“Considero-me virgem porque, apesar de já ter feito e de me terem feito sexo oral, nunca tive relações sexuais com penetração. Este facto não me faz sentir vergonha nem orgulho, acho natural, mas tenho dúvidas se devo contar a um futuro parceiro que ainda sou virgem, uma vez que tenho 32 anos. Tenho receio que isso lhe cause estranheza ou desconforto, mas também não me parece bem esconder informação. Como devo proceder?”
Diana, Guimarães
Cara leitora,
Embora essa decisão seja apenas sua, porque não é obrigada a falar sobre algo que prefere guardar para si e embora, como refere, não haja nada de estranho nem errado em não ter tido relações sexuais com penetração, é sempre melhor partir de uma base de honestidade com um parceiro amoroso e/ou sexual. Existem alguns aspetos físicos decorrentes do facto de não ter tido esse tipo de experiência sexual que beneficiam com o facto de um parceiro saber que ainda é virgem. Desse modo, ele poderá ser mais cuidadoso na penetração, pois é provável que sinta dores nas primeiras vezes, investindo mais nos preliminares de forma a que esteja mais lubrificada e ajudando-a a descontrair. Pode, também, explorar primeiro a penetração com dedos, introduzindo progressivamente mais dedos para que a vagina se vá habituando, antes de passar à penetração com o pénis. Sugiro-lhe que, ao conhecer uma pessoa com quem sente realmente vontade de ter essa experiência, aborde o assunto de forma sincera, mas descontraída. Comecem por falar sobre experiências passadas, faça-lhe perguntas e seja honesta. Quando encontrar a pessoa certa, verá que tudo tende a fluir de forma natural.
“Tenho 15 anos e sou virgem. Namoro com uma rapariga de 14 anos que também é, e temos experimentado algumas práticas sexuais. Há umas semanas eu e a minha namorada mantivemos em contacto os nossos sexos sem haver penetração, mas quando a estava a masturbar apercebi-me que havia sangue e parámos, pois pensámos tratar-se do seu período. Ela diz que afinal não foi o período e não sabe o que se passou. Como ela é virgem, será que rompeu o hímen?Bruno, Évora
Caro leitor,
uma vez que a sua namorada é virgem, é bem possível que com as carícias resultantes da vossa aventura sexual ela tenha rompido o hímen. O hímen é uma membrana que cobre a entrada da vagina, e algumas mulheres têm hímenes bastante elásticos que não se rompem com tanta facilidade, enquanto que outras mulheres têm hímenes bastante sensíveis que se podem romper sem que haja qualquer tipo de penetração. Algumas mulheres rompem o hímen enquanto praticam ginástica ou equitação, enquanto que outras só o rompem durante o coito. Por isso, não se preocupe pois provavelmente o hímen da sua namorada rompeu-se enquanto o leitor a estava a acariciar. Será aconselhável, de qualquer das formas, que ela conte esta situação ao seu médico ginecologista.
Iniciar a vida sexual é uma escolha individual. E essa decisão deve ser pensada e tomada com maturidade. A primeira relação sexual gera muitas dúvidas: vai doer? Vai sangrar? É o momento certo? Não existe uma altura certa para estar preparado para iniciar a vida sexual. A primeira vez é sempre diferente de pessoa para pessoa.
A iniciação sexual, para a maioria das pessoas, é uma situação de ansiedade, acompanhada de excitação e medo. Ela pode representar o amor, mas pode, também, ser fonte de sentimentos de frustração e de desilusão. Ninguém esquece a primeira relação sexual, porque normalmente imaginamos uma coisa e criamos muitas expetativas de como vai ser esse momento, o que muitas vezes não corresponde à realidade.
Ser virgem significa nunca ter tido um contato sexual, para outros, significa nunca ter tido uma relação com penetração; outros ainda, atribuem o rompimento do hímen à perda da virgindade. Não existe portanto uma definição consensual do que é a virgindade. O significado mais comum atribuído à virgindade tem a ver com a prática sexual, em que existe a penetração do pénis na vagina havendo o rompimento do hímen.
