casar. O casamento é algo difícil e as probabilidades de divórcio já são tão elevadas entre casais que estão completamente apaixonados, agora imagine as probabilidades entre casais onde um dos membros não tem certeza se deve casar ou não?
Estou desolado, pois na semana passada surpreendi a minha mulher com outro homem. Estou furioso, mas não sei o que fazer, pois amo-a muito.
Leonardo
Caro Leitor,
Realmente deve ser muito difícil ver a sua mulher com outro homem, e é natural que se sinta confuso, uma vez que ainda ama a sua mulher, mas não consegue perdoar o que sucedeu. Apesar de ser difícil, o melhor é que deixe passar algum tempo para depois com alguma frieza poder tomar uma decisão mais coerente e que vá de encontro ao que realmente deseja. Neste sentido, é importante que faça uma avaliação dos sentimentos que sente pela sua mulher e apenas o leitor poderá avaliar se quer continuar a partilhar a sua vida com ela ou não. Tente não tomar uma decisão da qual se venha a arrepender mais tarde, pois agora uma vez que o leitor esta enfurecido, poderá tomar uma decisão irreflectida.
“Tenho 52 anos e sou casado há 31. Considero que o meu casamento sempre foi feliz, apesar das zangas e dos problemas que acho que acontecem em todos os casais. Tenho dois filhos, um com 30 anos e o mais novo com 24, e os amigos deles costumam frequentar a minha casa. Eu sempre tive cuidados com o meu corpo, frequento o ginásio e vou correr ao fim do dia, quase todos os dias, por isso considero-me um homem saudável e atraente. Ultimamente, uma das amigas do meu filho mais novo começou a falar mais comigo e demonstrou que se sentia atraída por mim, eu também me sinto muito atraído por ela e a verdade é que nos acabámos por envolver sexualmente algumas vezes. Não consigo deixar de pensar nela, e acabamos por fazer amor frequentemente, mas ao mesmo tempo sinto vergonha de estar a trair a minha esposa e, de certa forma, o meu filho.”
Paulo, Setúbal
Caro leitor,
A situação que está a viver está a causar-lhe instabilidade emocional, uma vez que tem mantido uma relação extraconjugal com uma amiga do seu filho. O leitor diz sentir-se envergonhado por estar a trair a sua esposa, mas não acaba a relação que mantém com essa rapariga. A relação que mantém com a sua esposa é baseada em algo sólido tal como a amizade, carinho e companheirismo, enquanto que a relação que mantém com a amiga do seu filho é baseada em algo passageiro e superficial como a luxúria e a atração sexual. Cabe a si refletir e averiguar em qual das relações se sente melhor e quais as suas metas. Deve evitar continuar a viver nesse dilema que também poderá deixar o seu filho muito magoado consigo, pois afinal de contas trata-se de uma amiga dele.
“Estou desolada, pois surpreendi o meu marido com outra mulher na nossa cama. Estou muito furiosa, e só me apetece deixá-lo, mas não sei o que fazer, pois amo-o muito.
Catarina, Lagoa
Cara Leitora,
Uma coisa é descobrir que o seu marido a está a trair, mas outra é vê-lo com outra pessoa na sua casa e na cama onde os dois dormem todas as noites, por isso é natural que se sinta enfurecida. Uma vez que diz ainda amar o seu marido o melhor é deixar passar algum tempo para depois com alguma frieza poder tomar uma decisão mais coerente e que vá de encontro ao que realmente deseja. Neste sentido, é importante que durante o tempo que estiverem separados a leitora faça uma avaliação do que sente pelo seu marido, pois apenas você poderá avaliar se quer continuar a partilhar a sua vida com ele ou não.
"De há uns tempos para cá o meu marido chega tarde a casa e diz que tem ficado a trabalhar. No entanto, se ligo para o trabalho dele, dizem-me que não está. Quando chega a casa vem sempre cansado e já não quer fazer amor. Será que ele me anda a trair?"
Cátia - Samora Correia
Cara leitora,
Procure manter a calma, e acima de tudo não tome decisões precipitadas. Apesar de os sinais serem bastante suspeitos a melhor maneira de descobrir o que se passa é conversar diretamente com ele e procurar esclarecer a situação. Se não se sente esclarecida, faça-lhe uma visita ao escritório de surpresa, assim saberá se ele diz a verdade ou não, depois confronte-o com o facto de ligar para o trabalho e de aparecer no trabalho dele e de ele lá não estar. Procure resolver tudo da melhor forma, com bom senso.
"Num período de crise do meu namoro, a minha namorada traiu-me e desde então não consigo esquecer esse acontecimento. Mesmo depois de já a ter perdoado e de a nossa relação estar muito bem essa época não me sai da cabeça!"