Alguns hímenes rompem logo nas primeiras relações sexuais e provocam um sangramento, enquanto outros, por serem mais flexíveis, alargam e não sangram. Mas também se pode dar o caso de uma mulher não ter hímen, ter nascido sem ele.
Bom, tenho 30 anos... e ainda nunca fiz sexo... resumindo, sou considerada virgem... A questão é que estou decidida a acabar com isto na minha vida, até aqui não era importante, mas agora isto incomoda-me. A verdade é que eu sempre tive bons relacionamentos com os homens, mas ao namorar, ou quando eles pedem algo mais sério, eu fujo, não quero um compromisso sério... E, por isso, nunca fiz sexo. Pratico masturbação, mas não com penetração. Queria informações sobre a primeira vez, e se isto é normal numa mulher... ou se o meu caso é grave! Agradeço a atenção concedida.
Cada pessoa tem o seu ritmo natural para fazer as coisas, e isso aplica-se também ao sexo. Você diz que se tem masturbado durante os últimos anos mas apenas não experimentou a penetração, o que não tem nada de mal. Respeite o seu desejo e ritmo natural e faça apenas aquilo que quer realmente fazer, sem se sentir pressionada. Se deseja de facto ter um relacionamento mais sério com alguém e aí então deseja experimentar a penetração pela primeira vez, deve fazê-lo sem preocupações. Deve no entanto partilhar com o seu companheiro o facto de ter optado por se manter virgem todo este tempo, pois isso fará com que ele seja mais cuidadoso na primeira vez que tiverem relações sexuais. É importante que da primeira vez que pratiquem a penetração esteja descontraída e apenas experimente introduzir o pénis quando estiver bastante excitada e lubrificada. Pode também experimentar utilizar um gel lubrificante para ajudar na penetração. Se sentir desconforto durante a penetração diga ao seu parceiro para parar e mantenha o pénis dentro da vagina sem fazer qualquer movimento durante alguns segundos, depois respire fundo e descontraia os músculos da vagina, e após alguns segundos diga ao seu parceiro para continuar a penetração.
Iniciar a vida sexual é uma escolha individual. E essa decisão deve ser pensada e tomada com maturidade. A primeira relação sexual gera muitas dúvidas: Vai doer? Vai sangrar? É o momento certo? Não existe uma altura certa para estar preparado para iniciar a vida sexual. A primeira vez é sempre diferente de pessoa para pessoa.
A iniciação sexual, para a maioria das pessoas, é uma situação de ansiedade, acompanhada de excitação e medo. Ela pode representar o amor, mas pode, também, ser fonte de sentimentos de frustração e de desilusão. Ninguém esquece a primeira relação sexual, porque normalmente imaginamos uma coisa e criamos muitas expetativas de como vai ser esse momento, o que muitas vezes não corresponde à realidade.
Ser virgem significa nunca ter tido um contato sexual, para outros, significa nunca ter tido uma relação com penetração; outros ainda, atribuem o rompimento do hímen à perda da virgindade. Não existe portanto uma definição consensual do que é a virgindade.
O significado mais comum atribuído à virgindade tem a ver com a prática sexual, em que existe a penetração do pénis na vagina havendo o rompimento do hímen. Alguns hímenes rompem logo nas primeiras relações sexuais e provocam um sangramento, enquanto outros, por serem mais flexíveis, alargam e não sangram. Mas também se pode dar o caso de uma mulher não ter hímen, ter nascido sem ele
Mitos da virgindade
* O tampão não tira a virgindade;
* Quem se masturba não deixa de ser virgem, mesmo que a masturbação seja a dois;
* Se a rapariga/mulher não sangrar na primeira relação sexual não significa que ela não é virgem.
A dor
Por outro lado, a primeira relação sexual não implica necessariamente dor. Os mitos acerca do rompimento do hímen, da penetração, são passados de boca em boca, de geração em geração. É claro que a precipitação, a falta de confiança, o medo e a ansiedade podem fazer com que os músculos da vagina fiquem mais contraídos e que não lubrifique tanto. Nestas circunstâncias, a relação sexual pode ser um pouco desconfortável. Quando um casal se sente preparado para ter uma relação sexual, quando sente que chegou o momento, quando dispõe de tempo, basta deixar crescer o desejo, relaxar e desfrutar da intimidade a dois. As carícias, os gestos ternos, as palavras ditas com carinho, afeto e cuidado podem ajudar a descontrair.