Sérgio – Braga
Caro leitor,
O que sente é bastante compreensível pois a sua namorada magoou-o profundamente. Perdoar não significa esquecer, e a confiança é algo que leva tempo a construir, neste caso reconstruir, o que é muito mais trabalhoso. Uma infidelidade pode deixar marcas muitas vezes irreversíveis numa relação o que parece ser o seu caso. Só a sua namorada o pode "curar" dessa instabilidade emocional pela qual está a passar, ela terá de lhe provar novamente que merece o seu amor a sua confiança, e que aquilo só se sucedeu porque vocês estavam a passar por um momento de crise. Faça um esforço e tente ter confiança na pessoa que tem a seu lado, se não conseguir então aí talvez seja melhor parar para pensar se vale a pena continuar com essa relação que só o está a fazer sofrer.
“Descobri que a minha esposa traiu-me com um colega de trabalho. Estou possesso e apetece-me fazer justiça com as próprias mãos. O que devo fazer? Estou muito confuso…”
Roberto, Bobadela
Caro Leitor,
A situação que está a atravessar é realmente bastante complicada e desta forma o seu tipo de comportamento é perfeitamente compreensível. Porém, ressalvo-lhe que não pense em fazer justiça com as suas próprias mãos, pois por certo essa não será a melhor via de resolver os seus problemas, aliás apenas poderá trazer-lhe mais complicações. Neste sentido, por mais difícil que possa ser para si, mantenha a calma e pense numa forma coerente de abordar esta questão com a sua esposa.
Tente controlar essa revolta para que não chegue a consumar a agressão. Procure agir com razão para que não perca as rédeas da situação. Lembro-lhe que a violência não resolve nada e é importante que não percam o pouco respeito que ainda têm um pelo outro. Converse com a sua esposa e diga-lhe tudo aquilo que sente, depois de escutar o que ela tem para dizer, tome a decisão que considerar mais correta para si.
“Sou lésbica e estou muito apaixonada por uma rapariga mais nova, com quem comecei uma relação há pouco tempo. No entanto, sempre que saímos ela não pára de olhar para outras mulheres, e isso deixa-me triste e insegura. Será que ela não gosta de mim e está comigo só por estar?”
Vanda, Lisboa
Cara leitora,
Nesta situação nada melhor do que falar muito sinceramente com a sua namorada e explicar-lhe como o comportamento dela a faz sentir insegura. Se ela gostar de si realmente será compreensiva e procurará transmitir-lhe mais segurança. No entanto, talvez o facto de ser mais nova que a leitora contribua para ainda estar muito receptiva e alerta a tudo o que a rodeia, sem sentir ainda a necessidade de assentar num relacionamento mais sério.
“Desde sempre que o meu marido teve amantes, e eu acabo sempre por descobrir, o que causa muitas brigas. Porém, não consigo deixá-lo porque o amo muito. Como posso lidar com esta situação?”
Rosa, Faro
Cara Leitora,
o mais provável é que o seu marido não mude, pois a leitora já descobriu várias vezes que o seu marido tem amantes e nunca o deixou, e dessa forma ele continua a ter o mesmo comportamento, pois sabe que a leitora nunca o vai deixar. Por isso, cabe a si determinar o que é mais importante para si, se é mais feliz continuando casada, mas tendo para tal de fingir que não sabe o que se está a passar, ou ficar sozinha e possivelmente encontrar alguém que a ame de verdade e que a respeite. Pense bem, pois apenas a senhora pode decidir o que fazer numa situação destas.
“Sempre tive muitas mulheres e muitos relacionamentos, por vezes até em simultâneo. Agora acho que encontrei a mulher dos meus sonhos, mas não sei se conseguirei manter-me fiel a ela.”
Rui, Seixal
Caro Leitor,
o seu problema não está na dificuldade em conquistar as mulheres mas sim em manter-se fiel a apenas uma. Para si é muito complicado manter um compromisso e estar vinculado a uma pessoa, pois isso fá-lo sentir-se como se perdesse a sua independência e liberdade. Uma relação monógama requer uma maior intimidade e empenho, além de compromisso da sua parte para com a sua parceira, coisa que o leitor tem dificuldade em fazer. Porém, neste momento a situação com que se depara é outra. A sua relação está a solidificar-se e por esta razão sente-se ameaçado, pois não consegue limitar-se apenas a uma parceira. Reflicta um pouco, pois a sua tendência para a poligamia é provavelmente um mecanismo de defesa de modo a evitar a entrega emocional plena a uma só mulher e a um posterior desgosto. O seu comportamento poligâmico serve também para o proteger de rejeições e relações fracassadas. Assim, as várias relações que tem em simultâneo servem apenas para mascarar o insucesso de algumas relações, pois é mais fácil ter outra pessoa para apaziguar a situação do que se confrontar com o fracasso. Uma vez que está presentemente numa relação monógama e assim a quer manter, aconselho-o a procurar a ajuda de um especialista que o ajude a ultrapassar a sua dificuldade de se entregar física e emocionalmente a uma só pessoa.