A idade ideal
Não existe uma idade, uma hora ou um espaço indicado ou aconselhado. Para uma pessoa a idade certa pode ser uma, para a(o) outra pode ser diferente. Tudo depende dos sentimentos, do desejo, da segurança, do sentido de responsabilidade, da maturidade física e afetiva.
A sexualidade na asolescência
Para os pais que têm filhos numa fase de grandes mudanças, como é a adolescência, há que deixar os tabus para trás e abrir a mente. Em primeiro lugar, tenha em atenção que, embora não se deva considerar a melhor amiga do seu filho ou da sua filha, é em si que eles devem apoiar-se para esclarecer muitas das suas dúvidas, bem como resolver alguns problemas. Se nunca se mostrar disponível para o diálogo, então será nos amigos da mesma idade, que sabem tanto quanto eles sobre o assunto, que estes irão procurar informação sobre sexo, ou outros assuntos, que pouco ou nada se sentem à vontade para partilhar consigo.
Como muitos pais não se preparam para o início da vida sexual dos seus filhos adolescentes, estes acabam por se colocar em situações de risco, tais como: gravidez prematura, contacto com doenças sexualmente transmissíveis ou experiências sexuais desagradáveis. E não falamos apenas de países subdesenvolvidos!
Tenha em conta que não é pelo facto de falar com o seu filho sobre sexo que este iniciará a sua vida a este nível levianamente. E para que isso não suceda explique-lhe que o sexo é algo bom e natural, mas tem um momento certo para acontecer, que temos que estar psicologicamente e fisicamente preparados. E se dúvidas houver, os especialistas dizem que meninos e meninas devem receber o mesmo tipo de orientações. Não podem existir preconceitos. O ideal é que seja o pai a dialogar com os filhos e a mãe a esclarecer as filhas.
O hímen é uma membrana de pele muito fina que existe um pouco depois da entrada da vagina. As suas características diferem de mulher para mulher em função do seu grau de elasticidade.
Olá! Tenho 17 anos e comecei a ter relações sexuais aos 15, mas nunca contei nada à minha mae. Agora tive coragem de lhe contar que perdi a virgindade, só que lhe disse que foi há 2 meses atrás, pois fiquei com medo do que fosse pensar sobre mim, agora ela quer que eu vá ao ginecologista, mas tenho medo que ele descubra quando perdi a virgindade! Será que ele/ela consegue descobrir quando perdi a virgindade?? Por favor ajudem-me..
É de felicitar a coragem que teve em partilhar com a sua mãe que iniciou a sua vida sexual, e para ser sincera a sua mãe não deve estar muito procupada com “quando” você iniciou a sua vida sexual, mas apenas com o facto de que você é sexualmente activa e, por isso, quer que o faça de forma segura e saudável, e daí ela insistir numa consulta de Ginecologia. Por isso vá à consulta e não se preocupe, pois não existe nenhuma forma de o seu ginecologista descobrir quando iniciou a sua vida sexual. Uma vez que tem sido sexualmente activa durante os últimos dois anos é defiitivamente aconselhável que consulte um ginecologista e que faça todos os testes de rotina, bem como que inicie alguma forma de contracepção.
Gostaria de saber se há alguma possibilidade de saber quando foi a primeira relação sexual de uma pessoa, ou seja, em que altura da sua vida...
Lourenço
Caro Lourenço,
A melhor maneira e a única que conheço de saber tal coisa é perguntar à pessoa quando teve a sua primeira vez.
Se está preocupado com a virgindade do seu parceiro ou parceira, lembre-se que não é obrigatório socialmente que todas as pessoas esperem pelo casamento para iniciarem a sua vida sexual.
É antes uma escolha pessoal e privada. As mulheres foram muito penalizadas com as exigências de virgindade, com observações quase públicas do seu hímen, mas hoje em dia a igualdade permite que cada pessoa defina o seu caminho e como o quer viver e sabemos que cientificamente a membrana do hímen intacta não significa virginidade assegurada e mesmo ela pode romper ao longo da vida com outras actividades.
“Tenho 15 anos e pretendo iniciar a minha vida sexual. No entanto, tenho algumas duvidas que gostava que me fossem esclarecidas. Se eu não usar preservativo nas minhas relações sexuais quais são as doenças sexualmente transmitidas que posso vir a contrair?”
Gonçalo, Santarém
Caro Leitor,
Para que consiga evitar contrair e contagiar outras pessoas, o mais seguro será o diagnóstico precoce das Infecções Sexualmente Transmitidas. Para tal, é necessário que consulte um médico assim que sentir algo fora do habitual no seu organismo. Se, por algum acaso, pensar que foi infectado, o melhor será dirigir-se ao seu médico o mais rapidamente possível, pois não deverá deixar uma infecção destas por tratar, correndo o risco de vir a ter complicações mais sérias. As IST que se verificam com maior frequência são: o HIV, que conduz à SIDA; o Herpes Genital, semelhante ao cieiro habitual da boca e dos lábios; a Gonorreia, que tanto em homens como em mulheres poderá ser evidenciada por uma sensação de ardor ao urinar e que só se trata com penicilina; as Verrugas Genitais, inchaços pequenos e duros que aparecem junto aos órgãos genitais e que podem causar cancro no colo do útero; a Sífilis, a qual deverá ser detectada logo na fase inicial pois poderá afectar a saúde de todo o organismo, podendo mesmo levar à morte; a Clamídia, cujos sintomas são semelhantes aos da Gonorreia; a Tricomoníase, que é causada por um parasita e que provoca infecções do tracto urinário; a Pediculose Púbica, que é causada por piolhos, entre outras. Desta forma, deverá estar atento a quaisquer sinais fora do normal, tanto em si como na sua parceira, de modo a que sejam tratados na fase inicial. Claro está que a melhor técnica a adoptar será o sexo seguro, isto é, cada vez que tiver relações sexuais o melhor caminho para a prevenção será o uso regular do preservativo.
“Gostaria de saber se há alguma possibilidade de saber quando foi a primeira relação sexual de uma pessoa, ou seja, em que altura da sua vida…”
Tiago, Guarda
Caro leitor,
A melhor maneira e a única que conheço de saber tal coisa é perguntar à pessoa quando teve a sua primeira vez. Se está preocupado com a virgindade da sua parceira, lembre-se que não é obrigatório socialmente que todas as pessoas esperem pelo casamento para iniciarem a sua vida sexual. Trata-se antes de uma escolha pessoal e privada. As mulheres foram muito penalizadas com as exigências de virgindade, com observações quase públicas do seu hímen, mas hoje em dia a igualdade permite que cada pessoa defina o seu caminho e como o quer viver e sabemos que cientificamente a membrana do hímen intacta não significa virgindade assegurada, pois mesmo ela pode romper ao longo da vida com outras actividades.
“Quando tento masturbar-me tenho muitas dores e não consigo atingir o orgasmo, e por isso aos 24 anos sou ainda virgem. Será que alguma vez vou ser capaz de ter relações sexuais sem dor?”
Marco, Almada
Caro leitor,
Por vezes, homens que não são circuncidados têm problemas durante as relações sexuais e masturbação devido à pele que cobre a cabeça do pénis não retrair completamente durante o coito e a masturbação, o que pode ser bastante doloroso. Dessa forma, uma questão importante é se o leitor foi circuncidado ou não, ou seja, se o leitor tem a pele que cobre a cabeça do pénis intacta ou se esta foi removida quando o leitor era bebé. Se o leitor não é circuncidado, experimente tentar retrair a pele da cabeça do pénis e veja se isso lhe causa dores. Se for esse o seu caso, o leitor pode necessitar de fazer uma cirurgia rápida na qual essa pele é cortada, permitindo que a cabeça do pénis fique exposta. Essa cirurgia é bastante simples de efetuar e não acarreta quaisquer riscos. No entanto, consulte um médico pois apenas este lhe poderá dar um diagnóstico mais preciso.